Summary: | Resumo: Introdução: A cicatrização do trato gastrintestinal é de grande importância na história da cirurgia, buscando-se tipos de fios e pontos apropriados e os diversos fatores que a influenciam. O uso de fitoterápicos como aceleradores da cicatrização tem sido usado por muitos anos sendo objetivo atual de pesquisas para a comprovação científica dessas propriedades terapêuticas. Objetivo: avaliar o uso do extrato bruto de Jatropha gossypiifolia L. na cicatrização de gastrorrafias em ratos. Material e Método: Foram utilizados 40 ratos wistar, machos, divididos em 02 grupos de 20, denominados de grupos controle e Jatropha. Dez animais de cada grupo foram mortos no 3o dia pós-operatório e denominados subgrupos controle e Jatropha do 3o dia e os 10 restantes de cada grupo foram mortos no 7o dia com a mesma denominação do 7o dia. Em cada animal foi realizado gastrotomia e gastrorrafia em plano único com fio polipropileno 6-0 (prolene®). Os animais do grupo Jatropha receberam dose única de 200mg/Kg do extrato bruto de Jatropha gossypiifolia L via intraperitoneal no dia do procedimento e os do grupo controle a mesma quantidade em mililitros (ml) de solução salina (cloreto de sódio à 0,9%). Foram avaliados os seguintes parâmetros: 1) alterações macroscópicas; 2) a resistência à insuflação de ar atmosférico (pressão de ruptura) da sutura; 3) características histológicas. Resultados: Não houve morte dos animais na evolução clínica, havendo boa cicatrização da parede abdominal, na ausência de sinais de infecção, deiscência, abscessos ou peritonites. A cicatrização da superfície serosa foi considerada boa em todos os animais, não ocorrendo fístulas, porém, as aderências intra-peritoneais ocorreram em 7 ratos do subgrupo controle e 9 do subgrupo Jatropha do 3o dia pós-operatório e em 9 do subgrupo controle e 8 do subgrupo Jatropha do 7o dia, não havendo diferenças estatisticamente significantes entre os grupos. A cicatrização da superfície mucosa foi classificada como boa em todos os animais. A resistência das gastrorrafias à insuflação de ar atmosférico demonstrou aumento estatisticamente significante da pressão de ruptura no grupo Jatropha do 3o dia de observação. A avaliação histológica demonstrou diferenças estatisticamente significantes, quanto aos critérios, reação inflamatória aguda menor e coaptação das bordas maior no subgrupo Jatropha do 7o dia pós-operatório em relação ao grupo controle do mesmo período. Conclusão: Concluiu-se que o extrato bruto de Jatropha gossypiifolia L. favorece a cicatrização no 3o dia pós-operatório, em relação, a maior resistência das gastrorrafias à pressão de ruptura e no 7o dia com melhor coaptação das bordas e reduzindo reação inflamatória aguda à microscópica. Palavras-chave: ratos, gastrorrafias, Jatropha gossypiifolia L, cicatrização, teste de resistência à insuflação de ar atmosférico.
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