Summary: | === In the first decade of this century, the Sanitation Company of Minas Gerais (COPASA / MG) has undergone many deep changes in internal and external structures. These changes happened due to policy outcomes in Brazil during the 1990s, when the government adopted the "Washington Consensus" ideas. Thus, the company went through a restructuring process whose strong reflections reached not only its workers but also the population in general. The study of this process in the context of (re)production of social space in the city of Belo Horizonte was configured as a privileged moment to analyze the conflicts involving different participants (employees, the population that was affected, the company, etc.) that search for the meanings and purposes of urbanization in the metropolis context. Thus, I tried to reflect on the company's actions, which from the so-called "management shock", introduced insightful changes in the structure of COPASA, both in its relation with the workers and with the people for whom the company provides services. Changes also affected its shareholders, once the company had become a joint stock enterprise. At the same time, I tried to examine how the COPASA workers Union, considered one of the most important of Belo Horizonte, organized and conducted the clashes. I also examined the meanings given by the company to the new structure for the provision of sanitation services in Minas Gerais. With the idea of deepening knowledge about the process of (re) production of social space, I came upon the importance of checking the extent to which Amelia Damiannis idea of Critical Urbanization and a new Fordism commitment , through the actions statists, was formed, in a labor and capital relationship, develop in the company on the first decade of this century. === No transcurso da primeira década do século XXI, a Companhia de Saneamento de Minas Gerais (COPASA/MG) passou por profundas transformações em suas estruturas interna e externa, resultado das políticas adotadas no Brasil no decorrer da década de 1990, quando o Governo Federal incorporou a essência dos pressupostos do Consenso de Washington. A empresa passou por uma reestruturação produtiva intensa, cujos reflexos atingiram não somente os trabalhadores a ela ligados, mas também a população de um modo geral. Assim, o estudo sobre tal processo no contexto da (re)produção social do espaço na metrópole de Belo Horizonte configurou-se como uma oportunidade privilegiada para análise dos conflitos envolvendo os diferentes atores (trabalhadores, população afetada pela prestação de serviços, empresa etc) que buscam definir os sentidos e as finalidades da urbanização na referida metrópole. Nesse sentido, a presente pesquisa procura refletir sobre as ações que, a partir do chamado choque de gestão, instaurou profundas alterações na estrutura da COPASA, tanto em sua relação com os trabalhadores quanto com as pessoas para as quais presta serviços e para os seus acionistas, uma vez que a companhia tornou-se uma empresa de economia mista nessa década. Ao mesmo tempo, a pesquisa buscou examinar como os trabalhadores, através de seu sindicato, que é considerado um dos mais importantes de Belo Horizonte, se organizaram e enfrentaram a ordem dada, e como se deram os processos de aproximação com os sentidos e significados dados pela empresa à nova estrutura da prestação dos serviços de saneamento em Minas Gerais. Com a perspectiva de aprofundar o conhecimento sobre o processo de (re)produção social do espaço, a pesquisa se deparou com a importância de verificar em que medida, através das ações estatistas, constituiu-se, ao mesmo tempo, os complexos do que Amélia Damianni vem chamando de Urbanização Crítica e a edificação de um novo compromisso fordista na relação entre capital e trabalho desenvolvida na empresa nessa primeira década do século XXI.
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