Fantasmagorias na metrópole: ensaios críticos a partir do circuito cultural praça da liberdade em Belo Horizonte

=== We have reflected in these critical essays on certain consequences of the modernization process for the inherited city and everyday life in Belo Horizonte. Products and conditions of modernization, urbanization and metropolization settle on the extent of the reproduction of the capital. By noti...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Pedro Henrique de Mendonca Resende
Other Authors: Sergio Manuel Merencio Martins
Format: Others
Language:Portuguese
Published: Universidade Federal de Minas Gerais 2013
Online Access:http://hdl.handle.net/1843/IGCC-9GPQMG
id ndltd-IBICT-oai-bibliotecadigital.ufmg.br-MTD2BR-IGCC-9GPQMG
record_format oai_dc
collection NDLTD
language Portuguese
format Others
sources NDLTD
description === We have reflected in these critical essays on certain consequences of the modernization process for the inherited city and everyday life in Belo Horizonte. Products and conditions of modernization, urbanization and metropolization settle on the extent of the reproduction of the capital. By noting the links between reproduction of social relations and urbanization, everyday and ideological representations of a city that became a metropolis, we have analyzed the changes and continuities observed in Praça da Liberdade (Liberty Square) for over a century. Defined as a bureaucratic center by the positivist republicanism in this supposedly modern city from the plan and construction of the "New Capital" of Minas Gerais from 1885, Praça da Liberdade has strengthened its monumental character, when interventions championed by companies and made possible by the State 're-functionalizing' the buildings in its surroundings , turning them into "cultural facilities" . The city and culture are deemed as given social needs, hence they have become "things" that are presented to us in the ghostly world of commodities. Therefore, we are questioning on the meanings and contradictions involved in monumentalization and fetishistic museumification of what remained of the city. And this by categorical conceptualization of social relations reproduced as reproduction of the capital in the modernization process. Depriving us of our own historicity, the human capacity to create and take ownership of works, we survive in a society devoid of transforming experiences, where the spectacular and contemplative appearance of "culture" and art eventually integrates the negative into the positive: the "free time" to enjoy them , instrumentalized as leisure , is the time to consume them , in the extension of the work, such as the social reproduction of the capital. === Refletimos, nestes ensaios críticos, sobre determinadas consequências do processo de modernização para a cidade herdada e o cotidiano em Belo Horizonte. Produtos e condições da modernização, urbanização e metropolização estabelecem-se sob a extensão da reprodução do capital. Observando os vínculos entre reprodução das relações sociais e urbanização, cotidiano e representações ideológicas de uma cidade que se tornou metrópole, analisamos as mudanças e permanências observadas na Praça da Liberdade ao longo de mais de um século. Definida como centro burocrático pelo republicanismo positivista nesta cidade pretensamente moderna, desde o plano e construção da Nova Capital de Minas Gerais a partir de 1885, a Praça da Liberdade tem reforçado seu caráter monumental, quando intervenções capitaneadas por empresas e viabilizadas pelo Estado refuncionalizam os prédios do seu entorno, transformando-os em equipamentos culturais. Consideradas necessidades sociais dadas, cidade e cultura tornam-se coisas que nos são apresentadas fantasmagoricamente no mundo das mercadorias. Questionamos, portanto, os sentidos e as contradições envolvidas na monumentalização e museificação fetichista do que restou da cidade. E isso através da conceituação categorial das relações sociais reproduzidas como reprodução do capital no processo de modernização. Destituindo-nos da nossa própria historicidade, da capacidade humana de criar e apropriar-se de obras, sobrevivemos numa sociedade carente de experiências transformadoras, onde a aparência espetacular e contemplativa da cultura e da arte acaba por integrar o negativo no positivo: o tempo livre para apreciá-las, instrumentalizado como lazer, é tempo para consumi-las, na extensão do trabalho, como reprodução social do capital.
author2 Sergio Manuel Merencio Martins
author_facet Sergio Manuel Merencio Martins
Pedro Henrique de Mendonca Resende
author Pedro Henrique de Mendonca Resende
spellingShingle Pedro Henrique de Mendonca Resende
Fantasmagorias na metrópole: ensaios críticos a partir do circuito cultural praça da liberdade em Belo Horizonte
author_sort Pedro Henrique de Mendonca Resende
title Fantasmagorias na metrópole: ensaios críticos a partir do circuito cultural praça da liberdade em Belo Horizonte
title_short Fantasmagorias na metrópole: ensaios críticos a partir do circuito cultural praça da liberdade em Belo Horizonte
title_full Fantasmagorias na metrópole: ensaios críticos a partir do circuito cultural praça da liberdade em Belo Horizonte
title_fullStr Fantasmagorias na metrópole: ensaios críticos a partir do circuito cultural praça da liberdade em Belo Horizonte
title_full_unstemmed Fantasmagorias na metrópole: ensaios críticos a partir do circuito cultural praça da liberdade em Belo Horizonte
title_sort fantasmagorias na metrópole: ensaios críticos a partir do circuito cultural praça da liberdade em belo horizonte
publisher Universidade Federal de Minas Gerais
publishDate 2013
url http://hdl.handle.net/1843/IGCC-9GPQMG
work_keys_str_mv AT pedrohenriquedemendoncaresende fantasmagoriasnametropoleensaioscriticosapartirdocircuitoculturalpracadaliberdadeembelohorizonte
_version_ 1718846983466123264
spelling ndltd-IBICT-oai-bibliotecadigital.ufmg.br-MTD2BR-IGCC-9GPQMG2019-01-21T18:05:54Z Fantasmagorias na metrópole: ensaios críticos a partir do circuito cultural praça da liberdade em Belo Horizonte Pedro Henrique de Mendonca Resende Sergio Manuel Merencio Martins Heloisa Soares de Moura Costa Claudinei Lourenco Antonio Jose Lopes Alves We have reflected in these critical essays on certain consequences of the modernization process for the inherited city and everyday life in Belo Horizonte. Products and conditions of modernization, urbanization and metropolization settle on the extent of the reproduction of the capital. By noting the links between reproduction of social relations and urbanization, everyday and ideological representations of a city that became a metropolis, we have analyzed the changes and continuities observed in Praça da Liberdade (Liberty Square) for over a century. Defined as a bureaucratic center by the positivist republicanism in this supposedly modern city from the plan and construction of the "New Capital" of Minas Gerais from 1885, Praça da Liberdade has strengthened its monumental character, when interventions championed by companies and made possible by the State 're-functionalizing' the buildings in its surroundings , turning them into "cultural facilities" . The city and culture are deemed as given social needs, hence they have become "things" that are presented to us in the ghostly world of commodities. Therefore, we are questioning on the meanings and contradictions involved in monumentalization and fetishistic museumification of what remained of the city. And this by categorical conceptualization of social relations reproduced as reproduction of the capital in the modernization process. Depriving us of our own historicity, the human capacity to create and take ownership of works, we survive in a society devoid of transforming experiences, where the spectacular and contemplative appearance of "culture" and art eventually integrates the negative into the positive: the "free time" to enjoy them , instrumentalized as leisure , is the time to consume them , in the extension of the work, such as the social reproduction of the capital. Refletimos, nestes ensaios críticos, sobre determinadas consequências do processo de modernização para a cidade herdada e o cotidiano em Belo Horizonte. Produtos e condições da modernização, urbanização e metropolização estabelecem-se sob a extensão da reprodução do capital. Observando os vínculos entre reprodução das relações sociais e urbanização, cotidiano e representações ideológicas de uma cidade que se tornou metrópole, analisamos as mudanças e permanências observadas na Praça da Liberdade ao longo de mais de um século. Definida como centro burocrático pelo republicanismo positivista nesta cidade pretensamente moderna, desde o plano e construção da Nova Capital de Minas Gerais a partir de 1885, a Praça da Liberdade tem reforçado seu caráter monumental, quando intervenções capitaneadas por empresas e viabilizadas pelo Estado refuncionalizam os prédios do seu entorno, transformando-os em equipamentos culturais. Consideradas necessidades sociais dadas, cidade e cultura tornam-se coisas que nos são apresentadas fantasmagoricamente no mundo das mercadorias. Questionamos, portanto, os sentidos e as contradições envolvidas na monumentalização e museificação fetichista do que restou da cidade. E isso através da conceituação categorial das relações sociais reproduzidas como reprodução do capital no processo de modernização. Destituindo-nos da nossa própria historicidade, da capacidade humana de criar e apropriar-se de obras, sobrevivemos numa sociedade carente de experiências transformadoras, onde a aparência espetacular e contemplativa da cultura e da arte acaba por integrar o negativo no positivo: o tempo livre para apreciá-las, instrumentalizado como lazer, é tempo para consumi-las, na extensão do trabalho, como reprodução social do capital. 2013-09-05 info:eu-repo/semantics/publishedVersion info:eu-repo/semantics/masterThesis http://hdl.handle.net/1843/IGCC-9GPQMG por info:eu-repo/semantics/openAccess text/html Universidade Federal de Minas Gerais 32001010037P1 - GEOGRAFIA UFMG BR reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFMG instname:Universidade Federal de Minas Gerais instacron:UFMG