Summary: | Resumo: A pecuária de corte é uma atividade que apresenta incertezas e certo risco econômico, devido à dependência dos fatores climáticos, do elevado tempo em que as criações permanecem no campo sem apresentar o retorno esperado e das dúvidas quanto aos preços que serão recebidos, pois a decisão de engordar o animal para o abate é tomada muito antes de se conhecer o preço pelo qual ele será omercializado. O tamanho do rebanho e o volume de abate de bovinos são diferentes nas mesorregiões paranaenses, o que faz com que os preços da arroba do boi gordo também difiram entre si. Assim, conhecer o comportamento dos preços agropecuários é um aspecto mercadológico fundamental, pois quanto mais transparente for esse mercado mais fácil torna-se a tomada de decisão dos vendedores e compradores de animais, permitindo um bom desempenho de todos e uma maior competitividade da atividade. No primeiro capítulo realizou-se uma revisão de literatura sobre a pecuária de corte paranaense, caracterizando seus aspectos regionais. A revisão ainda discorreu sobre o mercado do boi gordo, sua formação de preços e os ciclos anuais e plurianuais da bovinocultura de corte, além de aspectos dos preços agropecuários. O segundo capítulo fez uma análise do comportamento dos preços do boi gordo na pecuária de corte paranaense no período de janeiro de 1994 a dezembro de 2009, verificando a existência de tendência e caracterizando as variações cíclicas e sazonais. Os preços da arroba do boi gordo não apresentaram tendência significativa, mantendo-se estáveis durante o período analisado. A existência de um período cíclico de cerca de sete anos pode ser atribuída aos efeitos dos processos de investimentos e desinvestimentos pecuários em resposta ao comportamento dos preços. A análise estacional do preço da arroba do boi gordo mostrou a relação existente entre a safra e a entressafra, determinada pelas forças de oferta e demanda de animais. O preço do boi gordo apresentou índices sazonais inferiores a 100 entre fevereiro e julho, com elevações acima de 100, de agosto a janeiro. O pico de preços baixos ocorreu no mês de maio e o de preços altos, no mês de novembro. O terceiro e último capítulo propôs a construção de um Indicador de Preços da Arroba do Boi Gordo no Estado do Paraná, que foi formulado a partir de uma média ponderada considerando o volume de abate de bovinos em cada mesorregião do estado. Analisou-se a relação existente entre o Indicador LAPBOV/UFPR e os preços do boi gordo nas diferentes mesorregiões do estado. Para testar sua eficiência, o Indicador LAPBOV/UFPR foi comparado com aquele divulgado pela SEAB/PR, para o estado do Paraná, e com aquele divulgado pelo CEPEA, apenas para a região noroeste paranaense. Após as análises concluiu-se que este novo indicador pode servir como referencial nas operações de compra e venda de gado pelos produtores e frigoríficos, visto que traduz mais adequadamente as realidades da bovinocultura de corte no Estado.
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