Summary: | === The pursuit of quality of life has become more active in modern society. The same is true of the world of sport. Athletes have been trying to improve the quality of life and therefore enhance their sporting perfomance. As for paralympic athletes, that is, physically impaired athletes who belong in the milieu of high-level sport, impressive displays have been made with the aim of promoting their well-being and
building their self-esteem. In this sense, the aim of this study was to identify and analyse paralympic athletes perception of general quality of life, as well as the factors affecting this perception in training and competition environments. A total of 144 athletes (41 female and 103 male) in 13 different sports (38 team sports and 106 individual sports), aged 31.3 (± 9,16 yars), participated in the study. The methodology
used involved three questionnaires: a demographic questionnaire (to collect information regarding age, experience, type of sport , dynamics of training, motivation for practicing, kind of disability and the level of the championships in which the athlete took part) , the World Health Organization questionnaire on general quality of life (WHOQOL-Bref, which assesses the athletes life and daily environment satisfaction level) and the Questionnaire of Quality of Life for Athletes (QQVA). Internal consistency above 0,70 was obtained for both instruments, WHOQOL- Bref and QQVA. Regarding the perception of general quality of life assessed through WHOQOL-Bref, the results showed that, in general, most of the athletes are satisfied with their quality of life, whilst only 2.1% of the sample rate it as poor. There were no significant differences in the comparison between genders or between congenital and acquired disability. On the other hand, in the analysis of QQVA, in the biological
dimension, some factors that came to the fore included decent intervals for rest and recovery in trainings and competitions, quality of medical and physiotherapeutic services and quality of diet. In the psychological dimension, the factors mentioned as the most relevant were winning public recognition for the performance, selfconfidence level and concentration level. In the social dimension, important factors
were pleasure in trainings and competitions, the relationship with the coach and with members of the technical and managerial staff, as well as effective communication and integration with technical staff members. When genders were compared, no significant differences were observed, and some homogeneity of both genders perception was noticed. However, on comparison of QQVA results, the male athlete group had higher scores in the social domain, while the female athlete
group had higher scores in the psychological domain. No substantial differences were observed when congenital disability and acquired disability were compared. The studys main conclusion is that, on the grounds of the Theory of Action, the situations perceived by women as favourable to the quality of life were those concerning subjective aspects, whilst mens perception concerned environmentrelated situations. === A busca pela qualidade de vida tem se tornado cada vez mais intensa na sociedade atual. No âmbito esportivo não é diferente. Os atletas vêm buscando formas de melhorar a qualidade de vida e conseqüentemente obter um melhor desempenho esportivo. No que diz respeito a atletas paraolímpicos, ou seja, atletas com deficiência que se encontram inseridos no contexto do esporte de alto nível, têm havido manifestações cada vez mais significativas e direcionadas para a obtenção do bem-estar e auto-estima dos mesmos. Nesse sentido, o objetivo desse estudo foi identificar e analisar a percepção da qualidade de vida geral de atletas paraolímpicos, bem como os fatores que influenciam a mesma, em ambientes de treinamento e competição. Participaram desse estudo, 144 atletas (41 feminino, 103 masculino), de 13 diferentes modalidades esportivas (38 coletivas e 106 individuais),
com média de idade de 31,3 anos (± 9,16 anos). Os instrumentos utilizados foram um questionário demográfico usado para investigar aspectos como idade, experiência, modalidade esportiva, dinâmica de treinamento, motivação para a prática esportiva, tipo de deficiência e nível dos campeonatos os quais participou. Usou-se o questionário de qualidade de vida geral da Organização Mundial de saúde, HOQOL-Bref, que verifica como está o nível de satisfação do atleta em relação a sua vida e seu ambiente diário e também o Questionário de Qualidade de
Vida para Atletas (QQVA). Obteve-se consistência interna superior a 0,70 para ambos os instrumentos. Quanto à percepção de qualidade de vida geral, obtida através do WHOQOL-Bref, os resultados mostraram que, de modo geral, a maioria dos atletas encontra-se satisfeita com a sua qualidade de vida enquanto que apenas 2,1% da amostra classifica a mesma como ruim. Não houve diferenças significativas nas comparações entre gêneros e nas comparações entre deficiência congênita e adquirida. Já na análise do QQVA, destacam-se, na dimensão biológica, fatores como intervalos adequados de descanso e recuperação nos treinamentos e competições, qualidade dos serviços médico e fisioterápico e qualidade da alimentação. Na dimensão psicológica, os fatores citados como de maior influencia foram ter o desempenho reconhecido por outras pessoas, nível de autoconfiança
e nível de concentração. Quanto à dimensão social destacaram-se fatores como o prazer nos treinamentos e competições, o relacionamento com o treinador, equipe técnica e dirigentes, bem como a comunicação e o entrosamento entre os membros da equipe técnica. Na comparação entre os gêneros, não se observou diferença significativa na percepção entre os mesmos. Entretanto, verificou-se que
na comparação dos resultados do QQVA, o grupo de atletas masculinos apresentou maiores escores para o domínio social enquanto que o grupo de atletas do gênero feminino apresentou maiores escores no domínio psicológico. Também não foram encontradas diferenças significativas na comparação entre deficiência congênita e adquirida. Conclui-se, com base na Teoria da Ação, que as situações mais
percebidas pelas mulheres como favoráveis à qualidade de vida foram as relacionadas aos aspectos subjetivos, enquanto as mais percebidas pelos homens foram as relacionadas ao meio ambiente.
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