Efeito do protetor solar sobre a fadiga durante a corrida com exposição ao sol

=== Sunscreens may be water and sweat resistant, but it is unknown if they affect the production, secretion and evaporation of sweat and, hence, impair human thermoregulation. During prolonged or mild duration exercises, mainly those carried out in hot environments, thermoregulation plays a key rol...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Kenya Paula Moreira Oliveira
Other Authors: Luiz Oswaldo Carneiro Rodrigues
Format: Others
Language:Portuguese
Published: Universidade Federal de Minas Gerais 2009
Online Access:http://hdl.handle.net/1843/KMCG-7ZXLTF
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sources NDLTD
description === Sunscreens may be water and sweat resistant, but it is unknown if they affect the production, secretion and evaporation of sweat and, hence, impair human thermoregulation. During prolonged or mild duration exercises, mainly those carried out in hot environments, thermoregulation plays a key role in the development of fatigue. If sunscreens indeed interfere with thermoregulatory mechanisms, then one would expect changes in fatigue. According to our literature review, this hypothesis has not been tested yet. Therefore, this study aims to evaluate the effect of two different types of sunscreen on fatigue during running in hot environments with sun exposure. Twelve voluntaries (six males and six females) gave their written consent to participate. A self-pace interval exercise protocol was applied and the voluntaries performed five 2 km-sessions with a 5-minute passive recovery between the sessions. Three experimental trials were carried out: a control without sunscreen (CON), one with a lotion sunscreen (SC1) and another with a cream sunscreen (SC2). Voluntaries were tested in groups of three, in the same environment, so that each of the subjects in a group was evaluated for one of the trials mentioned above. Measurements included running velocity, whole and local sweat rate, number of activated sweat glands, heart rate, rating of perceived exertion, thermal comfort, hydration status, physiological stress index, rate of heat storage and energy expenditure. Environmental conditions (temperature, thermal stress, relative humidity, wind velocity and luminosity) were monitored during the trials. Parametric variables were analyzed using ANOVA two-way or three-way with repeated measures (p < 0.05). Non parametrical variables were analyzed by Wilcoxon test (p < 0.05). The results showed no differences among the trials. Compared to males, females presented a larger number of activated sweat glands per cm2 and smaller running velocity, whole and local sweat rates, skin temperature, thermal comfort and energy expenditure. In this study, sunscreen application had no interference with performance or physiological and behavioral variables. === Os protetores solares possuem certa resistência à água e ao suor, mas ainda não está claro se estes produtos podem interferir na produção, secreção ou evaporação do suor e, principalmente, se essa interferência pode influenciar na termorregulação dos seres humanos. Durante exercícios de média e longa duração, principalmente aqueles realizados em ambientes quentes, a termorregulação ao calor é um fator importante no desenvolvimento da fadiga. Assim, caso o protetor solar interfira nas respostas termorregulatórias, alguma alteração na fadiga poderia ser observada. De acordo com a literatura analisada, esta hipótese ainda não foi testada. Portanto, o objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito de dois tipos de protetores solares na fadiga durante corrida em ambiente quente com exposição ao sol. Participaram deste estudo doze voluntários, seis homens e seis mulheres, que autorizaram sua participação mediante assinatura do termo de consentimento livre e esclarecido. Foi utilizado um protocolo de exercício intervalado com velocidade auto-regulada, no qual os voluntários corriam 10 km ao ar livre no menor tempo possível, sendo cinco estágios de 2 km com intervalos de cinco minutos entre os estágios. Foram realizadas três situações experimentais: sem protetor solar (CON), com protetor solar em loção (PS1) e com protetor solar em creme, altamente resistente ao suor (PS2). Os voluntários realizaram o experimento em grupos de três, de forma que em cada dia experimental (mesmo ambiente) eram realizadas 3 situações diferentes. As variáveis analisadas foram: velocidade de corrida, taxas de sudorese total e local, número de glândulas sudoríparas ativadas, temperaturas retal e da pele, frequência cardíaca, percepção subjetiva do esforço, conforto térmico, estado de hidratação, índice de estresse fisiológico, taxa de armazenamento de calor e gasto energético. Durante os experimentos foram medidas as condições ambientais (temperaturas, estresse térmico, umidade relativa do ar, velocidade do vento e luminosidade). Para análise das variáveis paramétricas foi utilizado ANOVA two-way ou three-way com medidas repetidas (p < 0,05). Para análise das variáveis não-paramétricas foi utilizado teste de Wilcoxon (p < 0,05). Os resultados mostraram que não houve diferença entre as situações experimentais em nenhuma das variáveis analisadas. Em comparação com os homens, as mulheres apresentaram maior número de glândulas sudoríparas ativadas por cm2 e menores velocidade de corrida, taxas de sudorese total e local, temperatura da pele, conforto térmico e gasto energético. Pode-se concluir que a aplicação de protetor solar não afeta o desempenho, bem como não altera as variáveis fisiológicas e comportamentais analisadas neste estudo.
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Kenya Paula Moreira Oliveira
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Twelve voluntaries (six males and six females) gave their written consent to participate. A self-pace interval exercise protocol was applied and the voluntaries performed five 2 km-sessions with a 5-minute passive recovery between the sessions. Three experimental trials were carried out: a control without sunscreen (CON), one with a lotion sunscreen (SC1) and another with a cream sunscreen (SC2). Voluntaries were tested in groups of three, in the same environment, so that each of the subjects in a group was evaluated for one of the trials mentioned above. Measurements included running velocity, whole and local sweat rate, number of activated sweat glands, heart rate, rating of perceived exertion, thermal comfort, hydration status, physiological stress index, rate of heat storage and energy expenditure. Environmental conditions (temperature, thermal stress, relative humidity, wind velocity and luminosity) were monitored during the trials. Parametric variables were analyzed using ANOVA two-way or three-way with repeated measures (p < 0.05). Non parametrical variables were analyzed by Wilcoxon test (p < 0.05). The results showed no differences among the trials. Compared to males, females presented a larger number of activated sweat glands per cm2 and smaller running velocity, whole and local sweat rates, skin temperature, thermal comfort and energy expenditure. In this study, sunscreen application had no interference with performance or physiological and behavioral variables. Os protetores solares possuem certa resistência à água e ao suor, mas ainda não está claro se estes produtos podem interferir na produção, secreção ou evaporação do suor e, principalmente, se essa interferência pode influenciar na termorregulação dos seres humanos. Durante exercícios de média e longa duração, principalmente aqueles realizados em ambientes quentes, a termorregulação ao calor é um fator importante no desenvolvimento da fadiga. Assim, caso o protetor solar interfira nas respostas termorregulatórias, alguma alteração na fadiga poderia ser observada. De acordo com a literatura analisada, esta hipótese ainda não foi testada. Portanto, o objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito de dois tipos de protetores solares na fadiga durante corrida em ambiente quente com exposição ao sol. Participaram deste estudo doze voluntários, seis homens e seis mulheres, que autorizaram sua participação mediante assinatura do termo de consentimento livre e esclarecido. Foi utilizado um protocolo de exercício intervalado com velocidade auto-regulada, no qual os voluntários corriam 10 km ao ar livre no menor tempo possível, sendo cinco estágios de 2 km com intervalos de cinco minutos entre os estágios. Foram realizadas três situações experimentais: sem protetor solar (CON), com protetor solar em loção (PS1) e com protetor solar em creme, altamente resistente ao suor (PS2). Os voluntários realizaram o experimento em grupos de três, de forma que em cada dia experimental (mesmo ambiente) eram realizadas 3 situações diferentes. As variáveis analisadas foram: velocidade de corrida, taxas de sudorese total e local, número de glândulas sudoríparas ativadas, temperaturas retal e da pele, frequência cardíaca, percepção subjetiva do esforço, conforto térmico, estado de hidratação, índice de estresse fisiológico, taxa de armazenamento de calor e gasto energético. Durante os experimentos foram medidas as condições ambientais (temperaturas, estresse térmico, umidade relativa do ar, velocidade do vento e luminosidade). Para análise das variáveis paramétricas foi utilizado ANOVA two-way ou three-way com medidas repetidas (p < 0,05). Para análise das variáveis não-paramétricas foi utilizado teste de Wilcoxon (p < 0,05). Os resultados mostraram que não houve diferença entre as situações experimentais em nenhuma das variáveis analisadas. Em comparação com os homens, as mulheres apresentaram maior número de glândulas sudoríparas ativadas por cm2 e menores velocidade de corrida, taxas de sudorese total e local, temperatura da pele, conforto térmico e gasto energético. Pode-se concluir que a aplicação de protetor solar não afeta o desempenho, bem como não altera as variáveis fisiológicas e comportamentais analisadas neste estudo. 2009-03-25 info:eu-repo/semantics/publishedVersion info:eu-repo/semantics/masterThesis http://hdl.handle.net/1843/KMCG-7ZXLTF por info:eu-repo/semantics/openAccess text/html Universidade Federal de Minas Gerais 32001010040P2 - EDUCAÇÃO FÍSICA32001010040P2 - EDUCAÇÃO FÍSICA UFMG BR reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFMG instname:Universidade Federal de Minas Gerais instacron:UFMG