Summary: | === Skin closure was always the main challenge to the Myelomeningocele (MM) treatment. Most cutaneous defects can be treated with the simple
undermining and primary suture of the wound edges. This is the ideal
treatment. However, this is not the adequate procedure for lesions with more than five centimeters in diameter. Numerous reconstructive procedures have been described with satisfactory results. However, the need to mobilize large skin areas and the excessive blood loss are major problems in newborns. Moreover, the tissue undermining destroys most of the skins vascularization and can harm the adaptation of the skin flaps. This study describes a technique for primary closure of large MM skin defects using acute skin expansion during the surgical procedure. Skin expansion was achieved by wound edges traction with "U" sutures and without the need of skin flaps. Sixteen patients, whose MM were more than five centimeters in diameter, were evaluated. Their MM areas ranged from 30 to 64 cm2 (mean 45 cm2). Two suture systems were developed based on skin edge quality and skin defect size. Wound edges traction was done during periods of ten minutes. A gradual approach of the borders was reached allowing the primary closure without undermining for all of the 16 patients. In one patient skin necrosis
occurred which was associated to compression of the malformed underlying vertebrae. Simplicity, low cost and satisfactory results were the main advantages of the method and an increase in operative time was a
disadvantage. The goal of this technique is not to replace the others, but
constitutes an effective option for treatment of large MM. === O fechamento da pele sempre foi o grande desafio no tratamento das
mielomeningoceles (MM). A maioria das falhas cutâneas pode ser tratada com o simples descolamento do tecido subcutâneo e aproximação primária das bordas da ferida. Este é o procedimento ideal. Porém, em lesões com mais de cinco centímetros de diâmetro, esta não é a conduta adequada. Diversas técnicas de retalhos cutâneos foram descritas com bons resultados. Entretanto, a necessidade de mobilização de grandes áreas de pele e o grande sangramento são problemas importantes em recém-nascidos. Além disso, o descolamento do tecido subcutâneo destrói grande parte da vascularização da pele e pode prejudicar a adaptação dos retalhos. Neste estudo é descrita técnica de fechamento primário das falhas cutâneas de MM por meio de expansão aguda da pele, durante o ato operatório. É realizada tração das bordas da ferida por pontos em "U", sem a necessidade de retalhos cutâneos. Foram avaliados 16 pacientes portadores de MM com mais de cinco centímetros de diâmetro e média da área de 45 cm2 (variando de 30-64 cm2). Dois sistemas de pontos foram desenvolvidos com base na resistência da pele e no tamanho da falha cutânea. A tração das bordas da ferida foi feita em períodos de dez minutos, com aproximação gradual até o fechamento primário da lesão que foi possível em todos os 16 pacientes, sem
qualquer descolamento do subcutâneo. Em um deles houve necrose da pele associada à compressão dos ápices das vértebras malformadas subjacentes. As principais vantagens do método foram sua simplicidade, baixo custo e bons resultados alcançados. Sua desvantagem foi aumentar o tempo operatório. O objetivo desta técnica não é substituir o uso das demais, mas sim tê-la como opção efetiva para o tratamento de MM com grandes falhas cutâneas.
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