Summary: | === Recent evidences have been suggested different factors such as altered lipid profile as
atherosclerosis predictors. Metabolic triad, for example, includes apolipoprotein B levels
increased, hyperinsulinemia and high levels of small, dense LDL particles. Various studies
propose hyperapolipoprotein B as a significant predictor of coronary artery disease.
Hyperinsulinemia in non diabetic individuals reveals insulin resistance and increases the
atherosclerosis risk, especially in men. On the other hand, small, dense LDL particles are
more atherogenic than low density and large particles. Thus, researchers concluded metabolic
triad could be used to predict cardiovascular diseases risk more efficiently. Although access to
these factors implies higher costs, along with its complex assessment, researchers propose the
hypertriglyceridemic waist (HW) phenotype as an indirect and efficient predictor of the
metabolic triad. This study was conducted to investigate HW phenotype prevalence in
population of two rural communities from Jequitinhonha Valley, Minas Gerais, as well as its
relations to other cardiovascular risk factors. This is a population based cross-sectional study
with a sample of 506 individuals, both sexes, aged between 18 and 75 years-old.
Hypertriglyceridemic waist was determined at the fourth quartile of waist circumference
(WC) and triglycerides (TG). Logistic Regression was used to build the multivariate model.
Significance level of 5% was determined. SPSS version 15.0 was used for data analysis.
Individuals with the HW phenotype were also hypertensive (78.6%) and hypercholesterolemic
(64.3%), presented a positive smoking habit (48.2%) and higher BMI (71.4%), distinguished
into overweight (50%) and obese (21.4%) individuals. They also presented low levels of HDL
cholesterol (55.4%), increased levels of LDL cholesterol (25%), increased levels of fasting
glucose (26.8%) and 53.1% presented fasting insulin and HOMA-IR in the forth quartile. In
multivariate logistic regression, women (OR = 2.190; IC 95% 1.082 4.436), each year of
age (OR=1.028; IC 95% 1.006 1.052), BMI 30 Kg/m2 (OR 4.348; IC 95% 1.587
11.911), total cholesterol 200 mg/dl (OR = 3.607; IC 95% 1.776 7.326) and HOMA-IR
4º quartile (OR = 4.528; IC 95% 2.202 9.309) remained independently associated to the HW
phenotype at the final model. Classification and regression trees showed age, HOMA-IR, total
cholesterol and HDL cholesterol as fundamental variables to discriminate individuals with the
phenotype. Hypertriglyceridemic waist was independently associated to important markers of
metabolic imbalance suggesting this phenotype as discriminant as other metabolic risk
calculators and, therefore, could be used as an initial approach to identify individuals with
deteriorated cardiometabolic risk markers. === Evidências crescentes sugerem outros fatores que não o perfil lipídico alterado como
preditores de aterosclerose. A tríade metabólica, por exemplo, é caracterizada pelo aumento
do nível sérico de apolipoproteína B, hiperinsulinemia e altos níveis séricos de partículas
pequenas e densas de colesterol LDL, que são altamente aterogênicas. Muitos estudos
propõem que a hiperapolipoproteína B como preditor significativo de doença coronariana. A
hiperinsulinemia em indivíduos não diabéticos revela resistência à insulina e aumenta o risco
de aterosclerose principalmente em homens. Assim, estudos propõem que a tríade metabólica
poderia ser utilizada para prever o risco para doenças cardiovasculares e está fortemente
correlacionada com o fenótipo cintura hipertrigliceridêmica (HW), uma medida simples e
prática de avaliação de risco cardiovascular. Este estudo foi conduzido para estimar a
prevalência de cintura hipertrigliceridêmica em população de duas comunidades rurais do
Vale do Jequitinhonha, Minas Gerais, e sua associação a outros fatores de risco
cardiovasculares. Estudou-se 506 indivíduos adultos com idade entre 18 e 75 anos, ambos os
sexos. Cintura hipertrigliceridêmica foi caracterizada pelo posicionamento no quarto quartil
de níveis da circunferência da cintura (CC) e dos triglicérides (TG). Regressão logística
multivariada e Árvores de Classificação constituíram-se nos métodos de análise dos dados
para este estudo. A força de associação foi medida pela Razão de Chance ou Odds Ratio (OR)
e seus respectivos intervalos de confiança de 95% (IC 95%). O nível de significância
estatística estabelecido foi de 5% (p<0,05). No caso das árvores, utilizou-se as probabilidades
dos nós finais para interpretação dos modelos, além da porcentagem de classificações
corretas, sensibilidade e especificidade. A prevalência de cintura hipertrigliceridêmica na
população estudada foi 11,1%. Indivíduos com o fenótipo cintura hipertrigliceridêmica
também eram hipertensos (78,6%), hipecolesterolêmicos (64,3%), tabagistas (48,2%) e
apresentavam índice de massa corporal (IMC) aumentado (71,4%), diferenciado em
indivíduos com sobrepeso (50,0%) e obesos (21,4%). Eles também apresentaram baixos
níveis de colesterol HDL (55,4%), altos níveis de colesterol LDL (25,0%), glicemia de jejum
aumentada (26,8%), insulinemia de jejum aumentada (53,1%) e índice HOMA-IR no quarto
quartil (53,1%). Na análise de regressão logística multivariada, homens (OR=2,190; IC95%
1,082-4,436), idade (anos) (OR=1,028; IC95% 1,006 1,052); IMC 30 Kg/m2 (OR = 4.348;
IC 95% 1,587 11,911), colesterol total 200 mg/dl (OR = 3,607; IC 95% 1,776 7,326) e
índice HOMA-IR 4º quartil (OR = 4,528; IC 95% 2,202 9,309) permaneceram
independentemente associado ao fenótipo no modelo final. As árvores de classificação e
regressão mostraram que a idade, o índice HOMA-IR, o colesterol total e o colesterol HDL
são variáveis fundamentais para discriminar os grupos com e sem o fenótipo. Finalmente, o
fenótipo cintura hipertrigliceridêmica foi independentemente associado a importantes
marcadores de distúrbios metabólicos. Assim, a sua fácil aplicação para determinar estados de
alto risco poderia permitir a detecção de grupos em maiores risco, um rastreamento inicial de
indivíduos metabolicamente afetados.
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