Papel da Galectina-3 frente a estímulos de estresse oxidativo promovido pelos compostos [Cu(isaepy)2] (CIO4)2, [Zn(isaepy)CI2] e [Cu(enim)H2O](CIO4)2
Resumo: A incidência do melanoma tem aumentado, e este câncer apresenta uma das piores taxas de resposta à quimioterapia. Além disso, poucos agentes demonstram atividade antitumoral significativa contra o melanoma metastático, o que justifica a busca por novos quimioterápicos. Neste sentido, muito e...
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2010
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ndltd-IBICT-oai-dspace.c3sl.ufpr.br-1884-240292018-05-23T18:23:24Z Papel da Galectina-3 frente a estímulos de estresse oxidativo promovido pelos compostos [Cu(isaepy)2] (CIO4)2, [Zn(isaepy)CI2] e [Cu(enim)H2O](CIO4)2 Borges, Beatriz Essenfelder Nakao, Lia Sumie Zanata, Silvio Marques Universidade Federal do Paraná. Setor de Ciencias Biológicas. Programa de Pós-Graduaçao em Ciencias Biológicas (Microbiologia, Parasitologia e Patologia Básica) Teses Resumo: A incidência do melanoma tem aumentado, e este câncer apresenta uma das piores taxas de resposta à quimioterapia. Além disso, poucos agentes demonstram atividade antitumoral significativa contra o melanoma metastático, o que justifica a busca por novos quimioterápicos. Neste sentido, muito esforço tem sido feito para se entender os mecanismos moleculares das etapas de progressão tumoral e metástase. A galectina-3 é uma proteína que participa de diversos processos importantes na biologia tumoral. Entretanto, a interpretação dos dados reportados é complexa, pois o papel desta proteína depende da sua localização celular, das interações protéicas envolvidas e da célula. Portanto, neste trabalho, investigamos a influência da expressão ectópica da galectina-3, nas respostas de células de melanoma ao tratamento com complexos de cobre. Complexos de cobre são compostos interessantes devido as suas propriedades redox, que podem ser moduladas pelos ligantes do íon cobre. Já foi demonstrado que complexos de cobre com isatinas ou derivados de isatinas possuem atividade anti-neuroblastoma. O composto [Cu(isaepy)2](ClO4)2 foi citotóxico tanto para as células que não expressam (TM1MNG3) como para as que expressam a galectina-3 (TM1G3), de forma dose-dependente nas concentrações de 25, 50 e 75 M por 24h de exposição. Além disso, este composto também induziu estresse carbonílico, e inibiu a adesão a proteínas da matriz extracelular (MEC) após 24h. Estes efeitos foram mais pronunciados nas células TM1G3, indicando que a galectina-3 aumenta a susceptibilidade celular a danos oxidativos, perda da adesão e morte celular. O composto [Cu(enim)H2O](ClO4)2, por sua vez, produziu efeitos citotóxicos apenas após 48h de tratamento e em concentrações mais altas, como 100 M, atingindo principalmente as células TM1MNG3. Estas células, de fato, apresentaram menos estresse carbonílico e mais inibição à adesão que as TM1G3 após tratamento com [Cu(enim)H2O](ClO4)2. O composto redox inativo [Zn(isaepy)2Cl2] não produziu nenhum efeito em nossas condições experimentais. Assim, nossos dados indicam que dependendo do ligante, a reatividade dos complexos de cobre pode variar, modulando a intensidade de suas propriedades pró-oxidantes, e que a expressão da galectina-3 nas células de melanoma determina as respostas celulares aos estímulos pró-oxidantes dos complexos metálicos. 2010-06-21T13:41:09Z 2010-06-21T13:41:09Z 2010-06-21 info:eu-repo/semantics/publishedVersion info:eu-repo/semantics/masterThesis http://hdl.handle.net/1884/24029 por info:eu-repo/semantics/openAccess application/pdf reponame:Repositório Institucional da UFPR instname:Universidade Federal do Paraná instacron:UFPR |
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Resumo: A incidência do melanoma tem aumentado, e este câncer apresenta uma das piores taxas de resposta à quimioterapia. Além disso, poucos agentes demonstram atividade antitumoral significativa contra o melanoma metastático, o que justifica a busca por novos quimioterápicos. Neste sentido, muito esforço tem sido feito para se entender os mecanismos moleculares das etapas de progressão tumoral e metástase. A galectina-3 é uma proteína que participa de diversos processos importantes na biologia tumoral. Entretanto, a interpretação dos dados reportados é complexa, pois o papel desta proteína depende da sua localização celular, das interações protéicas envolvidas e da célula. Portanto, neste trabalho, investigamos a influência da expressão ectópica da galectina-3, nas respostas de células de melanoma ao tratamento com complexos de cobre. Complexos de cobre são compostos interessantes devido as suas propriedades redox, que podem ser moduladas pelos ligantes do íon cobre. Já foi demonstrado que complexos de cobre com isatinas ou derivados de isatinas possuem atividade anti-neuroblastoma. O composto [Cu(isaepy)2](ClO4)2 foi citotóxico tanto para as células que não expressam (TM1MNG3) como para as que expressam a galectina-3 (TM1G3), de forma dose-dependente nas concentrações de 25, 50 e 75 M por 24h de exposição. Além disso, este composto também induziu estresse carbonílico, e inibiu a adesão a proteínas da matriz extracelular (MEC) após 24h. Estes efeitos foram mais pronunciados nas células TM1G3, indicando que a galectina-3 aumenta a susceptibilidade celular a danos oxidativos, perda da adesão e morte celular. O composto [Cu(enim)H2O](ClO4)2, por sua vez, produziu efeitos citotóxicos apenas após 48h de tratamento e em concentrações mais altas, como 100 M, atingindo principalmente as células TM1MNG3. Estas células, de fato, apresentaram menos estresse carbonílico e mais inibição à adesão que as TM1G3 após tratamento com [Cu(enim)H2O](ClO4)2. O composto redox inativo [Zn(isaepy)2Cl2] não produziu nenhum efeito em nossas condições experimentais. Assim, nossos dados indicam que dependendo do ligante, a reatividade dos complexos de cobre pode variar, modulando a intensidade de suas propriedades pró-oxidantes, e que a expressão da galectina-3 nas células de melanoma determina as respostas celulares aos estímulos pró-oxidantes dos complexos metálicos. |
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