Summary: | Resumo: Avaliou-se o trato respiratório de 129 potros PSI de corrida, 59 machos e 70 fêmeas, entre 18 e 24 meses de idade, filhos de 44 garanhões, antes do início dos treinamentos, em 7 haras das regiões criatórias de Piraquara, São José dos Pinhais, Tijucas do Sul e Araucária, no Estado do Paraná. Empregou-se um questionário para avaliar a vida dos potros até o momento do exame, com respeito ao manejo de cocheira, alimentação, sanidade e filiação. Os potros foram examinados clinicamente. O exame endoscópico foi realizado com um video-endoscópio Welch- Allyn de 200 cm de comprimento e 9 mm de diâmetro, avaliando-se o trato respiratório superior e o trato respiratório inferior até a bifurcação da traquéia. O aspirado traqueal foi procedido quando necessário, corando-se o esfregaço pela técnica de Pappenhein para o exame citológico da secreção. Observou-se um aumento do número de potros mantidos em regime de liberdade após os 6 meses de idade. As auscultações traqueal e pulmonar não mostraram correlação com a presença de secreção traqueo-bronquial. HFL grau II ou mais foram observadas em 97,5% dos potros. Observou-se DDPM intermitente e DDPM persistente em 14,0% e 2,5% dos potros, respectivamente. A epiglote foi considerada comprida em 8,3% dos potros e, 4,2% e 0,8% apresentaram epiglote curta e frágil e curta, frágil e com extremidade desviada para a esquerda, respectivamente. Observou-se NLP II esquerda em 23,1% dos potros e NLP II direita em 2,5%. Alguns garanhões apresentaram um número maior de potros com alterações na forma da epiglote e no funcionamento das cartilagens aritenóides. As espirais de Curshmann apareceram no aspirado de 16 potros e, as células gigantes de corpo estranho, os eosinófilos e os macrófagos espumosos estiveram presentes em 4, 61 e 70 potros, respectivamente. Os potros mantidos em cocheiras por um tempo maior e aqueles que receberam alfafa fenada na alimentação mostraram maiores alterações do aspirado traqueal. Evidenciou-se que potros PSI de corrida podem apresentar anormalidades das vias aéreas superiores e comprometimento das vias aéreas inferiores antes de iniciarem os treinamentos, o que provavelmente pode resultar num rendimento atlético abaixo do seu potencial.
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