Conhecimento e atitudes dos cirurgiões-dentistas de Belo Horizonte em relação ao idoso

=== À medida que a população brasileira envelhece, os profissionais da saúde necessitarão de maiores conhecimentos acerca das particularidades que envolvem o tratamento do paciente idoso. Este estudo teve como objetivo avaliar o grau de conhecimento dos Cirurgiões-dentistas de Belo Horizonte, Minas...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Enia Salles Rocha
Other Authors: Allyson Nogueira Moreira
Format: Others
Language:Portuguese
Published: Universidade Federal de Minas Gerais 2006
Online Access:http://hdl.handle.net/1843/ZMRO-6VBLHR
Description
Summary:=== À medida que a população brasileira envelhece, os profissionais da saúde necessitarão de maiores conhecimentos acerca das particularidades que envolvem o tratamento do paciente idoso. Este estudo teve como objetivo avaliar o grau de conhecimento dos Cirurgiões-dentistas de Belo Horizonte, Minas Gerais, na abordagem de pacientes idosos e identificar suas atitudes em relação ao envelhecimento. A amostra foi obtida a partir de um universo composto de 7.033 Cirurgiões-dentistas inscritos no Conselho Regional de Odontologia de Minas Gerais ate junho de 2004. Foram excluídos os remidos, aposentados, falecidos, os cirurgiões-dentistas dos pre-testes, a pesquisadora e seus orientadores. Foram incluídos os que responderam atender pacientes idosos no momento do contato telefônico com a pesquisadora, ficando a população constituída de 6.756 cirurgiões-dentistas. A amostra foi calculada aplicando-se a formula de Barnet (1982), totalizando 276 cirurgiões-dentistas, selecionados por sorteio aleatório. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa da UFMG (parecer ETIC 493/04). Um questionário foi entregue e recolhido pela pesquisadora e um auxiliar. Para a montagem do questionário, foram realizados três pre-testes. O primeiro consistiu de uma entrevista com doze cirurgiões-dentistas sendo quatro com ate 5 anos, quatro com 5 a 15 anos e quatro acima de quinze anos de graduação. A partir da analise das respostas desta entrevista, foi confeccionado um questionário que foi aplicado a cinco Professores da FOUFMG e depois a outros cinco para validações e correções. O questionário principal continha 41 perguntas para caracterizar a amostra, identificar a conduta e o conhecimento dos cirurgiões-dentistas na abordagem de pacientes idosos e suas atitudes em relação ao envelhecimento. A escala de Likert foi usada para identificar o conhecimento e as atitudes. Os dados foram processados no programa EPI Info 6.04b e analisados pelos testes não paramétricos Mann-Whitney e Kruskal-Wallis (= 5%) para avaliar a influencia dos fatores de interesse em relação as escalas de conhecimento e atitude. As XIV variáveis socio-demograficas e a conduta dos cirurgiões-dentistas foram descritas em tabelas de freqüências absoluta e relativa, medidas de tendência central e variância. Os cirurgiões-dentistas de Belo Horizonte que atendem pacientes idosos são, em sua maioria, do gênero feminino (51,5%), graduados há quinze anos ou mais (57,7%) na FOUFMG (38%) e FOPUCMG (34%). São clínicos gerais (47,0%) ou especialistas em prótese (15,0%) e exercem atividade privada (80,6%) na região centro-sul de Belo Horizonte (65,3%). Não participaram de cursos de odontogeriatria (81,2%) e atendem menos de um paciente idoso por semana (73,4%), quando são procurados por eles (48,4%). Consideram como idosos os indivíduos acima de 60 anos (56,0%) e apontam os problemas sistêmicos como complicadores para o atendimento (60,7%) e, nesses casos, consultam o medico do paciente (53,3%). Os procedimentos mais realizados são as próteses removíveis (67,3%) e realizam manutenções preventivas (68,0%) com periodicidade semestral (47,1%) ou trimestral (35,8%). A maioria não atende fora do consultório (66,2%) e seus pacientes são funcionalmente independentes (59,9%). Os cirurgiões-dentistas graduados na FOPUCMG, na FOUFMG, na FOItauna e aqueles que atuam no serviço publico tiveram um maior grau de conhecimento na abordagem de pacientes idosos (p= 0,008). O gênero feminino apresentou atitudes mais favoráveis em relação ao envelhecimento (p=0,012). O grau de conhecimento não influenciou a atitude, assim como a atitude não influenciou o grau de conhecimento dos cirurgiões-dentistas em relação ao idoso e ao envelhecimento.