Autopercepção da saúde bucal de idosos sob reabilitação oral protética

• Main Author: Freitas, Sandy Kaena Soares de
• Other Authors: Saintrain, Maria Vieira de Lima
• Language: Portuguese
• Published: Universidade de Fortaleza 2018
• Subjects: Idosos - Saúde bucal; Idosos - Qualidade de vida; Prótese dentária
• Online Access: https://uol.unifor.br/oul/ObraBdtdSiteTrazer.do?method=trazer&ns=true&obraCodigo=108415; http://dspace.unifor.br/handle/tede/108415

Made available in DSpace on 2019-03-30T00:32:40Z (GMT). No. of bitstreams: 0 Previous issue date: 2018-10-30 === Introduction. Considering oral health as a determinant of quality of life, poor oral health can negatively influence general health and well-being, due to the loss of functions of the stomatognathic system, such as chewing, swallowing and talking, as well as aspects of aesthetics and socialization. Objective. To evaluate the self-perception of oral health related to the quality of life of elderly people undergoing prosthetic oral rehabilitation, attended at the Dental Specialties Centers (CEO) of the city of Fortaleza/CE. Methodology. Quantitative, descriptive and analytical research with 243 elderly patients in the specialty of prosthesis of the CEO. Data were collected from November 2016 to March 2017 by means of a questionnaire with demographic indicators, health conditions, oral discomfort, use and need of dental prosthesis and the application of the GOHAI index. SPSS 23.0 software was used to analyze the indicators. Results. Twenty-three elderly individuals aged 60 to 91 years, mean of 68.9 ± 7.05 years, were included in the study. There was a predominance of 60-69 years old (151, 62.1%), female (180, 74.1%), non-working elderly (175; 72.0%), monthly income up to one- minimum (177, 72.8%) and education of up to nine years of study (146, 60.1%). Health status was excellent or reasonable for the elderly (82.3%), 191 (78.6%) considered it equal or better than the previous year, and 207 (85.2%) had systemic disease. All the participants of the research needed rehabilitation treatment, and of these, 169 elderly (69.5%) used some types of prosthesis in at least one of the dental arches. Regarding self-perception of oral health, the majority of the elderly (127; 52.3%) obtained a low score in the GOHAI index. Regarding the three dimensions of this instrument, the most affected was the psychosocial one, in which 160 participants (65.8%) had low scores. In the combined analysis of all variables with the GOHAI index, after adjustment of the model, by Poisson Regression, the following variables remained significant: using prosthesis (p = 0.002), difficulty in chewing and swallowing food (p <0.001), and sensation of burning in the mouth (p = 0.006). Conclusion. Knowing the self-perception of oral health related to the quality of life of the elderly under dental rehabilitation and its associated factors contributes to the orientation of oral health planning and promotion strategies aimed at a better quality of life for the elderly. === Introdução. Considerando a saúde bucal como determinante da qualidade de vida, uma saúde bucal ruim pode influenciar negativamente na saúde geral e no bem-estar, em razão das perdas das funções do sistema estomatognático, como mastigar, deglutir e conversar, além de aspectos de estética e socialização. Objetivo. Avaliar a autopercepção da saúde bucal relacionada à qualidade de vida de idosos em decurso de reabilitação oral protética, atendidos nos Centros de Especialidades Odontológicas (CEO) do município de Fortaleza/CE. Metodologia. Pesquisa quantitativa, descritiva e analítica com 243 idosos em atendimento na especialidade de prótese dos CEO. Os dados foram coletados no período de novembro de 2016 a março de 2017 por meio de questionário com indicadores sociodemográficos, condições de saúde, desconforto bucal, uso e necessidade de prótese dentária e a aplicação do índice GOHAI. Para a análise dos indicativos foi utilizado o software SPSS 23.0. Resultados. Fizeram parte do estudo 243 idosos com idade de 60 a 91 anos, média de 68,9 ±7,05 anos. Houve predominância da faixa etária de 60 a 69 anos (151; 62,1%), sexo feminino (180; 74,1%), idosos que não trabalhavam (175; 72,0%), renda mensal de até um salário-mínimo (177; 72,8%) e escolaridade de até nove anos de estudo (146; 60,1%). Para 200 idosos (82,3%) a saúde estava excelente ou razoável, 191 (78,6%) a consideraram igual, ou melhor, quando comparada ao ano anterior, e 207 (85,2%) exibiam doença sistêmica. Todos os participantes da pesquisa necessitavam de tratamento reabilitador e, desses, 169 idosos (69,5%) faziam uso de algum tipo de prótese, em pelo menos um dos arcos dentários. Quanto à autopercepção da saúde bucal, a maioria dos idosos (127; 52,3%) obteve uma pontuação baixa no índice GOHAI. Relativamente às três dimensões desse instrumento, a mais afetada foi a de teor psicossocial, em que 160 participantes (65,8%) tiveram pontuação baixa. Na análise conjunta de todas as variáveis com o índice GOHAI, após o ajuste do modelo, pela Regressão de Poisson, permaneceram significantes as variáveis: usa prótese (p=0,002), dificuldade para mastigar e engolir os alimentos (p<0,001) e sensação de queimação na boca (p=0,006). Conclusão. Conhecer a autopercepção da saúde bucal relacionada à qualidade de vida de idosos sob reabilitação dentária e seus fatores associados contribui para a orientação de estratégias de planejamento e promoção da saúde bucal direcionadas para uma melhor qualidade de vida das pessoas idosas.