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Previous issue date: 2010-08-31 === A modelagem computacional é uma importante ferramenta para estimar a trajetória e destino
final de manchas de óleo em diferentes condições ambientais, visto a complexidade dos
processos que atuam nesse poluente. O presente trabalho concentrou os esforços no
desenvolvimento de um modelo lagrangiano de trajetória de partículas que simule o
movimento de manchas de óleo em ambiente marinho. O modelo utilizado é o Modelo
Lagrangiano de Partículas com Deslocamento Aleatório (MLPDA), que é baseado na equação
de Langevin. Em princípio, o algoritmo da advecção da mancha de óleo devido ao vento é
implementado no MLPDA, visto sua importância ao deslocamento das partículas. É
considerado que 3% da velocidade do vento a 10 metros de altura permite uma boa
representação da deriva de manchas de óleo em ambiente marinho. Os testes para este
algoritmo apresentaram resultados satisfatórios. Posteriormente, é implementado um
algoritmo que representa o processo físico de espalhamento do óleo, conhecido também por
espalhamento mecânico, que é definido como o movimento horizontal devido às forças
gravitacionais, viscosas e inerciais. No presente estudo, esse processo é fundamentando nas
equações definidas por Lehr et al. (1984), onde os resultados dos testes mostraram que as
partículas espalham conforme exposto por esse mesmo autor e são influenciadas até cerca de
100 h de simulação. Ainda neste estudo, é avaliado o módulo de cálculo de área
implementado no MLPDA. É advertido que malhas grosseiras podem resultar em áreas
superestimadas, sendo aconselhável o uso de malhas mais refinadas para o cálculo dessas
áreas. Por fim, três cenários de simulação de um derrame hipotético de óleo na Baía do
Espírito Santo, no interior do Porto de Tubarão, são conduzidos para ilustrar uma aplicação do
modelo desenvolvido. As simulações expõem que há grandes diferenças entre os resultados
obtidos, principalmente entre o cenário que desconsidera o vento e os outros dois com a
consideração desta forçante. O primeiro cenário, as partículas tenderam a permanecer na Baía
do Espírito Santo, enquanto para os demais cenários as partículas caminharam para os canais
do sistema estuarino da Grande Vitória (Canal da Passagem e Canal de Acesso aos Portos).
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