Análise comparativa das percepções em saúde bucal de adolescentes grávidas e não grávidas: um ponto de partida para a promoção em saúde bucal
=== This study examined the oral health of a group of pregnant and non-pregnant adolescents, with same social and economic characteristics and of the same age group. The study also evaluated the adolescents need for oral treatment to the extent of cavities and periodontal illness. Such evaluation v...
Main Author: | |
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Other Authors: | |
Format: | Others |
Language: | Portuguese |
Published: |
Universidade Federal de Minas Gerais
2002
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Online Access: | http://hdl.handle.net/1843/ZMRO-7J5N24 |
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=== This study examined the oral health of a group of pregnant and non-pregnant adolescents, with same social and economic characteristics and of the same age group. The study also evaluated the adolescents need for oral treatment to the extent of cavities and periodontal illness. Such evaluation verified whether a difference could be noticed between the oral healths of the two groups. Through the adolescents perceptions, this study attempted to measure the impact of the pregnancy to their behavior and to their oral health. The data was collected from individual interviews with 60 adolescents (30 pregnant and 30 that had never been pregnant), of ages between 12 and 18 years old. All the adolescents lived in the Sao Jose village, a suburb of Belo Horizonte, MG. The research was based on the qualitative studies principle, with statistics handling of some data on the oral health conditions, obtained through clinical examination. The statistical data was used to complement the information collected. It was verified that there is no difference in the behaviors and beliefs regarding oral health between the two groups. Even though the adolescents seemed concerned about their oral esthetics, dentistry was not a priority. The dentist was remembered only in emergency occasions. The pregnancy was not seen responsible for changes in the oral health, or as a nuisance at the dentist visits. However, high ratio of the adolescents did not visit their dentist in last the 12 months. No statistical differences were noted in the DMFT index between the groups of the pregnant adolescents (5.9) and non-pregnant (5.4), a high value in both groups. The increase on the number of cavities was the change most mentioned, even though the adolescents did not perceive it as illness. As for periodontal needs, simple procedures were needed to address gum bleeding, which was the most common issue verified: 90% of the adolescents. Calculus was observed in 50% of the adolescents, which pocket depht 3.5 - 5.5 mm in 20% and pocket depht >5.5 mm in one individual (1.66%). No statistical differences were noted in regards to this alteration between the two groups. In summary, 90% of the participants needed to learn about oral hygiene and prophylaxis, 50% needed scraping, 20% required curetage under the gum and only 1.66% was submitted to surgery. === Esse estudo buscou conhecer as percepções sobre saúde bucal de um grupo de adolescentes grávidas e não grávidas, com características sociais e econômicas semelhantes e de mesma faixa etária. Também foi avaliada clinicamente a necessidade de tratamento odontológico do ponto de vista da cárie dentária e doença periodontal de todas as participantes no intuito de verificar se havia diferença clínica significativa no estado de saúde bucal dos dois grupos. Pretendeu-se observar, através do relato das adolescentes, o impacto da gravidez como interferência no comportamento ou nas condições de saúde bucal das mesmas. O trabalho de campo desenvolveu-se por meio de entrevistas individuais com 60 adolescentes (30 grávidas e 30 que nunca haviam vivenciado gravidez), de idades compreendidas entre 12 a 18 anos. Todas as adolescentes moravam na vila São José, periferia de Belo Horizonte-MG. A pesquisa baseou-se nos princípios e conceitos da epistemologia qualitativa com tratamento estatístico de alguns dados sobre condição de saúde bucal, obtidos através de exame clínico, visando a complementaridade das informações. Verificou-se não haver diferença nos comportamentos e crenças em saúde bucal em ambos os grupos. A odontologia não foi prioridade para as adolescentes deste estudo apesar destas valorizarem muito a estética em seus discursos. O dentista foi lembrado nas ocasiões de emergência. A gravidez não foi vista como causa de alterações bucais nem sequer empecilho para tratamento odontológico. Entretanto uma alta proporção das adolescentes não procurou o dentista nos últimos 12 meses. Não houve diferença estatística nos índices CPOD dos grupos das adolescentes grávidas (5,9) e não grávidas (5,4), apresentando-se alto em ambos os grupos. A cárie foi a alteração bucal mais citada embora não tenha sido percebida como doença pelas adolescentes. Para as alterações periodontais, verificou-se a necessidade de procedimentos simples posto que o sangramento gengival foi a afecção periodontal mais prevalente, diagnosticada em 90% do total das adolescentes. O cálculo foi diagnosticado em 50% das adolescentes, a bolsa rasa em 20% e a bolsa profunda em apenas uma jovem (1,66%). Não houve diferença estatística na prevalência de tais alterações entre os grupos. Assim, observou-se que 90% das participantes do estudo necessitavam de orientação para higiene e profilaxia, 50% precisavam de raspagem, 20% requeriam curetagem subgengival e para apenas 1,66% foi indicado tratamento cirúrgico. |
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ndltd-IBICT-oai-bibliotecadigital.ufmg.br-MTD2BR-ZMRO-7J5N242019-01-21T18:04:00Z Análise comparativa das percepções em saúde bucal de adolescentes grávidas e não grávidas: um ponto de partida para a promoção em saúde bucal Maria Luiza da Matta Felisberto Isabela Almeida Pordeus Laura Helena P Machado Martins Laura Helena P Machado Martins Helena Heloisa Paixao Maria Urânia Alves This study examined the oral health of a group of pregnant and non-pregnant adolescents, with same social and economic characteristics and of the same age group. The study also evaluated the adolescents need for oral treatment to the extent of cavities and periodontal illness. Such evaluation verified whether a difference could be noticed between the oral healths of the two groups. Through the adolescents perceptions, this study attempted to measure the impact of the pregnancy to their behavior and to their oral health. The data was collected from individual interviews with 60 adolescents (30 pregnant and 30 that had never been pregnant), of ages between 12 and 18 years old. All the adolescents lived in the Sao Jose village, a suburb of Belo Horizonte, MG. The research was based on the qualitative studies principle, with statistics handling of some data on the oral health conditions, obtained through clinical examination. The statistical data was used to complement the information collected. It was verified that there is no difference in the behaviors and beliefs regarding oral health between the two groups. Even though the adolescents seemed concerned about their oral esthetics, dentistry was not a priority. The dentist was remembered only in emergency occasions. The pregnancy was not seen responsible for changes in the oral health, or as a nuisance at the dentist visits. However, high ratio of the adolescents did not visit their dentist in last the 12 months. No statistical differences were noted in the DMFT index between the groups of the pregnant adolescents (5.9) and non-pregnant (5.4), a high value in both groups. The increase on the number of cavities was the change most mentioned, even though the adolescents did not perceive it as illness. As for periodontal needs, simple procedures were needed to address gum bleeding, which was the most common issue verified: 90% of the adolescents. Calculus was observed in 50% of the adolescents, which pocket depht 3.5 - 5.5 mm in 20% and pocket depht >5.5 mm in one individual (1.66%). No statistical differences were noted in regards to this alteration between the two groups. In summary, 90% of the participants needed to learn about oral hygiene and prophylaxis, 50% needed scraping, 20% required curetage under the gum and only 1.66% was submitted to surgery. Esse estudo buscou conhecer as percepções sobre saúde bucal de um grupo de adolescentes grávidas e não grávidas, com características sociais e econômicas semelhantes e de mesma faixa etária. Também foi avaliada clinicamente a necessidade de tratamento odontológico do ponto de vista da cárie dentária e doença periodontal de todas as participantes no intuito de verificar se havia diferença clínica significativa no estado de saúde bucal dos dois grupos. Pretendeu-se observar, através do relato das adolescentes, o impacto da gravidez como interferência no comportamento ou nas condições de saúde bucal das mesmas. O trabalho de campo desenvolveu-se por meio de entrevistas individuais com 60 adolescentes (30 grávidas e 30 que nunca haviam vivenciado gravidez), de idades compreendidas entre 12 a 18 anos. Todas as adolescentes moravam na vila São José, periferia de Belo Horizonte-MG. A pesquisa baseou-se nos princípios e conceitos da epistemologia qualitativa com tratamento estatístico de alguns dados sobre condição de saúde bucal, obtidos através de exame clínico, visando a complementaridade das informações. Verificou-se não haver diferença nos comportamentos e crenças em saúde bucal em ambos os grupos. A odontologia não foi prioridade para as adolescentes deste estudo apesar destas valorizarem muito a estética em seus discursos. O dentista foi lembrado nas ocasiões de emergência. A gravidez não foi vista como causa de alterações bucais nem sequer empecilho para tratamento odontológico. Entretanto uma alta proporção das adolescentes não procurou o dentista nos últimos 12 meses. Não houve diferença estatística nos índices CPOD dos grupos das adolescentes grávidas (5,9) e não grávidas (5,4), apresentando-se alto em ambos os grupos. A cárie foi a alteração bucal mais citada embora não tenha sido percebida como doença pelas adolescentes. Para as alterações periodontais, verificou-se a necessidade de procedimentos simples posto que o sangramento gengival foi a afecção periodontal mais prevalente, diagnosticada em 90% do total das adolescentes. O cálculo foi diagnosticado em 50% das adolescentes, a bolsa rasa em 20% e a bolsa profunda em apenas uma jovem (1,66%). Não houve diferença estatística na prevalência de tais alterações entre os grupos. Assim, observou-se que 90% das participantes do estudo necessitavam de orientação para higiene e profilaxia, 50% precisavam de raspagem, 20% requeriam curetagem subgengival e para apenas 1,66% foi indicado tratamento cirúrgico. 2002-01-01 info:eu-repo/semantics/publishedVersion info:eu-repo/semantics/masterThesis http://hdl.handle.net/1843/ZMRO-7J5N24 por info:eu-repo/semantics/openAccess text/html Universidade Federal de Minas Gerais 32001010025P3 - ODONTOLOGIA UFMG BR reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFMG instname:Universidade Federal de Minas Gerais instacron:UFMG |