Antropometria em mulheres e desfechos reprodutivos

=== Maternal health determined by womens nutritional status may negatively influence uterine and early life growth and development. It is also associated with reproductive health and pregnancy viability. Extreme nutritional impairment such as undernutrition and obesity are conditions that coexist i...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Mariana Santos Felisbino Mendes
Other Authors: Jorge Gustavo Velasquez Melendez
Format: Others
Language:Portuguese
Published: Universidade Federal de Minas Gerais 2013
Online Access:http://hdl.handle.net/1843/GCPA-9F4GSW
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description === Maternal health determined by womens nutritional status may negatively influence uterine and early life growth and development. It is also associated with reproductive health and pregnancy viability. Extreme nutritional impairment such as undernutrition and obesity are conditions that coexist in low and middle income countries, like Brazil, a nation that is rapidly transitioning with an emergent economy. Thus, we investigated the relationships between maternal nutritional status and reproductive outcomes occurrence, using data from a Brazilian population representative survey. We conducted a cross-sectional study using DHS data from 2006 of 6,724 women and their singleton pregnancies from 2001 until data collection. Women and children anthropometry was assessed following international protocols. Maternal altered anthropometry was the main exposure of this thesis. The outcomes were the fatal events such as spontaneous abortion, stillbirth and mortality, all self-reported by the mothers, and also the altered children nutrition, detected by two nutritional indexes, height-for-age and body mass index in z scores from the World Health Organization reference population. Data analysis was performed in Stata, version 12, using the survey module, which allows to consider the complex sample design. Logistic, linear and Poisson regression models were used to estimate associations between maternal altered anthropometry and the reproductive outcomes occurrence (mean differences, PR, OR, 95%CI, Wald test, trend test and statistical significance of 5%), adjusting for confounders. Spontaneous abortion and stillbirths were more frequent among women with overweigh, global and abdominal obesity. After adjustments, each BMI unit increase (OR = 1.05; 95%CI: 1.02-1.08) and WHR (OR = 1.32; 95%CI: 1.03-1.69), the chance of having an abortion was also increased. Abdominal obesity was strongly associated to the stillbirth occurrence (OR = 2.91; 95%CI: 1.32-6.44) while global obesity was highly predictive of abortions (OR = 2.49; 95%CI: 1.45-4.26). Brazilian women abdominal obesity and excess of weight were strong predictors of neonatal death (OR = 3.24; 95%CI: 1.30-8.09; OR = 2.44; 95%CI: 1.17-5.07, respectively). On the other hand, their low stature and undernourishment were determinant factors of post-neonatal death (OR = 4.08; 95%: 1.27-13.13; OR = 8.23; 95%CI: 2.31-29.32, respectively). The results related to the children nutritional outcomes showed that, after adjustments, children whose mothers height was < 145 cm had 1.2 lower HAZ than children whose mothers were 160 cm tall (p-trend < 0.0001) and children whose mothers had BMI 35 kg/m2 had HAZ 0.4 higher when compared to the mothers of normal weight (p-trend < 0.0001). These results provide important epidemiological information in the direction of maternal altered anthropometry, especially obesity indexes, and the reproductive outcomes occurrence. === A saude materna determinada pelo estado nutricional da mulher pode influenciar adversamente o crescimento e o desenvolvimento intrauterino e na infancia. Tambem esta relacionada a saude reprodutiva e a viabilidade da gestacao. Condicoes extremas, como desnutricao e obesidade, coexistem em paises de baixa e de media renda, como o Brasil, que esta vivenciando a transicao nutricional de forma muito rapida. Assim, investigou-se as relacoes entre o estado nutricional materno e a ocorrencia de desfechos reprodutivos, utilizando a base de dados de um inquerito representativo da populacao brasileira. Trata-se de estudo transversal que analisou dados da Pesquisa Nacional de Demografia e Saude da Crianca e da Mulher (PNDS), ocorrida em 2006, referente a 6.724 mulheres e suas gravidezes, a partir de 2001 ate a data do inquerito. A antropometria das maes e das criancas foi aferida com base em protocolos internacionais. Quando alterada, consistiu na exposicao de interesse deste estudo. Os desfechos foram eventos fatais, como aborto espontaneo, natimorto e mortalidade, todos autorreferidos pela mae, alem da alteracao nutricional das criancas, detectada, principalmente, por meio de dois indices nutricionais: estatura-por-idade (EIZ) e indice de massa corporal-por-idade (IMCZ), em escores z, relativos a populacao de referencia da Organizacao Mundial da Saude. Os dados foram analisados com o auxilio do programa Stata, versao 12. A analise dos dados foi realizada no modulo survey, que considera a composicao do delineamento complexo de amostragem. Modelos de regressao linear, logistica e de Poisson foram utilizados para estimar as associacoes entre a antropometria materna inadequada e a ocorrencia de desfechos reprodutivos da gravidez e da crianca (diferencas de medias, RP, OR, IC 95%, teste Wald, teste de tendencia e de Wald e nivel de significancia de 5%), sendo ajustados por fatores de confusao. A proporcao de abortos e natimortos se apresentou maior entre as mulheres com sobrepeso, obesidade global e abdominal. Apos ajuste, para cada aumento de uma unidade de IMC (OR = 1,05; IC 95%: 1,02-1,08) e RCA (OR = 1,32; IC 95%: 1,03-1,69) a chance de ter um aborto espontaneo era maior. A obesidade abdominal esteve fortemente associada a ocorrencia de natimortos (OR = 2,91; IC 95%: 1,32-6,44), enquanto a obesidade global foi altamente preditiva da ocorrencia de abortos (OR = 2,49; IC 95%: 1,45-4,26). A obesidade central e o excesso de peso das mulheres brasileiras mostraram forte capacidade de predizer o obito neonatal (OR = 3,24; IC 95%: 1,30-8,09; OR = 2,44; IC 95%: 1,17-5,07, respectivamente). De outro lado, a baixa estatura e a desnutricao delas foram fatores determinantes do obito pos-neonatal (OR = 4,08; IC 95%: 1,27-13,13; OR = 8,23; IC 95%: 2,31-29,32, respectivamente). Em relacao as alteracoes nutricionais das criancas, apos ajustes, aquelas cujas maes apresentaram altura < 145 cm tiveram um EIZ 1,2 menor que aquelas cujas maes apresentaram altura . 160 cm (p de tendencia < 0,0001) e criancas cujas maes com IMC . 35 kg/m2 apresentaram EIZ 0,4 maior quando comparadas com as maes eutroficas (p de tendencia < 0,0001). Estes resultados oferecem informacoes epidemiologicas importantes na direcao de relacoes entre antropometria materna alterada, principalmente entre marcadores de obesidade e ocorrencia de desfechos reprodutivos.
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We conducted a cross-sectional study using DHS data from 2006 of 6,724 women and their singleton pregnancies from 2001 until data collection. Women and children anthropometry was assessed following international protocols. Maternal altered anthropometry was the main exposure of this thesis. The outcomes were the fatal events such as spontaneous abortion, stillbirth and mortality, all self-reported by the mothers, and also the altered children nutrition, detected by two nutritional indexes, height-for-age and body mass index in z scores from the World Health Organization reference population. Data analysis was performed in Stata, version 12, using the survey module, which allows to consider the complex sample design. Logistic, linear and Poisson regression models were used to estimate associations between maternal altered anthropometry and the reproductive outcomes occurrence (mean differences, PR, OR, 95%CI, Wald test, trend test and statistical significance of 5%), adjusting for confounders. Spontaneous abortion and stillbirths were more frequent among women with overweigh, global and abdominal obesity. After adjustments, each BMI unit increase (OR = 1.05; 95%CI: 1.02-1.08) and WHR (OR = 1.32; 95%CI: 1.03-1.69), the chance of having an abortion was also increased. Abdominal obesity was strongly associated to the stillbirth occurrence (OR = 2.91; 95%CI: 1.32-6.44) while global obesity was highly predictive of abortions (OR = 2.49; 95%CI: 1.45-4.26). Brazilian women abdominal obesity and excess of weight were strong predictors of neonatal death (OR = 3.24; 95%CI: 1.30-8.09; OR = 2.44; 95%CI: 1.17-5.07, respectively). On the other hand, their low stature and undernourishment were determinant factors of post-neonatal death (OR = 4.08; 95%: 1.27-13.13; OR = 8.23; 95%CI: 2.31-29.32, respectively). The results related to the children nutritional outcomes showed that, after adjustments, children whose mothers height was < 145 cm had 1.2 lower HAZ than children whose mothers were 160 cm tall (p-trend < 0.0001) and children whose mothers had BMI 35 kg/m2 had HAZ 0.4 higher when compared to the mothers of normal weight (p-trend < 0.0001). These results provide important epidemiological information in the direction of maternal altered anthropometry, especially obesity indexes, and the reproductive outcomes occurrence. A saude materna determinada pelo estado nutricional da mulher pode influenciar adversamente o crescimento e o desenvolvimento intrauterino e na infancia. Tambem esta relacionada a saude reprodutiva e a viabilidade da gestacao. Condicoes extremas, como desnutricao e obesidade, coexistem em paises de baixa e de media renda, como o Brasil, que esta vivenciando a transicao nutricional de forma muito rapida. Assim, investigou-se as relacoes entre o estado nutricional materno e a ocorrencia de desfechos reprodutivos, utilizando a base de dados de um inquerito representativo da populacao brasileira. Trata-se de estudo transversal que analisou dados da Pesquisa Nacional de Demografia e Saude da Crianca e da Mulher (PNDS), ocorrida em 2006, referente a 6.724 mulheres e suas gravidezes, a partir de 2001 ate a data do inquerito. A antropometria das maes e das criancas foi aferida com base em protocolos internacionais. Quando alterada, consistiu na exposicao de interesse deste estudo. Os desfechos foram eventos fatais, como aborto espontaneo, natimorto e mortalidade, todos autorreferidos pela mae, alem da alteracao nutricional das criancas, detectada, principalmente, por meio de dois indices nutricionais: estatura-por-idade (EIZ) e indice de massa corporal-por-idade (IMCZ), em escores z, relativos a populacao de referencia da Organizacao Mundial da Saude. Os dados foram analisados com o auxilio do programa Stata, versao 12. A analise dos dados foi realizada no modulo survey, que considera a composicao do delineamento complexo de amostragem. Modelos de regressao linear, logistica e de Poisson foram utilizados para estimar as associacoes entre a antropometria materna inadequada e a ocorrencia de desfechos reprodutivos da gravidez e da crianca (diferencas de medias, RP, OR, IC 95%, teste Wald, teste de tendencia e de Wald e nivel de significancia de 5%), sendo ajustados por fatores de confusao. A proporcao de abortos e natimortos se apresentou maior entre as mulheres com sobrepeso, obesidade global e abdominal. Apos ajuste, para cada aumento de uma unidade de IMC (OR = 1,05; IC 95%: 1,02-1,08) e RCA (OR = 1,32; IC 95%: 1,03-1,69) a chance de ter um aborto espontaneo era maior. A obesidade abdominal esteve fortemente associada a ocorrencia de natimortos (OR = 2,91; IC 95%: 1,32-6,44), enquanto a obesidade global foi altamente preditiva da ocorrencia de abortos (OR = 2,49; IC 95%: 1,45-4,26). A obesidade central e o excesso de peso das mulheres brasileiras mostraram forte capacidade de predizer o obito neonatal (OR = 3,24; IC 95%: 1,30-8,09; OR = 2,44; IC 95%: 1,17-5,07, respectivamente). De outro lado, a baixa estatura e a desnutricao delas foram fatores determinantes do obito pos-neonatal (OR = 4,08; IC 95%: 1,27-13,13; OR = 8,23; IC 95%: 2,31-29,32, respectivamente). Em relacao as alteracoes nutricionais das criancas, apos ajustes, aquelas cujas maes apresentaram altura < 145 cm tiveram um EIZ 1,2 menor que aquelas cujas maes apresentaram altura . 160 cm (p de tendencia < 0,0001) e criancas cujas maes com IMC . 35 kg/m2 apresentaram EIZ 0,4 maior quando comparadas com as maes eutroficas (p de tendencia < 0,0001). Estes resultados oferecem informacoes epidemiologicas importantes na direcao de relacoes entre antropometria materna alterada, principalmente entre marcadores de obesidade e ocorrencia de desfechos reprodutivos. 2013-12-17 info:eu-repo/semantics/publishedVersion info:eu-repo/semantics/doctoralThesis http://hdl.handle.net/1843/GCPA-9F4GSW por info:eu-repo/semantics/openAccess text/html Universidade Federal de Minas Gerais 32001010046P0 - ENFERMAGEM UFMG BR reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFMG instname:Universidade Federal de Minas Gerais instacron:UFMG