A confiabilidade semântica das informações geográficas voluntárias como função da organização mental do conhecimento espacial
Orientadora : Profª Drª Claudia Robbi Sluter === Dissertação (mestrado) - Universidade Federal do Paraná, Setor de Ciências da Terra, Programa de Pós-Graduação em Ciências Geodésicas. Defesa: Curitiba, 28/03/2014 === Inclui referências === Resumo: No último século, os pesquisadores em Cartografia in...
Main Author: | |
---|---|
Other Authors: | |
Format: | Others |
Language: | Portuguese |
Published: |
2015
|
Subjects: | |
Online Access: | http://hdl.handle.net/1884/37998 |
id |
ndltd-IBICT-oai-dspace.c3sl.ufpr.br-1884-37998 |
---|---|
record_format |
oai_dc |
collection |
NDLTD |
language |
Portuguese |
format |
Others
|
sources |
NDLTD |
topic |
Geodésia |
spellingShingle |
Geodésia Bravo, João Vitor Meza A confiabilidade semântica das informações geográficas voluntárias como função da organização mental do conhecimento espacial |
description |
Orientadora : Profª Drª Claudia Robbi Sluter === Dissertação (mestrado) - Universidade Federal do Paraná, Setor de Ciências da Terra, Programa de Pós-Graduação em Ciências Geodésicas. Defesa: Curitiba, 28/03/2014 === Inclui referências === Resumo: No último século, os pesquisadores em Cartografia investiram em pesquisas científicas com o objetivo de melhorar as representações espaciais em todos seus aspectos. No início, eles utilizaram dos resultados provenientes das investigações psicofísicas para testar a efetividade dessas representações, bem como, os estudos em Psicologia Cognitiva para compreender como as pessoas criavam imagens mentais a respeito do mundo e transformavam-nas em mapas. Essa realidade tornou-se diferente quando surgiram as tecnologias da informação, principalmente a Internet. Por meio dessas ferramentas os indivíduos começaram a criar informações geográficas e disseminar o conteúdo espacial por meio das redes virtuais. Dessa maneira, muitos sujeitos sem experiência na geração de produtos cartográficos tornaram-se usuários produtores de geoinformação ou, "produsers". O impacto causado nas pesquisas em Cartografia pela inserção desses novos agentes na criação do conteúdo espacial, foi grande: os pesquisadores deixaram de tentar somente melhorar as representações e começaram a tentar compreender como avaliar a qualidade das Informações Geográficas Voluntárias (IGV). Tão logo qualquer indivíduo tornou-se um potencial produtor da informação espacial, os sistemas IGV ganharam notoriedade frente às agências oficiais de mapeamento por conta das diversas potencialidades do uso deste tipo de conteúdo na atualização das bases digitais oficiais. Entretanto, além da iniciativa do Serviço Geológico estadunidense com seu arrojado projeto The National Map Corps, as IGVs não têm sido utilizadas pelas agências oficiais de mapeamento, pois ainda não se conhece muito sobre a confiabilidade que se pode ter neste tipo de conteúdo. Assim sendo, a presente pesquisa foi idealizada na intenção de se compreender se a organização mental do conhecimento espacial influencia no julgamento da confiabilidade das informações geográficas voluntárias. Por esta razão, testou-se 30 indivíduos os quais foram divididos em dois grupos: o dos profissionais (grupo de controle), pessoas que têm experiência em Cartografia e SIG, especialmente, produzindo mapas, e os não profissionais, pessoas que não têm experiência em Cartografia. Para a aplicação dos testes, desenvolveu-se cenários de estudo por meio do sistema IGV Wikimapia®. O desenvolvimento de tais cenários teve por objetivo recriar situações reais vividas pelos usuários nos sistemas IGV, conjunturas nas quais estes indivíduos criam, usam e validam geoinformações. No primeiro cenário, os sujeitos entrevistados foram convidados a criar informações sobre um ponto turístico que indicariam para um amigo visitar. No segundo cenário, os entrevistados utilizaram das informações prestadas pelos sujeitos entrevistados no cenário 1 para localizar as feições indicadas. No terceiro e último cenário os entrevistados foram instigados a julgar a confiabilidade das informações criadas no cenário 1, tendo em vista informações a respeito do desempenho dos usuários do cenário 2 na tarefa de busca pela feição. Os resultados apontaram que a organização mental do conhecimento espacial afeta o julgamento da confiabilidade de informações geográficas voluntárias, pois esta é a forma como as pessoas descrevem os objetos do mundo, bem como, é um recurso natural que os seres humanos utilizam para manipular tais objetos mentalmente. Eles também revelaram que o raciocínio dos indivíduos avaliados seguiu um padrão que é dependente de suas habilidades cognitivas e experiências culturais. Assim como o indicado por Rosch (1973) e Tversky & Hemenway (1984), os entrevistados preferiram as categorias de nível básico e processos partonômicos para descrever as feições. Além disso, eles também julgaram as categorias de nível básico como as mais confiáveis. Concluiu-se, portanto, que a organização mental do conhecimento espacial afetou o julgamento da confiabilidade das informações geográficas voluntárias. Palavras-chave: Confiabilidade Semântica, Categorização Mental, Partonomia, Taxonomia, Informações Geográficas Voluntárias (IGV). === Abstract: During the last few decades, the geoinformation production has changed due to the spread of computer and internet technologies. These technologies have enabled individuals without specific knowledge in map design/production become potential cartographers or "produsers". Because many types of individuals are involved in the use and production of geoinformation. The Volunteered Geographic Information (VGI) has increased its importance due to two main factors. The first one, which comprises our research concern, is the interest of official agencies in updating their geodatabases with this rich crowdsourced content. Despite the USGS project "The National Map Corps", the VGI has not yet been largely used by official agencies because there is not enough knowledge about its reliability or quality. The second factor comprises the emergent interest of individuals in using web 2.0 medias, such as Facebook or OpenStreetMap, generating content and disseminating their own information. Therefore, we have designed this research in order to investigate how the mental categorization and the classification processes of information affects the reliability of VGI semantic content. We have tested 30 subjects in order to achieve our set of goals. Thus, we divided the subjects into groups: oneof cartography and GIS professionals and another of non-professionals. The professional group (control group) had previous experience in producing maps, while the second group (naive) had no previous experience in it. We have also developed scenarios using Wikimapia® as a VGI base map considering the real situations of use in a VGI system: individuals creating, using and validating geoinformation. In the first scenario, we have invited the subjects to create geoinformation about touristic points that they would like to invite a friend to visit. We have proposed a second scenario where individuals had employed the information created by the first group of subjects in order to look for the touristic point described in the first scenario. In the third and last scenario, we have invited the subjects to judge the reliability of the generated content. They have used the information generated by the first group of subjects and were aware of the performance of the second scenario users. The results pointed that the mental categorization and the classification processes of information affect the judgment of the reliability of VGI semantic content, because they are the way people use to describe objects in reality and a natural resource that we humans have created to handle things mentally. The results also have revealed that the reasoning of individuals shows a pattern, which depends on their cognitive skills and their mental organization. Naturally, as stated by Rosch (1973) and Tversky & Hemenway (1984) the individuals have preferred basic level categories and partonomic processes to describe the features. Besides, they have judged basic level categories as the most reliable. We may conclude that mental categorization, and partonomic and taxonomic processes have triggered the reliability judgment of individuals, and they were the most used among the others variables. Key words: Semantic Reliability, Mental Categorization, Partonomy, Taxonomy, Volunteered Geographic Information (VGI). |
author2 |
Sluter, Claudia Robbi |
author_facet |
Sluter, Claudia Robbi Bravo, João Vitor Meza |
author |
Bravo, João Vitor Meza |
author_sort |
Bravo, João Vitor Meza |
title |
A confiabilidade semântica das informações geográficas voluntárias como função da organização mental do conhecimento espacial |
title_short |
A confiabilidade semântica das informações geográficas voluntárias como função da organização mental do conhecimento espacial |
title_full |
A confiabilidade semântica das informações geográficas voluntárias como função da organização mental do conhecimento espacial |
title_fullStr |
A confiabilidade semântica das informações geográficas voluntárias como função da organização mental do conhecimento espacial |
title_full_unstemmed |
A confiabilidade semântica das informações geográficas voluntárias como função da organização mental do conhecimento espacial |
title_sort |
confiabilidade semântica das informações geográficas voluntárias como função da organização mental do conhecimento espacial |
publishDate |
2015 |
url |
http://hdl.handle.net/1884/37998 |
work_keys_str_mv |
AT bravojoaovitormeza aconfiabilidadesemanticadasinformacoesgeograficasvoluntariascomofuncaodaorganizacaomentaldoconhecimentoespacial AT bravojoaovitormeza confiabilidadesemanticadasinformacoesgeograficasvoluntariascomofuncaodaorganizacaomentaldoconhecimentoespacial |
_version_ |
1718645804893208576 |
spelling |
ndltd-IBICT-oai-dspace.c3sl.ufpr.br-1884-379982018-05-23T18:23:56Z A confiabilidade semântica das informações geográficas voluntárias como função da organização mental do conhecimento espacial Bravo, João Vitor Meza Sluter, Claudia Robbi Universidade Federal do Paraná. Setor de Ciências da Terra. Programa de Pós-Graduação em Ciências Geodésicas Geodésia Orientadora : Profª Drª Claudia Robbi Sluter Dissertação (mestrado) - Universidade Federal do Paraná, Setor de Ciências da Terra, Programa de Pós-Graduação em Ciências Geodésicas. Defesa: Curitiba, 28/03/2014 Inclui referências Resumo: No último século, os pesquisadores em Cartografia investiram em pesquisas científicas com o objetivo de melhorar as representações espaciais em todos seus aspectos. No início, eles utilizaram dos resultados provenientes das investigações psicofísicas para testar a efetividade dessas representações, bem como, os estudos em Psicologia Cognitiva para compreender como as pessoas criavam imagens mentais a respeito do mundo e transformavam-nas em mapas. Essa realidade tornou-se diferente quando surgiram as tecnologias da informação, principalmente a Internet. Por meio dessas ferramentas os indivíduos começaram a criar informações geográficas e disseminar o conteúdo espacial por meio das redes virtuais. Dessa maneira, muitos sujeitos sem experiência na geração de produtos cartográficos tornaram-se usuários produtores de geoinformação ou, "produsers". O impacto causado nas pesquisas em Cartografia pela inserção desses novos agentes na criação do conteúdo espacial, foi grande: os pesquisadores deixaram de tentar somente melhorar as representações e começaram a tentar compreender como avaliar a qualidade das Informações Geográficas Voluntárias (IGV). Tão logo qualquer indivíduo tornou-se um potencial produtor da informação espacial, os sistemas IGV ganharam notoriedade frente às agências oficiais de mapeamento por conta das diversas potencialidades do uso deste tipo de conteúdo na atualização das bases digitais oficiais. Entretanto, além da iniciativa do Serviço Geológico estadunidense com seu arrojado projeto The National Map Corps, as IGVs não têm sido utilizadas pelas agências oficiais de mapeamento, pois ainda não se conhece muito sobre a confiabilidade que se pode ter neste tipo de conteúdo. Assim sendo, a presente pesquisa foi idealizada na intenção de se compreender se a organização mental do conhecimento espacial influencia no julgamento da confiabilidade das informações geográficas voluntárias. Por esta razão, testou-se 30 indivíduos os quais foram divididos em dois grupos: o dos profissionais (grupo de controle), pessoas que têm experiência em Cartografia e SIG, especialmente, produzindo mapas, e os não profissionais, pessoas que não têm experiência em Cartografia. Para a aplicação dos testes, desenvolveu-se cenários de estudo por meio do sistema IGV Wikimapia®. O desenvolvimento de tais cenários teve por objetivo recriar situações reais vividas pelos usuários nos sistemas IGV, conjunturas nas quais estes indivíduos criam, usam e validam geoinformações. No primeiro cenário, os sujeitos entrevistados foram convidados a criar informações sobre um ponto turístico que indicariam para um amigo visitar. No segundo cenário, os entrevistados utilizaram das informações prestadas pelos sujeitos entrevistados no cenário 1 para localizar as feições indicadas. No terceiro e último cenário os entrevistados foram instigados a julgar a confiabilidade das informações criadas no cenário 1, tendo em vista informações a respeito do desempenho dos usuários do cenário 2 na tarefa de busca pela feição. Os resultados apontaram que a organização mental do conhecimento espacial afeta o julgamento da confiabilidade de informações geográficas voluntárias, pois esta é a forma como as pessoas descrevem os objetos do mundo, bem como, é um recurso natural que os seres humanos utilizam para manipular tais objetos mentalmente. Eles também revelaram que o raciocínio dos indivíduos avaliados seguiu um padrão que é dependente de suas habilidades cognitivas e experiências culturais. Assim como o indicado por Rosch (1973) e Tversky & Hemenway (1984), os entrevistados preferiram as categorias de nível básico e processos partonômicos para descrever as feições. Além disso, eles também julgaram as categorias de nível básico como as mais confiáveis. Concluiu-se, portanto, que a organização mental do conhecimento espacial afetou o julgamento da confiabilidade das informações geográficas voluntárias. Palavras-chave: Confiabilidade Semântica, Categorização Mental, Partonomia, Taxonomia, Informações Geográficas Voluntárias (IGV). Abstract: During the last few decades, the geoinformation production has changed due to the spread of computer and internet technologies. These technologies have enabled individuals without specific knowledge in map design/production become potential cartographers or "produsers". Because many types of individuals are involved in the use and production of geoinformation. The Volunteered Geographic Information (VGI) has increased its importance due to two main factors. The first one, which comprises our research concern, is the interest of official agencies in updating their geodatabases with this rich crowdsourced content. Despite the USGS project "The National Map Corps", the VGI has not yet been largely used by official agencies because there is not enough knowledge about its reliability or quality. The second factor comprises the emergent interest of individuals in using web 2.0 medias, such as Facebook or OpenStreetMap, generating content and disseminating their own information. Therefore, we have designed this research in order to investigate how the mental categorization and the classification processes of information affects the reliability of VGI semantic content. We have tested 30 subjects in order to achieve our set of goals. Thus, we divided the subjects into groups: oneof cartography and GIS professionals and another of non-professionals. The professional group (control group) had previous experience in producing maps, while the second group (naive) had no previous experience in it. We have also developed scenarios using Wikimapia® as a VGI base map considering the real situations of use in a VGI system: individuals creating, using and validating geoinformation. In the first scenario, we have invited the subjects to create geoinformation about touristic points that they would like to invite a friend to visit. We have proposed a second scenario where individuals had employed the information created by the first group of subjects in order to look for the touristic point described in the first scenario. In the third and last scenario, we have invited the subjects to judge the reliability of the generated content. They have used the information generated by the first group of subjects and were aware of the performance of the second scenario users. The results pointed that the mental categorization and the classification processes of information affect the judgment of the reliability of VGI semantic content, because they are the way people use to describe objects in reality and a natural resource that we humans have created to handle things mentally. The results also have revealed that the reasoning of individuals shows a pattern, which depends on their cognitive skills and their mental organization. Naturally, as stated by Rosch (1973) and Tversky & Hemenway (1984) the individuals have preferred basic level categories and partonomic processes to describe the features. Besides, they have judged basic level categories as the most reliable. We may conclude that mental categorization, and partonomic and taxonomic processes have triggered the reliability judgment of individuals, and they were the most used among the others variables. Key words: Semantic Reliability, Mental Categorization, Partonomy, Taxonomy, Volunteered Geographic Information (VGI). 2015-05-13T18:10:45Z 2015-05-13T18:10:45Z 2014 info:eu-repo/semantics/publishedVersion info:eu-repo/semantics/masterThesis http://hdl.handle.net/1884/37998 por Disponível em formato digital info:eu-repo/semantics/openAccess 138f. : il. algumas color., tabs., maps., algumas color., grafs. application/pdf reponame:Repositório Institucional da UFPR instname:Universidade Federal do Paraná instacron:UFPR |