PROPOSTA PARA GESTÃO DA ENERGIA ELÉTRICA NA UFES CAMPUS SÃO MATEUS
Made available in DSpace on 2018-08-23T21:58:35Z (GMT). No. of bitstreams: 1 tese_12409_Dissertação versão final- Thiago maciel.pdf: 5674429 bytes, checksum: 94fb6a228bb7d6cdd8ccbd8b833e5742 (MD5) Previous issue date: 2018-08-01 === O aumento no consumo de energia elétrica no mundo e a defasagem n...
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Previous issue date: 2018-08-01 === O aumento no consumo de energia elétrica no mundo e a defasagem nas medidas de eficiência energética demonstram a necessidade da criação de medidas para uma gestão eficiente. Apenas no Brasil, é estimado que o consumo de energia elétrica triplique até 2050. A gestão da energia torna-se cada vez mais importante dentro da gestão organizacional, proporcionando a redução de gastos desnecessários e aumento da eficiência no consumo de energia, além de proporcionar aos usuários confiabilidade e qualidade no suprimento. Apesar de os prédios públicos representarem apenas 8,3% do consumo de eletricidade no Brasil, esse valor é significativo e representa um consumo maior do que o registrado em toda a região Norte ou Centro-Oeste do país no ano de 2015. Apenas em 2015, as Universidades Federais pagaram cerca de R$ 430 millhões em energia elétrica e, parte considerável desse gasto se refere ao uso de equipamentos ineficientes e altos índices de desperdício, oriundos principalmente da falta de planejamento e gestão. A Universidade Federal do Espírito Santo Campus São Mateus, assim como várias instituições públicas nacionais, não possui plano de gestão da energia elétrica apesar do aumento no número de alunos e instalações prediais desde a sua criação. Buscou-se desenvolver um diagnóstico do perfil de consumo de energia elétrica e construir uma proposta de gestão da energia elétrica para instituição. Uma revisão bibliométrica sobre o uso da ISO 50001 fundamentou a formulação de políticas de gestão pública demonstrando a importância da abordagem multidisciplinar no Sistema de Gestão da Energia e a necessidade do plano de gestão ser construído de acordo com as características da organização. Os resultados mostraram a evolução dos gastos com energia no Campus e revelaram um custo, em 2016, equivalente a 409% do registrado no ano de 2011 e um consumo final 2,55 vezes maior no mesmo período. Da análise detalhada das faturas, foram identificadas perdas contratuais que representavam cerca de 10% do valor total. Foram analisados quatro projetos de acordo com a viabilidade técnico-econômica para redução dos custos: eliminação das perdas contratuais, climatização, iluminação externa e iluminação interna. Os resultados demonstraram melhor relação custo benefício e menor payback na eliminação das perdas contratuais. Sugere-se a implantação do conjunto de projetos propostos com investimento de R$825 mil, retorno de R$4,23 milhões em 15 anos e payback de 2,18 anos. A economia obtida seria equivalente a 28,93% do custo anual de energia, 25,78% do consumo e 43,92 toneladas de dióxido de carbono a menos na atmosfera por ano. Para desenvolver o plano de ações do sistema de gestão foi aplicado questionário sobre a percepção do consumo numa amostra de 309 alunos, professores e técnicos. Constatou-se associação do conforto ambiental ao consumo de energia, comportamento próambiental e a falta de amplo conhecimento sobre o consumo. Por fim, a criação de uma Comissão Interna de Conservação de Energia foi sugerida para, em conjunto com os grupos de interesse da comunidade universitária, articular os planos de ação da gestão da energia.
Palavras-chave: Gestão de energia. Gestão pública. Energia elétrica. Eficiência energética. Universidade. |
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