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Previous issue date: 2015-02-25 === RESUMO
A classificação sucessional é baseada em critérios qualitativos bastante inconsistentes. O presente estudo foi realizado com o objetivo de quantificar alguns aspectos fenotípicos em arbóreas pioneiras e não pioneiras da Floresta Atlântica do Espírito Santo. Foram realizadas análises anatômicas, de pigmentos cloroplastídicos e de carboidratos solúveis e estruturais em folhas e caule de três espécies arbóreas pioneiras (Senna multijuga var. verrucosa, Miconia cinnamomifolia e Bixa arborea) e três não pioneiras (Melanoxylon brauna, Carpotroche brasiliensis e Neoraputia alba). As espécies pioneiras mostraram maior teor de pigmentos cloroplastídicos, densidade estomática, diâmetro dos elementos de vaso e de glicose (6% da massa seca MS), frutose (2,3% da MS) e sacarose (7,9% da MS) do caule. As espécies não pioneiras se destacaram pela maior espessura do limbo foliar, maior teor de amido (2,8% da MS) e polímeros de parede celular foliar (10% de celulose, 15% de hemicelulose e 4% de lignina da MS). No caule, o teor desses polímeros em não pioneiras (33% de celulose, 24% de hemicelulose e 22% de lignina da MS) foram superiores em relação às pioneiras. As hemiceluloses dos dois grupos funcionais sugerem ser do tipo xilano (caule) e arabinogalactano (folhas). Considerando que os carboidratos solúveis, o amido e os pigmentos são moléculas instáveis sujeitas às variações ambientais, concluímos que os polímeros de parede celular sejam os mais seguros para caracterizar as classes funcionais. Contudo, a lignina foi o composto que mais variou entre os dois grupos funcionais (>100%) indicando que o teor desse polímero seja o atributo quantitativo mais confiável para identificar espécies pioneiras e não pioneiras da Floresta Atlântica.
Palavras-chave: Sucessão florestal, pioneiras, não pioneiras, atributos quantitativos, carboidratos não estruturais, polímeros de parede celular.
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