Summary: | === The purpose of the present study was to test the theory that human hair could represent a barrier
to solar radiation, allowing minor physiological indices of heat stress during exercise in a hot
environment under the sun. Participated in this study 10 male volunteers, inhabitants of tropical
region, healthy and fit for the practice of physical exercises (25,1 ± 2,5 years old; 176,2 ± 4,0 cm
of height; 73,7 ± 6,7 kg of weight; VO2max 56,2 ± 5,3 mL×kg-1×min-1). They had wavy or spiraled
hair with a layer of at least three centimeters in thickness in the central head region. The
volunteers participated in three experimental sessions. On the first day, after anthropometric
characterization, a test to measure the aerobic capacity was done. After two days of the first
meeting, individuals started the protocol which had two more experimental situations, compost
continuous exercise in a treadmill with one hour of duration and intensity to 50% of VO2max. The
inclination of treadmill was maintained at 1% during the entire protocol. First continuous
exercise: in the external environment under the Sun, with the natural hair within the specified
dimensions. Second continuous exercise: the volunteers had their hair totally scraped and
repeated the exercise under the Sun. The protocols were separated by at least two days and at
most a week. The environmental heat stress was measured by the Index of Wet Bulb Globe
Temperature (WBGT) in º C and used as a co-variable if necessary. A physiological strain index
(PSI), rectal temperature, heart rate (HR) and total rate of sweating was measured. The results
showed greater PSI (ANCOVA, F = 5222, p = 0,035), greater delta of HR (ANCOVA, F =
29009, p = 0,0001) and greater total sweating rate (7,08 ± 0,25 vs. 7,67 ± 0,26, p = 0,30) in the
situation with scraped hair. In conclusion, scratch the head increases the physiological stress
index, variation in heart rate and total sweat hate. === O objetivo do presente estudo consistiu em testar a hipótese de que o cabelo humano poderia
representar uma barreira à radiação solar, permitindo menores índices fisiológicos de estresse
térmico durante o exercício num ambiente quente sob o sol. Participaram deste estudo 10
voluntários do sexo masculino, habitantes de região tropical, sadios e aptos para a prática de
exercícios físicos (25,1 ± 2,5 anos de idade; 176,2 ± 4,0 cm de estatura; 73,7 ± 6,7 kg de massa
corporal; VO2max de 56,2 ± 5,3 mL×kg-1×min-1). Foram incluídos na amostra indivíduos
possuidores de cabelos crespos ou encaracolados que iniciaram a pesquisa com uma camada de
cabelo de no mínimo três centímetros de espessura, medido na região central. Os voluntários
participaram de três sessões experimentais. No primeiro dia, após a caracterização
antropométrica, realizaram o teste para medida da capacidade aeróbica. Após um intervalo de
dois dias do primeiro comparecimento os indivíduos iniciaram o protocolo que contou com mais
duas situações experimentais, compostas por exercício contínuo em esteira rolante com uma hora
de duração e intensidade a 50% do VO2max. A inclinação da esteira foi mantida em 1% durante
todo o protocolo. Primeiro exercício: em ambiente externo sob o Sol, com o cabelo natural dentro
das dimensões especificadas. Segundo exercício: voluntários tiveram o cabelo totalmente raspado
e repetiram o exercício sob o sol. Os protocolos foram separados por no mínimo dois dias e no
máximo uma semana. O estresse térmico ambiental foi medido através do Índice de Bulbo Úmido
e Temperatura de Globo (IBUTG) em o C. e usado como co-variável sempre que necessário. Foi
medido o Índice de Estresse Fisiológico (IEF), temperatura retal, freqüência cardíaca (FC) e taxa
de sudorese total. Os resultados demonstraram maior IEF (ANCOVA, F = 5,222, p = 0,035),
maior delta da FC (ANCOVA, F = 29,009, p = 0,0001) e maior taxa de sudorese total (7,08 ±
0,25 vs. 7,67 ± 0,26, p = 0,03) na situação com cabelos raspados. Portanto, raspar cabeça
aumentou o índice de estresse fisiológico, a variação da freqüência cardíaca e a taxa de sudorese
total.
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