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Previous issue date: 2013-08-27 === A irrigação constitui a forma mais eficiente para o aumento da produção agrícola porém, se praticada de forma inadequada pode causar importantes impactos negativos ao meio ambiente. Nesse contexto, a presente pesquisa objetiva contribuir para o aperfeiçoamento da autogestão comunitária de recursos hídricos através da inserção do IRRIGÂMETRO® e do IRRIPLUS® como instrumentos de auxílio ao manejo da irrigação, propondo diretrizes para a utilização prática de tais ferramentas. Para o desenvolvimento deste trabalho, a cultura agrícola escolhida foi a Banana (Musa spp.), em fase final de desenvolvimento; o sistema de irrigação utilizado foi o de microaspersão; cinco propriedades rurais de base agrícola familiar,
situadas na bacia hidrográfica do córrego Sossego, em Itarana/ES, foram tomadas como piloto. As irrigações praticadas pela experiência empírica do produtor rural (EXP), geralmente sem critérios técnicos, foram comparadas com as irrigações indicadas pelo IRRIGÂMETRO®, tomando-se como referência as estimadas pelo IRRIPLUS®. Este último, devido à escassez de dados meteorológicos para estimativa da evapotranspiração de referência (ETo), utilizou-se da equação de
Hargreaves-Samani (HS). Entretanto, essa equação tende a superestimar ETo e, consequentemente, superestimar a irrigação em relação ao método que é considerado padrão pela FAO: Penman-Monteith. Por isso, foi estabelecida uma faixa de 15% a 30% de erro do emprego da HS que serviu de base para as comparações. Outrossim, foi avaliada a influência da melhoria qualitativa do coeficiente de uniformidade de distribuição (CUD) da irrigação. Os resultados das
comparações entre as irrigações fornecidas por EXP, IRRIGÂMETRO e IRRIPLUS apontaram que, apenas em uma propriedade, a irrigação realizada por EXP não diferiu estatisticamente (pelo teste Dunnett a 5% de probabilidade) do IRRIPLUS®, e em todas as propriedades, à exceção de uma, houve diferença da lâmina de aplicação média indicada pelo IRRIGÂMETRO® em relação ao IRRIPLUS®, considerando o mesmo teste estatístico. Em quatro propriedades o IRRIGÂMETRO®
superestimou a irrigação (de 5,8% a 39,4%) em relação à faixa de erro de 30%, mas, por outro lado, nas cinco propriedades a irrigação foi subestimada (de 2,9% a 33,8%) considerando a faixa de erro de 15%. Quanto à comparação das irrigações pela EXP em relação ao IRRIPLUS®, foi verificado que, em duas propriedades, a irrigação de acordo com o primeiro método foi abaixo (de 10,4% a 15,3%) da
estimada pelo segundo método, e para as demais foi acima (de 25,8 a 39,2%) para as faixas de 15% de erro. Considerando a faixa de 30%, a irrigação segundo a EXP foi superestimada (de 2,8% a 63,8%) em relação ao IRRIPLUS® em todas as propriedades avaliadas. A melhoria da uniformidade de distribuição proporcionou uma maior economia da lâmina de aplicação, de 42,1%, quando o CUD de 56,1% foi ajustado para 95%; e uma menor economia, de 10,5%, quando o CUD de 85,6% foi ajustado para 95%. Quanto à utilização prática do IRRIGÂMETRO® e do IRRIPLUS®, verifica-se que para os pequenos produtores o primeiro é mais recomendado, uma vez que o segundo exige um nível de capacitação mais avançado para seu uso.
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