Summary: | Resumo: O presente estudo de caso analisa se a implementação e a sequência das reuniões do Fórum Permanente da Agenda 21 no Paraná, iniciado em fevereiro de 2004, em Curitiba, PR, constituíram efetivamente um processo de mobilização social, segundo a fundamentação teórica de autores como Bernardo Toro, Nísia Werneck e Márcio Simeone Henriques, no qual a comunicação é observada como condição principal para o fortalecimento do processo. Entende-se a mobilização social como fundamental para estimular a participação em eventos e ações promovidos na interface entre política e comunicação, como é o caso do Fórum em estudo. Assim, o objetivo geral do trabalho foi constatar se o processo realizado no Estado do Paraná pode ser considerado um ato mobilizador e se este Fórum está gerando frutos, especialmente quando se fala em propostas para efetivação de políticas públicas. Além do contexto em que surgem na sociedade global, nacional e regional os princípios do documento Agenda 21, que oferece diretrizes socioambientais para o desenvolvimento sustentável no século XXI, a dissertação faz uma revisão bibliográfica sobre aspectos teóricos de comunicação e meio ambiente, comunicação pública e políticas públicas. As informações para a análise foram obtidas por meio de entrevistas em profundidade com as coordenadoras do Fórum; de questionários semiestruturados aplicados aos representantes do Fórum; e da análise de conteúdo de 40 atas que registram a memória desse coletivo, usando como pontos de referência unidades de registro relacionadas a três categorias principais: 1) Mobilização Social; 2) Comunicação; e 3) Práticas e Ações. Ao final, depreende-se que embora concebida como processo de mobilização social, as ações relativas ao Fórum Permanente da Agenda 21 Paraná ainda estão longe de estabelecer vínculos fortes com os conceitos centrais desse processo, conforme avaliação preconizada por Henriques, o que esclarece, em parte, a sua pouca efetividade junto à sociedade paranaense.
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