A intensidade do exercício prévio influencia na degeneração muscular em indivíduos submetidos à lesão medular?

Orientador : Prof. Dr. Ricardo Antônio Tanhoffer === Coorientadora : Profª. Drª. Katya Naliwaiko === Dissetação (mestrado) - Universidade Federal do Paraná, Setor de Ciências Biológicas, Programa de Pós-Graduação em Fisiologia. Defesa: Curitiba, 29/09/2017 === Inclui referências : f. 85-100 === Resu...

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Bibliographic Details
Main Author: Carvalhal, Stephanie Rubianne Silva
Other Authors: Naliwaiko, Katya
Format: Others
Language:Portuguese
Published: 2018
Subjects:
Online Access:http://hdl.handle.net/1884/52651
Description
Summary:Orientador : Prof. Dr. Ricardo Antônio Tanhoffer === Coorientadora : Profª. Drª. Katya Naliwaiko === Dissetação (mestrado) - Universidade Federal do Paraná, Setor de Ciências Biológicas, Programa de Pós-Graduação em Fisiologia. Defesa: Curitiba, 29/09/2017 === Inclui referências : f. 85-100 === Resumo: A lesão medular é um dramático e agressivo evento que resulta em uma síndrome neurológica altamente incapacitante que pode comprometer a funcionalidade motora, sensitiva e autonômica. Dentre as consequências motoras, a lesão medular compromete o funcionamento do sistema musculoesquelético através da instauração de um estado hipotrófico obeservados já nos primeiro primeiros dias após a injúria. Embora não haja tratamentos eficientes para impedir as modificações fisiológicas inerentes a hipotrofia após a lesão medular, um dos recentes métodos intervencionistas pós-lesão medular tem avaliado o uso dos exercícios físicos em diferentes intensidades para a promoção da reabilitação e preservação de habilidades motoras. Contudo, na literatura não há informações sobre algum possível efeito protetor do exercício físico se executado de forma regular pré - lesão medular. O objetivo deste trabalho foi verificar, através de uma abordagem precoce, se a prática de exercícios (de intensidade moderada e intensa) exerce efeito benéfico sob parâmetros tissular e morfológico em um quadro agudo de lesão medular, previnindo ou reduzindo o acometimento pela hipotrofia muscular. Os animais foram préviamente divididos segundo a variável de intensidade de exercício físico (sedentário, exercício moderado com 2% de carga e exercício intenso com 6% de carga). Após treze sessões de exercício (natação) intervalados por 72 horas de descanso entre cada sessão, os animais referentes aos grupos lesados medulares foram submetidos ao procedimento de laminectomia da 9ª a11ª vértebra torácica, seguidamente da contusão medular (T10) pelo emprego do aparelho NYU Impactor. Estes grupos foram ortotanasiados no 7º dia pós-lesão medular. De modo semelhante, os animais referentes aos grupos controles (hígidos) também foram ortotanasiados simultaneamente aos animais lesados. Dados morfométricos foram obtidos e o músculo sóleo foi delicadamente coletado para análise histológica. Após 48 horas da lesão medular houve a redução da massa corpórea em 10% para os grupos lesados. Em 7 dias após a lesão medular foi possível observar redução da massa muscular em todos os grupos lesados (6 à 11%), independente do método intervencionista empregado anteriormente à cirurgia. Ademais, o diâmetro do músculo sóleo para os grupos exercitados intensamente apresentaram um decréscimo de 47% para CI e 34% para LI quando comparado aos animais não exercitados. Semelhantemente, as fibras musculares dos animais exercitados intensamente demonstraram diâmetro reduzido e intensa infiltração de colágeno nas regiões do endomísio e perimísio em comparação aos animais sedentários. Contrariamente, o grupo CM exibiu aumento significativo (p<0,005) do diâmetro da fibra, assim como o grupo LM demonstrou diferença significativa (p<0,001) em relação aos valores de AST obtidos do grupo LI, sugerindo que após a lesão medular animais exercitados de maneira moderada tiveram menor perda proteica. Corroborando com essas informações, os animais exercitados moderadamente parecem ter menor quantidade de colágeno quando comparados aos animais exercitados de forma intensa. Assim sendo, conclui-se que a intensidade do exercício físico exerce efeitos distintos no tecido muscular, podendo contribuir para a preservação de massa magra em casos de imobilização e desuso, bem como pode exercer efeitos deletérios sobre as células musculares acelerando o processo hipotrófico e formação de tecido fibrótico. Evidentemente, é necessário levar em consideração fatores como tipo de fibras musculares avaliadas, duração e intensidade do exercício físico desenvolvido e estado do organismo avaliado, visto que o comportamento muscular sofre alterações em condições patológicas. PALAVRAS CHAVES: lesão medular, hipotrofia musculoesquelética, endurance, treino intervalado de alta intensidade (HIIT). === Abstract: Spinal cord injury is a dramatic and aggressive event that results in a highly disabling neurological syndrome that can compromise motor, sensory, and autonomic function. Among the consequences of the motor, spinal cord injury compromises the functioning of the musculoskeletal system through the establishment of a hypotrophic state already observed in the first days after the injury. Although there are no efficient treatments to prevent the physiological changes inherent to hypotrophy after spinal cord injury, recent post-injury intervention methods have evaluated the use of physical exercises at different intensities for promoting rehabilitation and preservation of motor skills. However, in the literature there is no information on any possible protective effect of physical exercise if performed on a regular basis prior to spinal cord injury. The objective of this study was to verify, through an early approach, whether the practice of exercises (of moderate and intense intensity) exerts a beneficial effect under the tissue and morphological parameters in an acute condition of spinal cord injury, preventing or reducing the development of hypotrophy muscular. The animals were previously divided according to the intensity variable of the physical exercise (sedentary exercise, moderate with 2% of load and intense exercise with 6% of load). After 13 sessions of exercise (swimming) during 72 hours of rest between each session, the animals related to the injured groups of the spinal cord were submitted to laminectomy procedure of the 9th to 11th thoracic vertebrae, followed by spinal cord contusion (T10) using NYU Impactor. These groups were euthanized on the 7th day after spinal cord injury. In the same way, control animals (healthy) were also euthanized simultaneously to the injured animals. Morphometric data were obtained and the soleus muscle was gently collected for histological analysis. After 48 hours of spinal cord injury, the body mass was reduced by 10% for the injured groups. In the 7 days after the injury, it was possible to observe reduction of muscle mass in all the injured groups (6 to 11%), regardless of the intervention method used before surgery. In addition, the diameter of the soleus muscle for the intensely exercised groups showed a decrease of 47% for HF and 34% for LI when compared to non-exercised animals. Similarly, the muscle fibers of the intensely exercised animals presented reduced and intense diameter collagen infiltration in the regions of endomysium and perimism compared to the sedentary animals. In contrast, the CM group showed a significant increase (p <0.005) in the fiber diameter, since the LM group presented a significant difference (p <0.001) in relation to the AST values obtained from the LI group, suggesting that after the spine the Physical cord injuries exercised animals moderately had less loss of protein. Corroborating with this information, moderately exercised animals appear to have less collagen when compared to intensively exercised animals. Therefore, it is concluded that the intensity of physical exercise exerts different effects on muscle tissue and can contribute to the preservation of lean mass in cases of immobilization and disuse, as well as may exert deleterious effects on muscle cells accelerating the process and formation hypotropic fibrotic tissue . Obviously, it is necessary to take into account factors such as the type of muscle fibers evaluated, duration and intensity of the developed physical exercise and state of the organism evaluated, since the muscular behavior undergoes changes in the pathological conditions. KEY WORDS: spinal cord injury, musculoskeletal hypotrophy, resistance, high intensity interval training (HIIT).