Medidas hipertensivas arteriais em escolares

Resumo: Medidas hipertensivas em idades precoces têm sido associadas às alterações do estilo de vida em crianças e adolescentes, exemplificadas pelo maior nível de sedentarismo e menor qualidade alimentar.A proposta deste trabalho foi verificar a relação entre o nível de atividade física, a obesidad...

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Bibliographic Details
Main Author: Wendling, Neila Maria de Souza
Other Authors: Leite, Neiva
Format: Others
Language:Portuguese
Published: 2013
Subjects:
Online Access:http://hdl.handle.net/1884/30335
Description
Summary:Resumo: Medidas hipertensivas em idades precoces têm sido associadas às alterações do estilo de vida em crianças e adolescentes, exemplificadas pelo maior nível de sedentarismo e menor qualidade alimentar.A proposta deste trabalho foi verificar a relação entre o nível de atividade física, a obesidade corporal e a ingestão de sódio com medidas hipertensivas arteriais em escolares.Participaram do estudo 1496 escolaresde 10 a 19 anos, de ambos os gêneros, da rede municipal de Curitiba (PR).Foi calculado o índice de massa corporal, acessados o nível de atividade física pelo Three Day Physical Activity Recall (3DPAR)e o consumo alimentar por Questionário Semiquantitativo de Frequência Alimentar (QSFA).Foram usados testes não-paramétricos de Mann-Whitney, Qui-quadrado, odds ratio(OR) e correlação de Pearson, com intervalo de confiança de 95% e nível de significância de 5%. A amostral final foi de 1105 indivíduos (55,0% meninas) com média de idade 12,61±1,47 anos. Destes 46,2% eram inativos,principalmente as meninas (53,0%) em relação aos meninos (38,0%;p<0,0001). A distribuição do índice de massa corporal foi semelhante entre os gêneros, sendo 47,2% entre todos apresentaram excesso de peso (29,9% sobrepeso e 17,4% obesidade). A obesidade central foi maior em meninas e em inativos (30,5%) do que em ativos (24,9%; p<0,05) estando presente em 27,5% do total de avaliados.A frequência de níveis pressóricos hipertensivos foi de 17,8% nos escolares, sem diferença entre gêneros ou nível de atividade física. Os gêneros foram analisados conforme o nível de atividade física, em meninas ativas (47,0%), meninas inativas (53,0%), meninos ativos (62,0%) e meninos inativos (38,0%). A força de associação dos níveis hipertensivos aliados com o excesso de peso foi OR de 3,76 em meninos ativos e 5,35 em inativos, em relação aos pares eutróficos(p<0,0001),magnitude não observada nas meninas (ativas OR=2,78; inativas OR=2,33). A mediana do consumo de sódio dos escolaresfoi de 3,18 g/d, com correlação moderada negativa com a PAS e positiva com a PAD. Os alimentos que mais contribuíram para o consumo de sódio foram o pão e a pizza.A probabilidade para pressão arterial elevada com consumo elevado de sódio foi mais expressiva na condição de excesso de peso (meninos OR=3,71; meninas OR=2,69) do que na inatividade física(meninos OR=1,06; meninas OR=0,67). Conclui-se que metade dos escolares apresentou sedentarismo. A obesidade central apresentou-se maior nas meninas. A presença de excesso de peso demonstrou associação com níveis hipertensivos em ambos os gêneros.Em meninos inativos apresentou quatro vezes maiorrisco de níveis hipertensivos,uma vez e meia maior que os ativos na mesma condição. O consumo energético diário foi 170% superior aos valores previstos para faixa etária e dois terços dos escolares consomem sódio em excesso.Apizza e o pão francês foram identificados como os alimentos de maior freqüência de consumo e de elevada correlação com o sódio ingerido, sem correlação com os níveis pressóricos.