Contrastando determinantes ecológicos da riqueza de espécies novas e antigas de mamíferos

Orientadora : Marcio R. Pie === Dissertação (mestrado) - Universidade Federal do Paraná, Setor de Ciências Biológicas, Programa de Pós-Graduação em Ecologia e Conservação. Defesa: Curitiba, 20/03/2015 === Inclui referências === Área de concentração === Resumo: Os gradientes de diversidade de espécie...

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Bibliographic Details
Main Author: Decker, Gabriela
Other Authors: Universidade Federal do Paraná. Setor de Ciências Biológicas. Programa de Pós-Graduação em Ecologia e Conservação
Format: Others
Language:Portuguese
Published: 2015
Subjects:
Online Access:http://hdl.handle.net/1884/38136
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Decker, Gabriela
Contrastando determinantes ecológicos da riqueza de espécies novas e antigas de mamíferos
description Orientadora : Marcio R. Pie === Dissertação (mestrado) - Universidade Federal do Paraná, Setor de Ciências Biológicas, Programa de Pós-Graduação em Ecologia e Conservação. Defesa: Curitiba, 20/03/2015 === Inclui referências === Área de concentração === Resumo: Os gradientes de diversidade de espécies possivelmente estão entre os fenômenos mais comuns e menos conhecidos da ecologia. Os padrões espaciais de diversidade são resultado da interação de processos ecológicos e evolutivos. Em particular, a hipótese de conservação tropical de nicho é uma abordagem que explica com a conservação de nicho pode explicar os gradientes de riqueza de espécies face das mudanças climáticas ao longo do tempo evolutivo. A hipótese é baseada nas premissas de que climas mais quentes foram mais difundidos no passado e de que muitos grupos de espécies se originam em condições tropicais e tiveram dificuldade em entrar em novas condições de clima temperado, devido à conservação de suas características ecológicas. Comumente, esta hipótese é testada por testes que correlacionam características ambientais e filogenéticas, tais como a idade dos clados. Por exemplo, comunidades temperadas e regiões desérticas menos diversas tendem a conter mais espécies de clados derivados, enquanto as áreas tropicais quentes e úmidas suportam espécies de clados mais basais. Isto reflete a incapacidade de muitos clados que inicialmente evoluíram sob condições mais úmidas e quentes, em se adaptar às mudanças climáticas em escalas continentais, tendo assim, sobrevivido em áreas onde a alta precipitação e vegetação abundante persistiram. Neste estudo, nós testamos esses cenários utilizando dados da idade das espécies (inferida pelo respectivo tempo divergência do ancestral comum mais recente) para avaliar as diferenças entre correlatos ecológicos de riqueza de espécies novas e espécies antigas. O estudo incluiu cinco clados de mamíferos terrestres - Marsupiais, Primata, Chiroptera, Artiodactyla, e Carninora. Espécies que divergiram antes ou depois de 10 Mya de seu ancestral comum mais recente foram categorizadas como novas ou antigas, respectivamente. Este idade divide períodos com histórias climáticas notavelmente distintas. Neste estudo, nós verificamos que as diferenças nos correlatos ecológicas das espécies de novas e antigas de mamíferos são altamente dependentes da escala taxonômica, sugerindo que o grau de conservação de nicho é variável entre os clados. Desta forma, as idiossincrasias dos clados são relevantes, ressaltando que é preciso ter precaução em fazer previsões gerais a partir de conclusões alcançadas para grupos mais específicos. O nosso estudo desafia a visão tradicional de que a conservação de nicho é um fator fundamental na estruturação dos padrões de riqueza de espécies. Palavras-chave: riqueza de espécies, correlatos ecológicos, idade das espécies, conservação de nicho. === Abstract: Geographical patterns of diversity and the uneven distribution of species over space are possibly the most ubiquitous and the least understood phenomena in ecology. Recently, the tropical niche conservatism hypothesis has been invoked to explain latitudinal diversity patterns the tropical niche conservatism. This integrative approach outlines how niche conservatism explains contemporary species richness gradients in the face of climate change over evolutionary time. This hypothesis is based on the premises that warmer climates were more widespread in the past, many extant groups originated in tropical conditions and species experienced difficulty to break into new temperate-zone conditions due to conservatism in their ecological requirements. A common test of tropical niche conservatism hypothesis is to examine correlations between environmental and phylogenetic characteristics such as average taxon age. For instance, less diverse temperate communities and desert regions tend to contain more species from derived clades, while warm and wet tropical areas support species from more basal clades, reflecting the inability of many clades that initially evolved under wetter and warmer conditions to adapt to continental-scale climate change, having survived in areas where high precipitation and abundant vegetation persisted. In this study, we tested those scenarios using neontological data to assess differences in ecological predictors of species richness in old versus new species. We include five large terrestrial mammal clades in the analyses - Marsupialia, Primates, Chiroptera, Artiodactyla, and Carnivora - with each species being categorized as either old or new relative to its time for the most recent common ancestor (TMRCA) being above or below 10 Mya, an age that divides periods of markedly different climatic histories. In this study, we found that the differences in ecological correlates of old and new mammal species are highly dependent on the taxonomic scale suggesting that the degree of niche conservatism is variable among distinguished mammal clades. Therefore, idiosyncrasies of clades are important and care must be taken in making more general conclusions from results reached for a specific group. Our study challenges the traditional view that niche conservatism is the main driver underlying the ubiquitous climate-richness pattern. Keywords: species richness, ecological correlates, species ages, niche conservatism.
author2 Universidade Federal do Paraná. Setor de Ciências Biológicas. Programa de Pós-Graduação em Ecologia e Conservação
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Em particular, a hipótese de conservação tropical de nicho é uma abordagem que explica com a conservação de nicho pode explicar os gradientes de riqueza de espécies face das mudanças climáticas ao longo do tempo evolutivo. A hipótese é baseada nas premissas de que climas mais quentes foram mais difundidos no passado e de que muitos grupos de espécies se originam em condições tropicais e tiveram dificuldade em entrar em novas condições de clima temperado, devido à conservação de suas características ecológicas. Comumente, esta hipótese é testada por testes que correlacionam características ambientais e filogenéticas, tais como a idade dos clados. Por exemplo, comunidades temperadas e regiões desérticas menos diversas tendem a conter mais espécies de clados derivados, enquanto as áreas tropicais quentes e úmidas suportam espécies de clados mais basais. Isto reflete a incapacidade de muitos clados que inicialmente evoluíram sob condições mais úmidas e quentes, em se adaptar às mudanças climáticas em escalas continentais, tendo assim, sobrevivido em áreas onde a alta precipitação e vegetação abundante persistiram. Neste estudo, nós testamos esses cenários utilizando dados da idade das espécies (inferida pelo respectivo tempo divergência do ancestral comum mais recente) para avaliar as diferenças entre correlatos ecológicos de riqueza de espécies novas e espécies antigas. O estudo incluiu cinco clados de mamíferos terrestres - Marsupiais, Primata, Chiroptera, Artiodactyla, e Carninora. Espécies que divergiram antes ou depois de 10 Mya de seu ancestral comum mais recente foram categorizadas como novas ou antigas, respectivamente. Este idade divide períodos com histórias climáticas notavelmente distintas. Neste estudo, nós verificamos que as diferenças nos correlatos ecológicas das espécies de novas e antigas de mamíferos são altamente dependentes da escala taxonômica, sugerindo que o grau de conservação de nicho é variável entre os clados. Desta forma, as idiossincrasias dos clados são relevantes, ressaltando que é preciso ter precaução em fazer previsões gerais a partir de conclusões alcançadas para grupos mais específicos. O nosso estudo desafia a visão tradicional de que a conservação de nicho é um fator fundamental na estruturação dos padrões de riqueza de espécies. Palavras-chave: riqueza de espécies, correlatos ecológicos, idade das espécies, conservação de nicho. Abstract: Geographical patterns of diversity and the uneven distribution of species over space are possibly the most ubiquitous and the least understood phenomena in ecology. Recently, the tropical niche conservatism hypothesis has been invoked to explain latitudinal diversity patterns the tropical niche conservatism. This integrative approach outlines how niche conservatism explains contemporary species richness gradients in the face of climate change over evolutionary time. This hypothesis is based on the premises that warmer climates were more widespread in the past, many extant groups originated in tropical conditions and species experienced difficulty to break into new temperate-zone conditions due to conservatism in their ecological requirements. A common test of tropical niche conservatism hypothesis is to examine correlations between environmental and phylogenetic characteristics such as average taxon age. For instance, less diverse temperate communities and desert regions tend to contain more species from derived clades, while warm and wet tropical areas support species from more basal clades, reflecting the inability of many clades that initially evolved under wetter and warmer conditions to adapt to continental-scale climate change, having survived in areas where high precipitation and abundant vegetation persisted. In this study, we tested those scenarios using neontological data to assess differences in ecological predictors of species richness in old versus new species. We include five large terrestrial mammal clades in the analyses - Marsupialia, Primates, Chiroptera, Artiodactyla, and Carnivora - with each species being categorized as either old or new relative to its time for the most recent common ancestor (TMRCA) being above or below 10 Mya, an age that divides periods of markedly different climatic histories. In this study, we found that the differences in ecological correlates of old and new mammal species are highly dependent on the taxonomic scale suggesting that the degree of niche conservatism is variable among distinguished mammal clades. Therefore, idiosyncrasies of clades are important and care must be taken in making more general conclusions from results reached for a specific group. Our study challenges the traditional view that niche conservatism is the main driver underlying the ubiquitous climate-richness pattern. Keywords: species richness, ecological correlates, species ages, niche conservatism. 2015-07-22T18:56:08Z 2015-07-22T18:56:08Z 2015 info:eu-repo/semantics/publishedVersion info:eu-repo/semantics/masterThesis http://hdl.handle.net/1884/38136 por Disponível em formato digital info:eu-repo/semantics/openAccess 48f. : grafs., tabs., algumas color. application/pdf reponame:Repositório Institucional da UFPR instname:Universidade Federal do Paraná instacron:UFPR