Infecção natural por Eimeria spp., Cryptosporidium spp. e Giardia duodenalis em cordeiros da raça mestiça Santa Inês, na região semi-árida do Estado do Rio Grande do Norte. Belo Horizonte 2009

=== O presente trabalho teve como objetivo estudar as infecções naturais por Eimeria spp., Cryptosporidium spp. e Giardia duodenalis em cordeiros da raça mestiça Santa Inês, criados extensivamente em fazenda no semi-árido do Estado do Rio Grande do Norte. Para tanto, 27 cordeiros machos foram acomp...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Rizia Maria da Silva
Other Authors: Mucio Flavio Barbosa Ribeiro
Format: Others
Language:Portuguese
Published: Universidade Federal de Minas Gerais 2009
Online Access:http://hdl.handle.net/1843/SAGF-8H9P3U
Description
Summary:=== O presente trabalho teve como objetivo estudar as infecções naturais por Eimeria spp., Cryptosporidium spp. e Giardia duodenalis em cordeiros da raça mestiça Santa Inês, criados extensivamente em fazenda no semi-árido do Estado do Rio Grande do Norte. Para tanto, 27 cordeiros machos foram acompanhados para monitorar o curso da infecção natural por Eimeria spp., Giardia duodenalis e as espécies de eimeriídeos presentes do nascimento até a 12ª semana de idade. Foi também investigada a presença de Cryptosporidium no primeiro mês de vida dos cordeiros. Observaram-se oocistos de Eimeria nas fezes pela primeira vez na terceira semana após o nascimento. A cinética de excreção de oocistos caracterizou-se por um aumento progressivo com pico de eliminação na sexta semana de vida, seguida de uma queda drástica na sétima, com nova elevação na oitava semana, e a partir da nona semana de vida observou-se queda gradual e progressiva na contagem de oocistos, indicando o desenvolvimento de imunidade pelos cordeiros. Foi observada considerável variação individual no valor de OOPG. Oito espécies de Eimeria foram identificadas: E. ahsata, E. crandallis, E. faurei, E. granulosa, E. intricata E. ovina, E. ovinoidalis, E .parva. E. crandallis foi numericamente predominante da quarta a nona semana de vida, com 77,1% dos oocistos excretados pertencentes a essa espécie no pico da infecção por Eimeria. Infecções mistas foram comuns e aumentaram com o avançar da idade dos animais, demonstrando a exposição e desafios a diversas espécies presentes no meio ambiente. Dois dos 27 animais (7,4%) excretaram oocistos de Cryptosporidium spp. nas fezes, sendo um cordeiro na terceira semana de idade e outro na quarta semana. A excreção de cistos de G. duodenalis foi detectada pela primeira vez em um cordeiro na 10ª semana após o nascimento. A incidência acumulada de G. duodenalis na 10ª, 11ª e 12ª semanas foi de 4,5%, 13,0% e 33,3%, respectivamente. A maior ocorrência de infecção por G. duodenalis foi verificada após os cordeiros serem levados para o confinamento. Não ocorreu nenhum caso de diarréia durante o período experimental. Existiram boas condições ambientais para a esporulação de oocistos de Eimeria spp. Palavras-