Escolaridade em Moçambique: diferenciais regionais e determinantes, 2003
=== Desde 1975, ano da independência nacional, do ponto de vista quantitativo, Moçambique tem registrado, ainda que de forma tímida e pouco consistente, melhorias em alguns indicadores educacionais, como por exemplo, o analfabetismo e a freqüência escolar. Entretanto, a despeito dessa melhoria gera...
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Universidade Federal de Minas Gerais
2006
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ndltd-IBICT-oai-bibliotecadigital.ufmg.br-MTD2BR-MCCR-6VTGM22019-01-21T17:51:59Z Escolaridade em Moçambique: diferenciais regionais e determinantes, 2003 Gilberto Mariano Norte Eduardo Luiz Goncalves Rios Neto Jose Alberto Magno de Carvalho Juliana de Lucena Ruas Riani Desde 1975, ano da independência nacional, do ponto de vista quantitativo, Moçambique tem registrado, ainda que de forma tímida e pouco consistente, melhorias em alguns indicadores educacionais, como por exemplo, o analfabetismo e a freqüência escolar. Entretanto, a despeito dessa melhoria geral, verificam-se desigualdades regionais nas oportunidades educacionais. Este trabalho tem por objetivo analisar o nível e o padrão dessa desigualdade tendo com referência alguns fatores familiares. Outrossim, visa apontar os principais determinantes familiares e socioeconômicos da freqüência escolar, do analfabetismo e da progressão escolar. Os resultados indicam diferenças regionais na relação entre os fatores familiares e os indicadores educacionais analisados, sendo a região Norte a mais desfavorecida em termos de oportunidades educacionais. Nela, as crianças oriundas de famílias de baixo nível educacional e econômico são as mais penalizadas. Entretanto, as que residem no Sul parece não serem tão penalizados na sua escolaridade como conseqüência do baixo nível educacional e socioeconômico familiar. Com relação à análise dos determinantes, os resultados mostram um forte efeito dos fatores socioeconômicos, nomeadamente, escolaridade da mãe, escolaridade do chefe e nível econômico familiar nos indicadores educacionais. Paralelamente a estes, fatores de estrutura familiar e culturais, tais como, a orfandade, nível de parentesco com chefe do domicílio, sexo do chefe do domicílio e língua materna, de forma robusta, também demonstram ter impacto considerável sobre os indicadores educacionais. Em relação à língua materna, filhos de mães cuja língua materna é o português desfrutam de melhores indicadores educacionais. Todavia, quando se analisa a interação da língua materna com a escolaridade da mãe, a língua materna não parece ser tão importante para explicar as diferenças educacionais. 2006-08-04 info:eu-repo/semantics/publishedVersion info:eu-repo/semantics/masterThesis http://hdl.handle.net/1843/MCCR-6VTGM2 por info:eu-repo/semantics/openAccess text/html Universidade Federal de Minas Gerais 32001010034P2 - DEMOGRAFIA UFMG BR reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFMG instname:Universidade Federal de Minas Gerais instacron:UFMG |
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=== Desde 1975, ano da independência nacional, do ponto de vista quantitativo, Moçambique tem registrado, ainda que de forma tímida e pouco consistente, melhorias em alguns indicadores educacionais, como por exemplo, o analfabetismo e a freqüência escolar. Entretanto, a despeito dessa melhoria geral, verificam-se desigualdades regionais nas oportunidades educacionais.
Este trabalho tem por objetivo analisar o nível e o padrão dessa desigualdade tendo com referência alguns fatores familiares. Outrossim, visa apontar os principais determinantes familiares e socioeconômicos da freqüência escolar, do analfabetismo e da progressão escolar.
Os resultados indicam diferenças regionais na relação entre os fatores familiares e os indicadores educacionais analisados, sendo a região Norte a mais desfavorecida em termos de oportunidades educacionais. Nela, as crianças oriundas de famílias de baixo nível educacional e econômico são as mais penalizadas. Entretanto, as que residem no Sul parece não serem tão penalizados na sua escolaridade como conseqüência do baixo nível educacional e socioeconômico familiar.
Com relação à análise dos determinantes, os resultados mostram um forte efeito dos fatores socioeconômicos, nomeadamente, escolaridade da mãe, escolaridade do chefe e nível econômico familiar nos indicadores educacionais. Paralelamente a estes, fatores de estrutura familiar e culturais, tais como, a orfandade, nível de parentesco com chefe do domicílio, sexo do chefe do domicílio e língua materna, de forma robusta, também demonstram ter impacto considerável sobre os indicadores educacionais. Em relação à língua materna, filhos de mães cuja língua materna é o português desfrutam de melhores indicadores educacionais. Todavia, quando se analisa a interação da língua materna com a escolaridade da mãe, a língua materna não parece ser tão importante para explicar as diferenças educacionais. |
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