O Estado na era da globalização e as novas tecnologias

Resumo: Desde a década de setenta, do século anterior, diversas mudanças sociais, tecnológicas e econômicas transformam rapidamente toda concepção prévia sobre o Estado e sua capacidade de direcionamento e intervenção sobre a sociedade e a economia. Isso principalmente em função de dois fatores fund...

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Bibliographic Details
Main Author: Tello, Diana Carolina Valencia
Other Authors: Chueri, Vera Karam de
Format: Others
Language:Portuguese
Published: 2013
Subjects:
Online Access:http://hdl.handle.net/1884/34248
Description
Summary:Resumo: Desde a década de setenta, do século anterior, diversas mudanças sociais, tecnológicas e econômicas transformam rapidamente toda concepção prévia sobre o Estado e sua capacidade de direcionamento e intervenção sobre a sociedade e a economia. Isso principalmente em função de dois fatores fundamentais, a aplicação do neoliberalismo ao redor do mundo e o surgimento de uma nova revolução tecnológica com capacidade de transformar totalmente a organização social e política do mundo moderno. O início da era da globalização foi possível graças à liberalização do mercado e ao surgimento de novas tecnologias que permitiram conectar diversos territórios com interesses comuns em tempo real, sem maiores custos adicionais, admitindo com isso a construção de um mercado unificado, absolutamente interconectado. Com o aumento da globalização temos comprovado também o surgimento de diversos paradoxos entre interesses globais e interesses locais e entre diversos grupos de interesse com demandas legítimas e às vezes contraditórias, as quais criam profundas crises e confrontos entre as sociedades e os Estados, deixando em evidência que as velhas estruturas de poder não são suficientes para definir futuros de valia na era da globalização e as novas tecnologias. Neste contexto, a presente tese visa analisar as transformações do Estado na era da globalização e as novas tecnologias, tendo em conta que o Estado continua sendo fundamental para a organização das sociedades, mas, ao mesmo tempo, o Estado já não pode ser concebido como a máxima forma de organização social, nem como poder superior capaz de intervir e direcionar as sociedades autonomamente, ainda que as sociedades continuem precisando do apoio do Estado para o bem-estar das comunidades, especialmente das comunidades mais vulneráveis, em aspectos como a saúde, a educação e até o mínimo vital nos casos de extrema pobreza. Na atualidade, o Estado já não conta com um poder centralizado que lhe permita controlar e dirigir de forma autônoma a sociedade ou a economia. Portanto, o Estado precisa de novas formas de atuação e novas estruturas que ajudem a coordenar diversos atores na procuração do bem-estar comum.