Injúria renal e uso do manitol com efeito renoprotetor em cadelas com piometra
=== A piometra é uma afecção frequente em cadelas de meia-idade a idosas. Sua ocorrência pode determinar o desenvolvimento de glomerulopatias e lesões tubulares devido à deposição de imunocomplexos e pela ação de endotoxinas bacterianas, podendo ser transitórias ou levar a doença renal crônica. O c...
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Universidade Federal de Minas Gerais
2013
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ndltd-IBICT-oai-bibliotecadigital.ufmg.br-MTD2BR-SMOC-9EFFQ72019-01-21T18:06:58Z Injúria renal e uso do manitol com efeito renoprotetor em cadelas com piometra Mariana da Silva Figueiredo Christina Malm Julio Cesar Cambraia Veado Julio Cesar Cambraia Veado Fabiola de Oliveira Paes Leme Juliana de Oliveira A piometra é uma afecção frequente em cadelas de meia-idade a idosas. Sua ocorrência pode determinar o desenvolvimento de glomerulopatias e lesões tubulares devido à deposição de imunocomplexos e pela ação de endotoxinas bacterianas, podendo ser transitórias ou levar a doença renal crônica. O conceito de renoproteção baseia-se na prevenção, proteção e controle da progressão da doença renal. O manitol é um diurético osmótico e se enquadra como agente renoprotetor. O presente estudo objetivou avaliar possíveis injúrias renais presentes no momento do diagnóstico da piometra e sua progressão ao longo do tratamento, avaliar o uso de marcadores precoces de injúria renal, como a GGT urinária e a relação proteína/creatinina urinária, avaliar a eficácia da terapia adjuvante com manitol e comparar o tratamento convencional com aquele com manitol. Foram avaliadas 36 cadelas com diagnóstico clínico e ultrassonográfico de piometra em oito tempos pré-estabelecidos: T0 (diagnóstico e internação), T1 (após reposição hídrica), T2 (1 a 2 horas de fluidoterapia de manutenção após o T1), T3 (12 horas após a cirurgia), T4 (24 horas após a cirurgia), T5 (48 horas após a cirurgia), T6 (10 dias após a cirurgia) e T7 (60 dias após a cirurgia). Vinte cadelas (G1) receberam a terapia convencional (fluidoterapia, antibioticoterapia e ovariohisterectomia) e 16 (G2) receberam a terapia convencional acrescida de manitol. Foi observada injúria renal em todas as cadelas no T0. Também houve alterações hematológicas e distúrbios de ácido-base. Apesar de indícios do efeito renoprotetor do manitol, não houve diferença significativa entre os dois grupos estudados. Foram evidenciados indícios de injúria renal em alguns animais nas avaliações mais tardias (T6 e T7), sinalizando a importância do acompanhamento clínico de cadelas com piometra, mesmo após o procedimento cirúrgico. Concluiu-se que todas as cadelas avaliadas apresentaram algum grau de injúria renal no momento do diagnóstico da piometra, sendo transitória na maioria dos animais após o tratamento. Concluiu-se também que a utilização de marcadores precoces de injúria renal reduz a falha no diagnóstico dessa alteração e permite melhor monitoramento da condição renal. Concluiu-se ainda que o tratamento convencional e o tratamento convencional acrescido de manitol apresentam a mesma eficácia no controle da injúria renal em cadelas com piometra. 2013-04-26 info:eu-repo/semantics/publishedVersion info:eu-repo/semantics/masterThesis http://hdl.handle.net/1843/SMOC-9EFFQ7 por info:eu-repo/semantics/openAccess text/html Universidade Federal de Minas Gerais 32001010042P5 - CIÊNCIA ANIMAL UFMG BR reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFMG instname:Universidade Federal de Minas Gerais instacron:UFMG |
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=== A piometra é uma afecção frequente em cadelas de meia-idade a idosas. Sua ocorrência pode determinar o desenvolvimento de glomerulopatias e lesões tubulares devido à deposição de imunocomplexos e pela ação de endotoxinas bacterianas, podendo ser transitórias ou levar a doença renal crônica. O conceito de renoproteção baseia-se na prevenção, proteção e controle da progressão da doença renal. O manitol é um diurético osmótico e se enquadra como agente renoprotetor. O presente estudo objetivou avaliar possíveis injúrias renais presentes no momento do diagnóstico da piometra e sua progressão ao longo do tratamento, avaliar o uso de marcadores precoces de injúria renal, como a GGT urinária e a relação proteína/creatinina urinária, avaliar a eficácia da terapia adjuvante com manitol e comparar o tratamento convencional com aquele com manitol. Foram avaliadas 36 cadelas com diagnóstico clínico e ultrassonográfico de piometra em oito tempos pré-estabelecidos: T0 (diagnóstico e internação), T1 (após reposição hídrica), T2 (1 a 2 horas de fluidoterapia de manutenção após o T1), T3 (12 horas após a cirurgia), T4 (24 horas após a cirurgia), T5 (48 horas após a cirurgia), T6 (10 dias após a cirurgia) e T7 (60 dias após a cirurgia). Vinte cadelas (G1) receberam a terapia convencional (fluidoterapia, antibioticoterapia e ovariohisterectomia) e 16 (G2) receberam a terapia convencional acrescida de manitol. Foi observada injúria renal em todas as cadelas no T0. Também houve alterações hematológicas e distúrbios de ácido-base. Apesar de indícios do efeito renoprotetor do manitol, não houve diferença significativa entre os dois grupos estudados. Foram evidenciados indícios de injúria renal em alguns animais nas avaliações mais tardias (T6 e T7), sinalizando a importância do acompanhamento clínico de cadelas com piometra, mesmo após o procedimento cirúrgico. Concluiu-se que todas as cadelas avaliadas apresentaram algum grau de injúria renal no momento do diagnóstico da piometra, sendo transitória na maioria dos animais após o tratamento. Concluiu-se também que a utilização de marcadores precoces de injúria renal reduz a falha no diagnóstico dessa alteração e permite melhor monitoramento da condição renal. Concluiu-se ainda que o tratamento convencional e o tratamento convencional acrescido de manitol apresentam a mesma eficácia no controle da injúria renal em cadelas com piometra. |
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