Summary: | Resumo: A corrosão microbiológica ou biocorrosão em superfícies metálicas está associada a várias espécies microbianas e seus produtos metabólicos. A colonização destas superfícies por microrganismos é denominada biofilme. A corrosão causada por biofilmes pode levar à danificação de equipamentos e destruição de ligas metálicas e outros materiais minerais. O objetivo deste trabalho foi o isolamento e identificação de microrganismos presentes em corpos-de-prova metálicos (CP’s) instalados em estações de corrosão em duas Usinas Hidrelétricas (Usina hidrelétrica de Balbina – “Presidente Figueiredo/AM” e Usina hidrelétrica de Salto Pilão – “Ibirama/SC”). Os CP’s foram imersos em caixas acrílicas, onde circulava água do reservatório das usinas. Os microrganismos foram isolados em meios seletivos e posteriormente identificados por meio de macromorfologia, micromorfologia (microscopia ótica e eletrônica de varredura), provas bioquímicas e quando apropriado, por oligonucleotídeos específicos e sequenciamento de DNA. Foram isoladas Bactérias Redutoras de Sulfato (BRS) e bactérias oxidantes do ferro em CP’s com tubérculo de corrosão. Outras bactérias associadas à formação de biofilme também foram encontradas, como Pseudomonas sp, Enterobactérias e Bacillus sp, principalmente em aço carbono. Os principais gêneros de fungos isolados foram Aspergillus sp, Paecilomyces sp e Penicillium sp. O aço carbono foi o metal mais afetado pela biocorrosão e também apresentou maior diversidade de microrganismos. Foi verificado que com a utilização de técnicas de metagenômica é possível acelerar o processo de identificação das Bactérias redultoras de sulfato envolvidas com o “biofouling” e biocorrosão.
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