Histiocitose das Células de Langerhans na criança:: Revisão dos achados clínicos, anátomo-patológicos e imuno-histoquímicos dos casos diagnosticados no Hospital das Clínicas da UFMG 1988 a 2008
=== Objectives: To review clinical, histopathological and immunohistochemical findings of children and adolescents with previous diagnosis of Langerhans cell histiocytosis (LCH), in order to establish the definitive diagnosis through CD1a antigen staining. To compare the disease outcome according t...
Main Author: | |
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Other Authors: | |
Format: | Others |
Language: | Portuguese |
Published: |
Universidade Federal de Minas Gerais
2009
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Online Access: | http://hdl.handle.net/1843/ECJS-7W6MTR |
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=== Objectives: To review clinical, histopathological and immunohistochemical findings of children and adolescents with previous diagnosis of Langerhans cell histiocytosis (LCH), in order to establish the definitive diagnosis through CD1a antigen staining. To compare the
disease outcome according to age, sex, stage of the disease, treatment response and level of diagnostic accuracy. Material and methods: Retrospective analysis of data on 37 children with Langerhans cell
histiocytosis followed up at Hospital das Clínicas of Universidade Federal de Minas Gerais, Brazil, between 1988 and 2008. The study was carried out using the data abstracted from medical charts and by reviewing biopsies of the patients without previous definitive diagnosis. The definitive diagnosis was defined as that made possible through the
detection of Birbeck granules on electron microscopy, or CD1a antigen immunostaining of Langerhans cells. Results: Before the study, 13 (35,1%) of the 37 patients had definitive diagnosis, the highest level of diagnostic accuracy. The samples of twelve (50%) of the 24 patients
without definitive diagnosis were located and reviewed. All reviewed cases were positive for CD1a antigen. By the end of the study, 25 of the 37 patients (67,5%) had a definitive diagnosis. The follow-up period ranged from 1 month to 20.9 years, with a median of 6.2 years. Age at diagnosis ranged from 1 month to 16.9 years, with a median of 2.4 years.
Seventeen children were male (45,9%). The most common clinical manifestations at diagnosis were osteolytic lesions (67,6%). Multisystem disease was present in 19 patients (51%). The estimated overall survival (OS) probability was 88.5% (95%CI 72.1% to 95.5%). All deaths occurred in patients with multisystem disease and organ dysfunction at diagnosis. Those patients who had a better response to treatment in the sixth week
were likely to have a significantly higher OS rate than those without response. OS rate was significantly higher for patients with single-system disease. The disease-free survival estimation for the whole group was 32.5% at 10 years (95%CI: 17.9% to 48.1%); it was significantly higher for patients with better response at six weeks of treatment and for patients with age 3 or more. There was no difference in OS and EFS when patients with definitive diagnosis were compared with the others. Reactivation episodes occurred in 75% of the patients with multisystem disease. Diabetes insipidus was the most common sequela, occurring in 21.6% of the patients. Conclusions: The study increased the level of diagnostic accuracy, with the majority of the patients having definitive diagnosis at the end of it. The overall survival and event-free survival rates were similar to international multicentric studies. Multisystem disease and absence of response at six weeks of treatment were the most important prognostic factors to predict worse outcome in overall survival. The frequency of reactivations for the patients with multisystem disease was higher than described in the literature === Objetivos: Rever os achados clínicos, anátomo-patológicos e imuno-histoquímicos das crianças e adolescentes com diagnóstico prévio de Histiocitose de Células de Langerhans (HCL), visando a estabelecer o diagnóstico definitivo por meio da pesquisa do antígeno
CD1a. Comparar a evolução da doença de acordo com a idade, gênero, estadiamento ao diagnóstico, resposta à sexta semana de tratamento e grau de certeza diagnóstica. Material e métodos: Análise retrospectiva dos dados referentes a 37 crianças com HCL acompanhadas no Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Minas Gerais no
período de 1988 a 2008. Os dados foram obtidos a partir da revisão dos prontuários e das amostras de biópsias dos pacientes sem diagnóstico definitivo prévio. O diagnóstico definitivo foi realizado com base na positividade para o antígeno de superfície CD1a à imuno-histoquímica ou na presença de grânulos de Birbeck nos histiócitos à microscopia
eletrônica. Resultados: Antes do estudo, 13 (35,1%) dos 37 pacientes apresentavam diagnóstico definitivo, isto é, o grau máximo de certeza diagnóstica. Doze (50%) dos 24 pacientes sem diagnóstico definitivo tiveram material de biópsia localizado e revisado. Todos os casos
revisados foram positivos para o antígeno CD1a. Ao término do estudo foi possível o diagnóstico definitivo em 25 dos 37 pacientes (67,5%). O tempo de seguimento dos pacientes variou de 1 mês a 20,9 anos (mediana de 6,2 anos). A idade ao diagnóstico variou de 1 mês a 16,9 anos (mediana de 2,4 anos). Dezessete crianças eram do gênero
masculino (45,9%). As manifestações clínicas mais comuns ao diagnóstico foram lesões osteolíticas (67,6%). Dezenove pacientes apresentavam doença multissistêmica (51%). A sobrevida global (SGLO) para todo o grupo foi de 88,5% (IC 95% 72,1 a 95,5%). Todos os
óbitos ocorreram em pacientes com doença multissistêmica e disfunção de órgãos ao diagnóstico. A SGLO foi significativamente maior para os pacientes com resposta melhor à sexta semana de tratamento, em comparação aos sem resposta. A sobrevida global foi
significativamente maior para os pacientes com doença unissistêmica. A probabilidade de sobrevida livre de eventos (SLE) para todo o grupo foi de 32,5% (IC 95% 17,9 a 48,1%) aos 10 anos, sendo significativamente maior para os pacientes com resposta melhor à sexta semana de tratamento e para os pacientes com idade maior ou igual a três anos. Não houve diferença na SGLO e SLE quando comparados os pacientes com diagnóstico definitivo com os demais. Episódios de reativação ocorreram em 75% dos pacientes com doença multissistêmica. A sequela mais comum foi o diabetes insipidus, ocorrendo em
21,6% dos pacientes. Conclusões: O estudo aumentou o grau de certeza diagnóstica, com a maioria dos pacientes apresentando diagnóstico definitivo após sua realização. As estimativas de sobrevida global e de sobrevida livre de eventos foram semelhantes aos de estudos multicêntricos internacionais. Os principais fatores de mau prognóstico com relação à sobrevida global foram doença multissistêmica e ausência de resposta à sexta semana de tratamento. A frequência de reativações para os pacientes com doença ultissistêmica foi maior que a descrita pela literatura. |
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ndltd-IBICT-oai-bibliotecadigital.ufmg.br-MTD2BR-ECJS-7W6MTR2019-01-21T18:03:05Z Histiocitose das Células de Langerhans na criança:: Revisão dos achados clínicos, anátomo-patológicos e imuno-histoquímicos dos casos diagnosticados no Hospital das Clínicas da UFMG 1988 a 2008 Luciana Terra Babeto Benigna Maria de Oliveira Marcos Borato Viana Marcos Borato Viana Josefina Aparecida Pellegrini Braga Alexandre Rodrigues Ferreira Objectives: To review clinical, histopathological and immunohistochemical findings of children and adolescents with previous diagnosis of Langerhans cell histiocytosis (LCH), in order to establish the definitive diagnosis through CD1a antigen staining. To compare the disease outcome according to age, sex, stage of the disease, treatment response and level of diagnostic accuracy. Material and methods: Retrospective analysis of data on 37 children with Langerhans cell histiocytosis followed up at Hospital das Clínicas of Universidade Federal de Minas Gerais, Brazil, between 1988 and 2008. The study was carried out using the data abstracted from medical charts and by reviewing biopsies of the patients without previous definitive diagnosis. The definitive diagnosis was defined as that made possible through the detection of Birbeck granules on electron microscopy, or CD1a antigen immunostaining of Langerhans cells. Results: Before the study, 13 (35,1%) of the 37 patients had definitive diagnosis, the highest level of diagnostic accuracy. The samples of twelve (50%) of the 24 patients without definitive diagnosis were located and reviewed. All reviewed cases were positive for CD1a antigen. By the end of the study, 25 of the 37 patients (67,5%) had a definitive diagnosis. The follow-up period ranged from 1 month to 20.9 years, with a median of 6.2 years. Age at diagnosis ranged from 1 month to 16.9 years, with a median of 2.4 years. Seventeen children were male (45,9%). The most common clinical manifestations at diagnosis were osteolytic lesions (67,6%). Multisystem disease was present in 19 patients (51%). The estimated overall survival (OS) probability was 88.5% (95%CI 72.1% to 95.5%). All deaths occurred in patients with multisystem disease and organ dysfunction at diagnosis. Those patients who had a better response to treatment in the sixth week were likely to have a significantly higher OS rate than those without response. OS rate was significantly higher for patients with single-system disease. The disease-free survival estimation for the whole group was 32.5% at 10 years (95%CI: 17.9% to 48.1%); it was significantly higher for patients with better response at six weeks of treatment and for patients with age 3 or more. There was no difference in OS and EFS when patients with definitive diagnosis were compared with the others. Reactivation episodes occurred in 75% of the patients with multisystem disease. Diabetes insipidus was the most common sequela, occurring in 21.6% of the patients. Conclusions: The study increased the level of diagnostic accuracy, with the majority of the patients having definitive diagnosis at the end of it. The overall survival and event-free survival rates were similar to international multicentric studies. Multisystem disease and absence of response at six weeks of treatment were the most important prognostic factors to predict worse outcome in overall survival. The frequency of reactivations for the patients with multisystem disease was higher than described in the literature Objetivos: Rever os achados clínicos, anátomo-patológicos e imuno-histoquímicos das crianças e adolescentes com diagnóstico prévio de Histiocitose de Células de Langerhans (HCL), visando a estabelecer o diagnóstico definitivo por meio da pesquisa do antígeno CD1a. Comparar a evolução da doença de acordo com a idade, gênero, estadiamento ao diagnóstico, resposta à sexta semana de tratamento e grau de certeza diagnóstica. Material e métodos: Análise retrospectiva dos dados referentes a 37 crianças com HCL acompanhadas no Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Minas Gerais no período de 1988 a 2008. Os dados foram obtidos a partir da revisão dos prontuários e das amostras de biópsias dos pacientes sem diagnóstico definitivo prévio. O diagnóstico definitivo foi realizado com base na positividade para o antígeno de superfície CD1a à imuno-histoquímica ou na presença de grânulos de Birbeck nos histiócitos à microscopia eletrônica. Resultados: Antes do estudo, 13 (35,1%) dos 37 pacientes apresentavam diagnóstico definitivo, isto é, o grau máximo de certeza diagnóstica. Doze (50%) dos 24 pacientes sem diagnóstico definitivo tiveram material de biópsia localizado e revisado. Todos os casos revisados foram positivos para o antígeno CD1a. Ao término do estudo foi possível o diagnóstico definitivo em 25 dos 37 pacientes (67,5%). O tempo de seguimento dos pacientes variou de 1 mês a 20,9 anos (mediana de 6,2 anos). A idade ao diagnóstico variou de 1 mês a 16,9 anos (mediana de 2,4 anos). Dezessete crianças eram do gênero masculino (45,9%). As manifestações clínicas mais comuns ao diagnóstico foram lesões osteolíticas (67,6%). Dezenove pacientes apresentavam doença multissistêmica (51%). A sobrevida global (SGLO) para todo o grupo foi de 88,5% (IC 95% 72,1 a 95,5%). Todos os óbitos ocorreram em pacientes com doença multissistêmica e disfunção de órgãos ao diagnóstico. A SGLO foi significativamente maior para os pacientes com resposta melhor à sexta semana de tratamento, em comparação aos sem resposta. A sobrevida global foi significativamente maior para os pacientes com doença unissistêmica. A probabilidade de sobrevida livre de eventos (SLE) para todo o grupo foi de 32,5% (IC 95% 17,9 a 48,1%) aos 10 anos, sendo significativamente maior para os pacientes com resposta melhor à sexta semana de tratamento e para os pacientes com idade maior ou igual a três anos. Não houve diferença na SGLO e SLE quando comparados os pacientes com diagnóstico definitivo com os demais. Episódios de reativação ocorreram em 75% dos pacientes com doença multissistêmica. A sequela mais comum foi o diabetes insipidus, ocorrendo em 21,6% dos pacientes. Conclusões: O estudo aumentou o grau de certeza diagnóstica, com a maioria dos pacientes apresentando diagnóstico definitivo após sua realização. As estimativas de sobrevida global e de sobrevida livre de eventos foram semelhantes aos de estudos multicêntricos internacionais. Os principais fatores de mau prognóstico com relação à sobrevida global foram doença multissistêmica e ausência de resposta à sexta semana de tratamento. A frequência de reativações para os pacientes com doença ultissistêmica foi maior que a descrita pela literatura. 2009-06-17 info:eu-repo/semantics/publishedVersion info:eu-repo/semantics/masterThesis http://hdl.handle.net/1843/ECJS-7W6MTR por info:eu-repo/semantics/openAccess text/html Universidade Federal de Minas Gerais 32001010035P9 - MEDICINA (PEDIATRIA) UFMG BR reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFMG instname:Universidade Federal de Minas Gerais instacron:UFMG |