Uso de contraceptivos orais entre mulheres de 18 a 49 anos: inquérito populacional telefônico

=== Women in reproductive age represent about 30% of the Brazilian population. The government actions directed to them are related to family planning ensuring full and open access to information and contraceptive methods. The Ministry of Health adopts clinical eligibilitycriteria (clinical procedur...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Daniele Aparecida Silva Correa
Other Authors: Jorge Gustavo Velasquez Melendez
Format: Others
Language:Portuguese
Published: Universidade Federal de Minas Gerais 2012
Online Access:http://hdl.handle.net/1843/GCPA-8UYKMT
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description === Women in reproductive age represent about 30% of the Brazilian population. The government actions directed to them are related to family planning ensuring full and open access to information and contraceptive methods. The Ministry of Health adopts clinical eligibilitycriteria (clinical procedures based on scientific evidence to guide the prescription and use those methods to ensure their effectiveness and to avoid damaging the health of those who use them) developed by the World Health Organization. Among methods for family planning, theworld's most used is the oral contraceptive (OC). OBJECTIVES: To know the using patterns of contraceptives in Brazilian women and evaluate the appropriate appliance of oral contraceptives according to the clinical eligibility criteria that ascertains the occurrence of iniquities. METHODS: A population-based epidemiological study, which used cross-sectionaldescriptive secondary data from the VIGITEL, which collects information on risk factors for chronic diseases and protection of the population through telephone interviews. It considers the Brazilian female population 18-49 years, living in 26 state capitals and the Federal District, attended by fixed telephone line on the year 2008 (n = 21074). The estimations were calculated by observing an accuracy range of 95%. Educational level was used as proxy of socioeconomic status for the inequities analysis. The inappropriate use of oral contraceptives is defined with the presence of the following factors: hypertension and / or smoking in womenover 35 years and / or cardiovascular disease. Due to the probabilistic nature of the samples, weights were used for correction and inferences. All information is self reported and informed consent was replaced by verbal consent. RESULTS: Approximately 70% of women use somekind of family planning method, the OC is the most used (33.8%). Hypertension (15.5%) and smoking (12.2%) were the main risk factors for cardiovascular disease presented in OC users and are also contraindications for its use. The contraindicated use was present in 13.1% of the population. There were no differences in the proportions between regions, however the analysis by capital, thirteen of them are above the overall national average and almost all of them concentrated in the Northeast and North region. The inappropriate use of OC is higheramong women with less education. Its proportion in Brazil should be considered high, therefore, actions related to health education and smoking cessation should be prioritized, especially on those specific group. === As mulheres em idade reprodutiva representam cerca de 30% da população brasileira. A elas são direcionadas ações governamentais referentes ao planejamento familiar que visam garantir acesso amplo e integral às informações e aos métodos contraceptivos. O Ministérioda Saúde adota critérios de elegibilidade clínica (diretrizes clínicas baseadas em evidências científicas para orientar a prescrição e o uso desses métodos a fim de garantir sua eficácia e de evitar danos a saúde de quem os utiliza) desenvolvidos pela Organização Mundial de Saúde.Dentre os métodos para o planejamento familiar, o mais utilizado no mundo é o contraceptivo oral (ACO). OBJETIVOS: conhecer os padrões de utilização de métodos contraceptivos na população feminina brasileira e avaliar o uso adequado dos contraceptivos orais segundo oscritérios de elegibilidade clínica averiguando a ocorrência de iniquidades. METODOLOGIA: estudo epidemiológico de base populacional, transversal e descritivo que utilizou dados secundários provenientes do VIGITEL, que coleta informações sobre os fatores de risco e proteção para doenças crônicas da população brasileira por meio de entrevistas telefônicas. Refere-se à população feminina brasileira de 18 a 49 anos residente nas 26 capitais e no Distrito Federal e servida por linha de telefonia fixa para o ano de 2008 (n=21074). Asestimativas foram calculadas observando-se um intervalo de confiança de 95%. A escolaridade foi utilizada como proxy de condição socioeconômica para a análise de iniquidades. O uso inadequado de contraceptivos orais foi definido como o uso de ACO na presença de um ou mais dos seguintes fatores: hipertensão e/ou tabagismo em mulheres com mais de 35 anos e/ou doença cardiovascular. Por se tratar de amostra probabilística foram utilizados pesos para correção e inferências. Todas as informações são autorreferidas e oconsentimento livre e esclarecido foi substituído pelo consentimento verbal. RESULTADOS: cerca de 70% das mulheres utiliza algum método de planejamento familiar; o ACO é o mais utilizado (33,8%). A hipertensão (15,5%) e o tabagismo (12,2%) foram os principais fatoresde risco para doenças cardiovasculares presentes em usuárias de ACO e que também se constituem contraindicações para seu uso. O uso inadequado esteve presente em 13,1% da população brasileira. Não houve diferenças nas proporções entre as regiões, mas na análisepor capitais, treze delas se encontram acima da média global nacional e quase a totalidade delas se concentra nas regiões Nordeste e Norte. O uso inadequado de ACO é maior entre mulheres com menor escolaridade. A proporção de uso inadequado de ACO no Brasil deveser considerada elevada, portanto, ações referentes à educação em saúde e cessação do tabagismo devem ser priorizadas, principalmente entre aquelas mulheres com menor escolaridade.
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OBJECTIVES: To know the using patterns of contraceptives in Brazilian women and evaluate the appropriate appliance of oral contraceptives according to the clinical eligibility criteria that ascertains the occurrence of iniquities. METHODS: A population-based epidemiological study, which used cross-sectionaldescriptive secondary data from the VIGITEL, which collects information on risk factors for chronic diseases and protection of the population through telephone interviews. It considers the Brazilian female population 18-49 years, living in 26 state capitals and the Federal District, attended by fixed telephone line on the year 2008 (n = 21074). The estimations were calculated by observing an accuracy range of 95%. Educational level was used as proxy of socioeconomic status for the inequities analysis. The inappropriate use of oral contraceptives is defined with the presence of the following factors: hypertension and / or smoking in womenover 35 years and / or cardiovascular disease. Due to the probabilistic nature of the samples, weights were used for correction and inferences. All information is self reported and informed consent was replaced by verbal consent. RESULTS: Approximately 70% of women use somekind of family planning method, the OC is the most used (33.8%). Hypertension (15.5%) and smoking (12.2%) were the main risk factors for cardiovascular disease presented in OC users and are also contraindications for its use. The contraindicated use was present in 13.1% of the population. There were no differences in the proportions between regions, however the analysis by capital, thirteen of them are above the overall national average and almost all of them concentrated in the Northeast and North region. The inappropriate use of OC is higheramong women with less education. Its proportion in Brazil should be considered high, therefore, actions related to health education and smoking cessation should be prioritized, especially on those specific group. As mulheres em idade reprodutiva representam cerca de 30% da população brasileira. A elas são direcionadas ações governamentais referentes ao planejamento familiar que visam garantir acesso amplo e integral às informações e aos métodos contraceptivos. O Ministérioda Saúde adota critérios de elegibilidade clínica (diretrizes clínicas baseadas em evidências científicas para orientar a prescrição e o uso desses métodos a fim de garantir sua eficácia e de evitar danos a saúde de quem os utiliza) desenvolvidos pela Organização Mundial de Saúde.Dentre os métodos para o planejamento familiar, o mais utilizado no mundo é o contraceptivo oral (ACO). OBJETIVOS: conhecer os padrões de utilização de métodos contraceptivos na população feminina brasileira e avaliar o uso adequado dos contraceptivos orais segundo oscritérios de elegibilidade clínica averiguando a ocorrência de iniquidades. METODOLOGIA: estudo epidemiológico de base populacional, transversal e descritivo que utilizou dados secundários provenientes do VIGITEL, que coleta informações sobre os fatores de risco e proteção para doenças crônicas da população brasileira por meio de entrevistas telefônicas. Refere-se à população feminina brasileira de 18 a 49 anos residente nas 26 capitais e no Distrito Federal e servida por linha de telefonia fixa para o ano de 2008 (n=21074). Asestimativas foram calculadas observando-se um intervalo de confiança de 95%. A escolaridade foi utilizada como proxy de condição socioeconômica para a análise de iniquidades. O uso inadequado de contraceptivos orais foi definido como o uso de ACO na presença de um ou mais dos seguintes fatores: hipertensão e/ou tabagismo em mulheres com mais de 35 anos e/ou doença cardiovascular. Por se tratar de amostra probabilística foram utilizados pesos para correção e inferências. Todas as informações são autorreferidas e oconsentimento livre e esclarecido foi substituído pelo consentimento verbal. RESULTADOS: cerca de 70% das mulheres utiliza algum método de planejamento familiar; o ACO é o mais utilizado (33,8%). A hipertensão (15,5%) e o tabagismo (12,2%) foram os principais fatoresde risco para doenças cardiovasculares presentes em usuárias de ACO e que também se constituem contraindicações para seu uso. O uso inadequado esteve presente em 13,1% da população brasileira. Não houve diferenças nas proporções entre as regiões, mas na análisepor capitais, treze delas se encontram acima da média global nacional e quase a totalidade delas se concentra nas regiões Nordeste e Norte. O uso inadequado de ACO é maior entre mulheres com menor escolaridade. A proporção de uso inadequado de ACO no Brasil deveser considerada elevada, portanto, ações referentes à educação em saúde e cessação do tabagismo devem ser priorizadas, principalmente entre aquelas mulheres com menor escolaridade. 2012-04-02 info:eu-repo/semantics/publishedVersion info:eu-repo/semantics/masterThesis http://hdl.handle.net/1843/GCPA-8UYKMT por info:eu-repo/semantics/openAccess text/html Universidade Federal de Minas Gerais 32001010046P0 - ENFERMAGEM UFMG BR reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFMG instname:Universidade Federal de Minas Gerais instacron:UFMG