A Concordância Verbal na Fala de Vitória
Made available in DSpace on 2018-08-27T14:45:45Z (GMT). No. of bitstreams: 1 tese_9737_Samine_dissertação20160817-145055.pdf: 1289176 bytes, checksum: 89f2d90d64e92903962c382f85eb6c84 (MD5) Previous issue date: 2016-03-29 === A proposta central desta pesquisa é analisar o fenômeno concordância ver...
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ndltd-IBICT-oai-dspace2.ufes.br-10-103622019-01-21T19:00:07Z A Concordância Verbal na Fala de Vitória BENFICA, S. A. TESCH, Leila M. BERLINCK, R. A. YACOVENCO, L. C. SCHERRE, M. M. P. Made available in DSpace on 2018-08-27T14:45:45Z (GMT). No. of bitstreams: 1 tese_9737_Samine_dissertação20160817-145055.pdf: 1289176 bytes, checksum: 89f2d90d64e92903962c382f85eb6c84 (MD5) Previous issue date: 2016-03-29 A proposta central desta pesquisa é analisar o fenômeno concordância verbal em primeira e terceira pessoa do plural no português falado na cidade de Vitória ES. Para tanto, utilizaremos os pressupostos teóricos da Sociolinguística Variacionista (LABOV, 2008 [1972]), a qual também é referência para inúmeros trabalhos sobre a concordância verbal variável nas mais diversas comunidades de fala do Brasil e do mundo. Os linguistas dessa área consideram que a língua é heterogênea e que há fatores de ordem linguística e social atuando sobre ela, o que faz com que ela manifeste tantas variações. É interesse nosso identificar estes fatores e compreender sua sistematização no que diz respeito a este fenômeno fortemente estereotipado. O desenvolvimento dessa pesquisa, a qual tem caráter quantitativo e qualitativo, se deu a partir da análise de entrevistas, extraídas de duas amostras de fala do português de Vitória: a primeira, de fala mais monitorada, é o Português falado na cidade de Vitória (Portvix), composto por 46 entrevistas tipicamente labovianas (YACOVENCO, 2009; 2012); a segunda, de fala casual, composta por três gravações (CALMON, 2010). Nossas análises estão mais focadas nas entrevistas de fala mais monitorada. Trataremos separadamente da concordância verbal variável em primeira e em terceira pessoa do plural, por considerarmos que são duas variáveis independentes com propriedades distintas. Para o tratamento estatístico dos dados de nossos corpora, utilizamos o programa Goldvarb X (SANKOFF; TAGLIAMONTE; SMITH, 2005). De um total global de 3616 ocorrências verbais, 521 são de primeira pessoa, apresentando 90,4% de casos com marcação de plural e 3095 são de terceira pessoa, apresentando 78,8% de casos com marcação de plural. Em geral, nossas análises reforçam a ideia de que terceira pessoa e primeira pessoa do plural são variáveis independentes distintas, o que se justifica, principalmente, por três razões: índice de incidência na fala, percentual global de concordância e significado social de cada uma. Mesmo assim, em ambas variáveis, os resultados apontam para uma mudança em direção à variante padrão, com maior incidência de concordância na fala dos mais jovens e mais escolarizados. Palavras-Chave: Concordância verbal. Terceira pessoa do plural. Primeira pessoa do plural. Fala de Vitória. 2018-08-27T14:45:45Z 2018-08-27 2018-08-27T14:45:45Z 2016-03-29 info:eu-repo/semantics/publishedVersion info:eu-repo/semantics/masterThesis BENFICA, S. A., A Concordância Verbal na Fala de Vitória http://repositorio.ufes.br/handle/10/10362 info:eu-repo/semantics/openAccess application/pdf Universidade Federal do Espírito Santo Mestrado em Estudos Linguísticos Programa de Pós-Graduação em Linguística UFES BR reponame:Repositório Institucional da UFES instname:Universidade Federal do Espírito Santo instacron:UFES |
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Previous issue date: 2016-03-29 === A proposta central desta pesquisa é analisar o fenômeno concordância verbal em primeira e terceira pessoa do plural no português falado na cidade de Vitória ES. Para tanto, utilizaremos os pressupostos teóricos da Sociolinguística Variacionista (LABOV, 2008 [1972]), a qual também é referência para inúmeros trabalhos sobre a concordância verbal variável nas mais diversas comunidades de fala do Brasil e do mundo. Os linguistas dessa área consideram que a língua é heterogênea e que há fatores de ordem linguística e social atuando sobre ela, o que faz com que ela manifeste tantas variações. É interesse nosso identificar estes fatores e compreender sua sistematização no que diz respeito a este fenômeno fortemente estereotipado. O desenvolvimento dessa pesquisa, a qual tem caráter quantitativo e qualitativo, se deu a partir da análise de entrevistas, extraídas de duas amostras de fala do português de Vitória: a primeira, de fala mais monitorada, é o Português falado na cidade de Vitória (Portvix), composto por 46 entrevistas tipicamente labovianas (YACOVENCO, 2009; 2012); a segunda, de fala casual, composta por três gravações (CALMON, 2010). Nossas análises estão mais focadas nas entrevistas de fala mais monitorada. Trataremos separadamente da concordância verbal variável em primeira e em terceira pessoa do plural, por considerarmos que são duas variáveis independentes com propriedades distintas. Para o tratamento estatístico dos dados de nossos corpora, utilizamos o programa Goldvarb X (SANKOFF; TAGLIAMONTE; SMITH, 2005). De um total global de 3616 ocorrências verbais, 521 são de primeira pessoa, apresentando 90,4% de casos com marcação de plural e 3095 são de terceira pessoa, apresentando 78,8% de casos com marcação de plural. Em geral, nossas análises reforçam a ideia de que terceira pessoa e primeira pessoa do plural são variáveis independentes distintas, o que se justifica, principalmente, por três razões: índice de incidência na fala, percentual global de concordância e significado social de cada uma. Mesmo assim, em ambas variáveis, os resultados apontam para uma mudança em direção à variante padrão, com maior incidência de concordância na fala dos mais jovens e mais escolarizados.
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