Summary: | Made available in DSpace on 2016-08-29T11:03:47Z (GMT). No. of bitstreams: 1
tese_6721_Tese - Elizabete Bassani.pdf: 803528 bytes, checksum: c776b6d8e9653eea3fb09b333a08c637 (MD5)
Previous issue date: 2013-03-28 === Vários documentos oficiais dos governos federal, estadual e municipal da atualidade insistem em apresentar dados sobre a educação brasileira que demonstram avanços na qualidade da educação ofertada pelas escolas públicas de ensino fundamental. Entretanto, inúmeros estudos demonstram que apesar de mais de 90% das crianças brasileiras em idade escolar estarem incluídas no ensino fundamental, a precariedade dessas escolas não lhes permite nem mesmo a aprendizagem da leitura e da escrita. Buscando conhecer o cotidiano dessas escolas, esse estudo teve como objetivo compreender como se configura hoje o fracasso escolar em uma escola pública de ensino fundamental do município de Vitória-ES, submetida à política quantificadora de avaliação das escolas e suas consequências sobre um aluno e sua família. Escolhi como local da pesquisa uma escola de ensino fundamental de Vitória que obteve em 2009/2010 um dos resultados mais baixos no IDEB do município e por meio de um estudo de caso etnográfico de inspiração fenomenológica acompanhei durante todo o ano letivo de 2011 o cotidiano de uma sala de aula de 8ª série/9º ano e de um aluno com baixo índice de rendimento escolar. Com esse estudo busquei respostas para as seguintes questões: como se configura hoje o fracasso escolar nas escolas públicas brasileiras? Quais são as políticas atuais destinadas aos alunos com baixo índice de rendimento escolar nessas escolas? Quais são as estratégias utilizadas pela escola para que seus índices de rendimento aumentem? Como esses alunos participam de um processo de escolarização que lhes impõe a impossibilidade de aprendizagem? Qual a relação estabelecida entre a escola e a família desses alunos? Os resultados obtidos foram apresentados por meio de uma descrição densa do estudo de caso e a análise final foi desenvolvida a partir de quatro categorias temáticas: 1) A individualização e o descompromisso na escola PAC: os inclassificáveis; 2) O desvalor do professor; 3) O não aprender como decorrência do não ensinar; 4) A família de Wellington e a escola PAC: das representações da escola ao cotidiano vivido sobre páginas em branco.
|