Correlatos da atividade física e do comportamento sedentário de escolares de 11 a 15 anos da rede pública de ensino de Curitiba/PR

Orientador : Wagner de Campos === Tese (doutorado) - Universidade Federal do Paraná, Setor de Ciências Biológicas, Programa de Pós-Graduação em Educação Física. Defesa: Curitiba, 29/06/2017 === Inclui referências : f. 94-106 === Resumo: Para um maior entendimento da diminuição da atividade física e...

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Bibliographic Details
Main Author: Bacil, Eliane Denise Araújo
Other Authors: Universidade Federal do Paraná. Setor de Ciências Biológicas. Programa de Pós-Graduação em Educação Física
Format: Others
Language:Portuguese
Published: 2017
Subjects:
Online Access:http://hdl.handle.net/1884/48964
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Exercício
Estilo de Vida Sedentário
Adolescentes
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Bacil, Eliane Denise Araújo
Correlatos da atividade física e do comportamento sedentário de escolares de 11 a 15 anos da rede pública de ensino de Curitiba/PR
description Orientador : Wagner de Campos === Tese (doutorado) - Universidade Federal do Paraná, Setor de Ciências Biológicas, Programa de Pós-Graduação em Educação Física. Defesa: Curitiba, 29/06/2017 === Inclui referências : f. 94-106 === Resumo: Para um maior entendimento da diminuição da atividade física e do aumento do comportamento sedentário a partir da adolescência é essencial considerar os efeitos independentes e interativos dos correlatos que podem afetar estes comportamentos. Sendo assim, o objetivo deste estudo foi verificar a associação do estado nutricional, maturação biológica, apoio social e autoeficácia com o nível de atividade física e comportamento sedentário em escolares de Curitiba/PR. Participaram do estudo 2410 escolares (1204 meninos e 1206 meninas) com idades entre 11 e 15 anos, matriculados em escolas estaduais, do período diurno, da cidade de Curitiba/PR. Foram coletadas as medidas antropométricas de massa corporal, estatura e altura sentada. A avaliação da maturação biológica foi realizada pelas análises da Idade do Pico de Velocidade de Altura (IPVA) e Maturação Sexual. O nível de atividade física, comportamento sedentário, apoio social dos pais e dos amigos e autoeficácia foram analisados por questionários autorreportados. Para classificação do estado nutricional adotou-se pontos de corte específicos, para idade e sexo, para adolescentes. Regressão de Poisson foi usada para verificar a associação do estado nutricional, maturação biológica, apoio social e autoeficácia com a prática de atividade física e comportamento sedentário, com nível de significância estipulado em p?0,05. Pouco mais da metade (52,09%, n=1248) dos escolares são ativos, sendo os meninos em maior proporção (64,12%; p?0,01). O comportamento sedentário não apresentou diferenças entre os sexos. Foram associados com atividade física: moderado (RP=1,39; IC=1,23-1,57) e elevado (RP=1,60; IC=1,35-1,89) apoio social dos pais e dos amigos (RP=1,24; IC=1,09-1,41). Foram associados com comportamento sedentário: apoio social dos amigos (RP=1,13; IC=1,02-1,26) e autoeficácia (RP=1,13; IC=1,02-1,26). O sexo moderou a associação do apoio social dos amigos com o nível de atividade física e a associação da maturação sexual e autoeficácia com o comportamento sedentário. A idade dos escolares moderou a associação do estado nutricional, maturação somática e apoio social dos amigos com o nível de atividade física e a associação do apoio social dos amigos e autoeficácia com o comportamento sedentário. A classe econômica moderou a associação da maturação somática, apoio social dos amigos e autoeficácia com o comportamento sedentário. As meninas e os escolares de maior idade (13 a 15 anos) tendem a ser menos ativos e mais sedentários. Meninas mais velhas (13 a 15 anos) e de maior classe econômica (A/B) têm probabilidade maior de serem sedentárias e meninas mais novas (11 a 12 anos) de menor classe econômica (C/D/E) tendem a apresentar menor comportamento sedentário. Conclui-se que o apoio social dos pais e dos amigos foram correlatos da atividade física e o apoio social dos amigos e a autoeficácia foram correlatos do comportamento sedentário. As possíveis influências dos correlatos da atividade física e do comportamento sedentário variam conforme as características sociodemográficas dos adolescentes. Alguns subgrupos precisam de atenção especial: meninas, de maior idade e de maior classe econômica e escolares mais velhos, pois tendem a apresentar menor nível de atividade física e maior comportamento sedentário. Palavras-chave: Atividade física. Comportamento sedentário. Escolares. === Abstract: For a better understanding of the decrease in physical activity and the increase of sedentary behavior from adolescence, it is essential to consider the independent and interactive effects of correlates that may affect these behaviors. Therefore, the objective of this study was to verify the association of nutritional status, biological maturation, social support, and self-efficacy with the level of physical activity and sedentary behavior in schoolchildren from Curitiba/PR. A total of 2410 school children (1204 boys and 1206 girls), aged 11 to 15 years, enrolled in state schools during the daytime in the city of Curitiba/PR participated in the study. The anthropometric measures of body mass, height and sitting height were collected. The evaluation of the biological maturation was carried out by the analyzes of the Age at Peak Height Velocity (APHV) and Sexual Maturation. The level of physical activity, sedentary behavior, social support of parents and friends and self-efficacy were analyzed by self-reported questionnaires. To classify the nutritional status, specific cutoff points for age and sex were adopted for adolescents. Poisson Regression was used to verify the association of nutritional status, biological maturation, social support and self-efficacy with the practice of physical activity and sedentary behavior, with the significance level set at p?0.05. Just over half (52.09%, n = 1248) of schoolchildren are active and boys are in the highest proportion (64.12%; p?0.01). The sedentary behavior showed no differences between the sexes. They were associated with physical activity: moderate (RP = 1.39, CI = 1.23-1.57) and high (RP = 1.60; CI = 1.35-1.89), parental social support and social support of friends (RP = 1.24, CI = 1.09-1.41). They were associated with sedentary behavior: social support from friends (RP = 1.13, CI = 1.02-1.26) and self-efficacy (RP = 1.13, CI = 1.02-1.26). Sex moderated the association of social support of friends with the level of physical activity and the association of sexual maturation and self-efficacy with sedentary behavior. The age of the students moderated the association of nutritional status, somatic maturation and social support of the friends with the level of physical activity and the association of the social support of the friends and self-efficacy with the sedentary behavior. Economic class moderated the association of somatic maturation, social support of friends, and self-efficacy with sedentary behavior. Older girls and schoolchildren (13 to 15 years of age) tend to be less active and more sedentary. Older girls (13 to 15 years) and from a higher economic class (A/B) are more likely to be sedentary and younger girls (11 to 12 years) of lower economic class (C/D/E) tend to have lower sedentary behavior. It was concluded that the social support of parents and friends were correlates of physical activity and the social support of friends and self-efficacy were correlates of sedentary behavior. The possible influences of correlates of physical activity and sedentary behavior vary according to the sociodemographic characteristics of adolescents. Some subgroups need special attention: older girls, from higher economic class and older schoolchildren, since they tend to present lower level of physical activity and greater sedentary behavior. Keywords: Physical activity. Sedentary behavior. Students.
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Sendo assim, o objetivo deste estudo foi verificar a associação do estado nutricional, maturação biológica, apoio social e autoeficácia com o nível de atividade física e comportamento sedentário em escolares de Curitiba/PR. Participaram do estudo 2410 escolares (1204 meninos e 1206 meninas) com idades entre 11 e 15 anos, matriculados em escolas estaduais, do período diurno, da cidade de Curitiba/PR. Foram coletadas as medidas antropométricas de massa corporal, estatura e altura sentada. A avaliação da maturação biológica foi realizada pelas análises da Idade do Pico de Velocidade de Altura (IPVA) e Maturação Sexual. O nível de atividade física, comportamento sedentário, apoio social dos pais e dos amigos e autoeficácia foram analisados por questionários autorreportados. Para classificação do estado nutricional adotou-se pontos de corte específicos, para idade e sexo, para adolescentes. Regressão de Poisson foi usada para verificar a associação do estado nutricional, maturação biológica, apoio social e autoeficácia com a prática de atividade física e comportamento sedentário, com nível de significância estipulado em p?0,05. Pouco mais da metade (52,09%, n=1248) dos escolares são ativos, sendo os meninos em maior proporção (64,12%; p?0,01). O comportamento sedentário não apresentou diferenças entre os sexos. Foram associados com atividade física: moderado (RP=1,39; IC=1,23-1,57) e elevado (RP=1,60; IC=1,35-1,89) apoio social dos pais e dos amigos (RP=1,24; IC=1,09-1,41). Foram associados com comportamento sedentário: apoio social dos amigos (RP=1,13; IC=1,02-1,26) e autoeficácia (RP=1,13; IC=1,02-1,26). O sexo moderou a associação do apoio social dos amigos com o nível de atividade física e a associação da maturação sexual e autoeficácia com o comportamento sedentário. A idade dos escolares moderou a associação do estado nutricional, maturação somática e apoio social dos amigos com o nível de atividade física e a associação do apoio social dos amigos e autoeficácia com o comportamento sedentário. A classe econômica moderou a associação da maturação somática, apoio social dos amigos e autoeficácia com o comportamento sedentário. As meninas e os escolares de maior idade (13 a 15 anos) tendem a ser menos ativos e mais sedentários. Meninas mais velhas (13 a 15 anos) e de maior classe econômica (A/B) têm probabilidade maior de serem sedentárias e meninas mais novas (11 a 12 anos) de menor classe econômica (C/D/E) tendem a apresentar menor comportamento sedentário. Conclui-se que o apoio social dos pais e dos amigos foram correlatos da atividade física e o apoio social dos amigos e a autoeficácia foram correlatos do comportamento sedentário. As possíveis influências dos correlatos da atividade física e do comportamento sedentário variam conforme as características sociodemográficas dos adolescentes. Alguns subgrupos precisam de atenção especial: meninas, de maior idade e de maior classe econômica e escolares mais velhos, pois tendem a apresentar menor nível de atividade física e maior comportamento sedentário. Palavras-chave: Atividade física. Comportamento sedentário. Escolares. Abstract: For a better understanding of the decrease in physical activity and the increase of sedentary behavior from adolescence, it is essential to consider the independent and interactive effects of correlates that may affect these behaviors. Therefore, the objective of this study was to verify the association of nutritional status, biological maturation, social support, and self-efficacy with the level of physical activity and sedentary behavior in schoolchildren from Curitiba/PR. A total of 2410 school children (1204 boys and 1206 girls), aged 11 to 15 years, enrolled in state schools during the daytime in the city of Curitiba/PR participated in the study. The anthropometric measures of body mass, height and sitting height were collected. The evaluation of the biological maturation was carried out by the analyzes of the Age at Peak Height Velocity (APHV) and Sexual Maturation. The level of physical activity, sedentary behavior, social support of parents and friends and self-efficacy were analyzed by self-reported questionnaires. To classify the nutritional status, specific cutoff points for age and sex were adopted for adolescents. Poisson Regression was used to verify the association of nutritional status, biological maturation, social support and self-efficacy with the practice of physical activity and sedentary behavior, with the significance level set at p?0.05. Just over half (52.09%, n = 1248) of schoolchildren are active and boys are in the highest proportion (64.12%; p?0.01). The sedentary behavior showed no differences between the sexes. They were associated with physical activity: moderate (RP = 1.39, CI = 1.23-1.57) and high (RP = 1.60; CI = 1.35-1.89), parental social support and social support of friends (RP = 1.24, CI = 1.09-1.41). They were associated with sedentary behavior: social support from friends (RP = 1.13, CI = 1.02-1.26) and self-efficacy (RP = 1.13, CI = 1.02-1.26). Sex moderated the association of social support of friends with the level of physical activity and the association of sexual maturation and self-efficacy with sedentary behavior. The age of the students moderated the association of nutritional status, somatic maturation and social support of the friends with the level of physical activity and the association of the social support of the friends and self-efficacy with the sedentary behavior. Economic class moderated the association of somatic maturation, social support of friends, and self-efficacy with sedentary behavior. Older girls and schoolchildren (13 to 15 years of age) tend to be less active and more sedentary. Older girls (13 to 15 years) and from a higher economic class (A/B) are more likely to be sedentary and younger girls (11 to 12 years) of lower economic class (C/D/E) tend to have lower sedentary behavior. It was concluded that the social support of parents and friends were correlates of physical activity and the social support of friends and self-efficacy were correlates of sedentary behavior. The possible influences of correlates of physical activity and sedentary behavior vary according to the sociodemographic characteristics of adolescents. Some subgroups need special attention: older girls, from higher economic class and older schoolchildren, since they tend to present lower level of physical activity and greater sedentary behavior. 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