As culturas do grupo Texto livre: um estudo de viés etnográfico sob a ótica da complexidade

=== Como um estudo de viés etnográfico (GREEN et al., 2005; AGAR, 2006a), esta tese trata da construção de uma leitura das práticas culturais do Grupo Texto Livre (TL). O grupo trabalha com cursos de graduação e pós-graduação, desenvolvimento de materiais didáticos e documentação sobre software liv...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Carlos Henrique Silva de Castro
Other Authors: Vera Lucia M de Oliveira e Paiva
Format: Others
Language:Portuguese
Published: Universidade Federal de Minas Gerais 2015
Online Access:http://hdl.handle.net/1843/MGSS-9VKNEG
Description
Summary:=== Como um estudo de viés etnográfico (GREEN et al., 2005; AGAR, 2006a), esta tese trata da construção de uma leitura das práticas culturais do Grupo Texto Livre (TL). O grupo trabalha com cursos de graduação e pós-graduação, desenvolvimento de materiais didáticos e documentação sobre software livre, promoção de congressos online, manutenção de um periódico, entre outros. O objeto de estudos é a interação entre os membros das diversas comunidades do TL. O tratamento dos dados reuniu em suas bases as teorias da complexidade (MORIN, 2005; PALAZZO 2004; LARSEN-FREEMAN, CAMERON, 2012), dos fractais (BAR-YAM, 2000; MASSIP-BONET, 2013) e das comunidades de prática (WENGER et al., 2002). A pesquisa parte do entendimento de que conhecimento seja uma produção social, esteja disponível no meio e seja acessível por meio da interação. O objetivo geral do trabalho é apresentar uma leitura das culturas do Grupo Texto Livre, a fim de se identificar padrões e emergências no ambiente comunitário. Para tanto, conto com cinco objetivos específicos: (1) descrever os padrões interacionais do grupo a partir da leitura das práticas das comunidades em estudo; (2) identificar a existência, ou não, de emergências nas comunidades em estudo; (3) caso existam, identificar como acontecem tais emergências; (4) apresentar uma taxionomia cultural do grupo; (5) identificar o que as culturas do grupo possibilitam aos seus membros. A lógica em uso definiu uma metodologia que envolveu três momentos de análise: (1º) uma grande turnê (SPRADLEY, 1980) nos dados gerais do TL; (2º) três miniturnês em três subcomunidades do TL; (3º) contraste de todos os dados e conclusões. Os resultados indicam que as bases teóricas confirmam os espaços sociais estudados como comunidades de prática fractalizadas, que podem aparecer aninhadas. A exceção foi a Revista Texto Livre. O padrão de comportamento notado refere-se às novas possibilidades de emergências que a abertura da rede interativa propicia.