Efeitos do Quefir no perfil lipídico, estresse oxidativo e aterosclerose de camundongos deficientes de apolipoproteína E

=== The search for prevention and control for atherosclerosis, as well as its risk factors, has great clinical relevance, because this is the main cause of cardiovascular diseases (CVDs). Thus, there is a strong effort to identify natural compounds that act as protective agents. In this context, ke...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Tatianna Lemos Jascolka
Other Authors: Jacqueline Isaura Alvarez Leite
Format: Others
Language:Portuguese
Published: Universidade Federal de Minas Gerais 2010
Online Access:http://hdl.handle.net/1843/MAFB-8EBL66
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description === The search for prevention and control for atherosclerosis, as well as its risk factors, has great clinical relevance, because this is the main cause of cardiovascular diseases (CVDs). Thus, there is a strong effort to identify natural compounds that act as protective agents. In this context, kefir, a fermented drink generated by the action of kefir grains (a mixture of bacteria and yeasts grouped in a polysaccharide matrix), was the object of study, since popular consumption claims several health benefits, some already reported in the literature. The present study investigated the effects of aqueous kefir (solution of brown sugar), a form commonly consumed, in the development of atherosclerosis and its risk factors (lipid metabolism and oxidative stress). For this, kefir was administered to ApoE-/- mice, fed by a commercial diet, for 4 weeks. The animals were divided into Control group and Kefir group, which received kefir (50g kefir grains / 1L brown sugars solution) to replace the water. Ingestion of kefir was able to increase serum levels of HDL, resulting in lower atherogenic index. In addition, kefir promoted reduction of serum triglycerides and increasing those in the liver. Lipid peroxidation and catalase activity in the liver was decreased in the Kefir group. In contrast, the kefir did not affect the serum concentration of anti-oxidized LDL in ApoE-/-, indirect measurement of LDL oxidation. The areas of atherosclerotic lesions in the aortic valve and thoracic and abdominal aorta were similar between groups. The lesions showed a large accumulation of macrophages, shown by immunohistochemistry, but also with a similar percentage area between the groups. Thus, the results lead us to conclude that although some risk factors for atherosclerosis improved with the ingestion of kefir for 4 weeks, this effect was not strong enough to alter the diseases course at the root of the aortic valve or at the aortic specifically. === A busca por medidas de prevenção e controle para a aterosclerose, bem como para seus fatores de risco, possui grande relevância clínica, pelo fato dessa ser a principal causa das doenças cardiovasculares (DCVs). Com isso, há grande interesse em se identificar compostos naturais que atuem como agentes protetores. Nesse contexto, o quefir, uma bebida fermentada pela ação dos grãos de quefir (mistura de bactérias e leveduras agrupadas em uma matriz polissacarídea), foi o objeto deste estudo, por possuir alegações populares de vários benefícios à saúde, algumas já relatadas na literatura. O presente estudo investigou os efeitos do quefir aquoso (em solução de açúcar mascavo), uma forma popularmente consumida, no desenvolvimento da aterosclerose e em seus fatores de risco (metabolismo lipídico e estresse oxidativo). Para isso, a bebida preparada de forma caseira foi administrada a camundongos APOE-/- alimentados com dieta comercial, por 4 semanas. Os animais foram divididos em grupo Controle e grupo Quefir, que recebeu o quefir (fermentado de 50g de grãos de quefir/ 1L de solução de açúcar mascavo) em substituição à água. A ingestão do quefir foi capaz de aumentar os níveis séricos de HDL, acarretando na redução do índice aterogênico. Além disso, o quefir promoveu redução dos triglicerídeos séricos e houve uma tendência a aumento desses no fígado. A peroxidação lipídica e a atividade da enzima catalase no fígado apresentaram-se reduzidas no grupo Quefir. Em contrapartida, o quefir não interferiu na concentração sérica de anticorpos anti-LDL oxidada dos ApoE-/-, medida indireta da oxidação de LDL. No desenvolvimento da placa aterosclerótica, as áreas de lesão na válvula aórtica e na aorta abdominal e torácica foram semelhantes entre os grupos. As lesões apresentaram grande acúmulo de macrófagos, mostrado por imunohistoquímica, mas também semelhantes em porcentagem de área entre os grupos. Assim, os resultados apresentados nos levam a concluir que, embora alguns fatores de risco para a aterosclerose apresentaram melhora com a ingestão de quefir por 4 semanas, este efeito não foi de intensidade suficiente para alterar o curso da doença na raiz da válvula ou na aorta especificamente.
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Tatianna Lemos Jascolka
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