Avaliação da dosagem sérica do ácido hialurônico e do colágeno IV como marcadores de fibrose hepática em pacientes de área endêmica de esquistossomose mansônica no estado da Bahia

=== Noninvasive markers have been used to predict the presence and degree of liver fibrosis in chronic viral hepatitis, cirrhosis and schistosomiasis. This study was designed to compare serum levels of hyaluronic acid (HA) and collagen IV (C-IV) to ultrasonographic diagnosis of liver fibrosis. 411...

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Bibliographic Details
Main Author: Carolina Coimbra Marinho
Other Authors: Jose Roberto Lambertucci
Format: Others
Language:Portuguese
Published: Universidade Federal de Minas Gerais 2009
Online Access:http://hdl.handle.net/1843/ECJS-7TDG82
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description === Noninvasive markers have been used to predict the presence and degree of liver fibrosis in chronic viral hepatitis, cirrhosis and schistosomiasis. This study was designed to compare serum levels of hyaluronic acid (HA) and collagen IV (C-IV) to ultrasonographic diagnosis of liver fibrosis. 411 subjects from a highly endemic area for schistosomiasis in the Bahia state, in Brazil, have been submitted to clinical and ultrasound (US) examinations. Subjects younger than 18 and those with an ultrasound diagnosis of cirrhosis were not eligible. Seventy nine subjects were selected for evaluation of fibrosis markers. S. mansoni ova were sought in the stools using the Kato-Katz technique. Serum samples obtained from all participants were stored at -20ºC. All patients were tested for viral hepatitis B and C. HA and C-IV serum levels were measured by an ELISA technique (Echelon Biosciences Inc., Salt Lake City, USA). US examination was performed in all patients using the GE Logic 100 (GE Healthcare, Chalfont St. Giles, UK), equipment with a 3.5 MHz convex transducer. Definition of presence and grade of fibrosis were based on WHO patterns for US and on the examiners subjective evaluation of the fibrosis. Patients were separated according to WHO patterns in four groups: no fibrosis (A), light fibrosis (C, D, Dc), moderate fibrosis (E, Ec) or intense fibrosis (F). Fibrosis was defined by subjective evaluation as absent, light, moderate or intense. Comparison of serum levels between groups of fibrosis were conducted through the analysis of variances (ANOVA). Test accuracy was evaluated through the Receiver Operator Characteristic (ROC) curve analysis. Independent predictors of HA concentration were determined by multiple regression modeling. 6 patients had intense liver fibrosis on ultrasound examination, 21 had moderate and 23 had light fibrosis; 29 individuals did not have fibrosis. HA levels reached statistically significant difference between subjects with and without fibrosis (p=0.000), and between those with light and intense fibrosis (p=0.029). Highest levels were detected in the intense fibrosis group. The area under the ROC curve (AUC) was 0.89 (0.82 -0.97) for liver fibrosis. Values above 115.4 ng/ml disclosed patients with fibrosis [sensitivity (Se): 98%; specificity (Sp): 64%]. Independent predictors of HA concentration were intensity of fibrosis on subjective evaluation, age and collateral circulation. There was no difference in C-IV values between study groups. Serum HA was useful in diagnosing patients with liver fibrosis in endemic areas for schistosomiasis mansoni with high diagnostic accuracy. === Marcadores bioquímicos de fibrose têm sido utilizados para predizer a presença e o grau de fibrose hepática em pacientes com hepatites virais crônicas, cirrose e esquistossomose. Neste estudo, comparam-se as dosagens séricas de ácido hialurônico (AH) e colágeno IV (C-IV) com o diagnóstico da presença e grau de fibrose dado pelo ultra-som (US). Quatrocentos e onze voluntários residentes em uma área de alta endemicidade no estado da Bahia foram avaliados pelo exame físico e US. Pacientes com imagem ultra-sonográfica de cirrose, e menores de 18 anos foram excluídos. Setenta e nove indivíduos foram selecionados para a dosagem dos marcadores. O diagnóstico parasitológico foi dado pelo exame de fezes (Kato-Katz). Amostras de soro foram obtidas de todos os participantes e armazenadas a -20ºC. Todos foram testados para hepatites virais B e C. O AH e o C-IV foram dosados pela técnica ELISA (Echelon Biosciences Inc., Salt Lake City, USA). O US foi realizado em todos os pacientes com o equipamento GE Logic 100 (GE Healthcare, Chalfont St. Giles, Reino Unido), com transdutor convexo de 3,5 MHz. A definição da presença e grau de fibrose foi dada pela comparação com as pranchas esquemáticas da OMS e pela avaliação subjetiva do examinador. Os pacientes foram divididos em quatro grupos de acordo com a classificação pela OMS: fibrose ausente (A), leve (C, D, Dc), moderada (E, Ec) ou intensa (F). A avaliação subjetiva definiu a fibrose como ausente, leve, moderada e intensa. Para a comparação das concentrações dos marcadores entre os grupos de acordo com os padrões da OMS utilizou-se o método ANOVA. A acurácia do teste foi avaliada pela análise da curva ROC. As variáveis explicativas da concentração do AH foram identificadas pela análise multivariada. Seis pacientes apresentaram fibrose intensa ao US, 21 tiveram fibrose moderada e 23 fibrose leve. Vinte e nove pacientes não tinham fibrose ao US. A concentração do AH apresentou diferença significativa entre os indivíduos sem fibrose e aqueles com fibrose de qualquer grau (p = 0,000), e entre os pacientes com fibrose leve e intensa (p = 0,029). Os níveis mais elevados foram encontrados no grupo com fibrose intensa. A área sob a curva ROC (AUC) para o AH, de acordo com os padrões da OMS, foi 0,89 (0,82-0,97) para o diagnóstico de fibrose. Valores acima de 115,4 ng/ml identificam pacientes com fibrose [sensibilidade (S): 98%; especificidade (Es): 64%]. As variáveis relacionadas ao aumento do AH foram: idade, o grau de fibrose pela avaliação subjetiva e a presença de colaterais. Não houve diferença entre os grupos para o C-IV. O AH mostrou-se útil na identificação de pacientes com fibrose hepática esquistossomótica em áreas endêmicas.
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Seventy nine subjects were selected for evaluation of fibrosis markers. S. mansoni ova were sought in the stools using the Kato-Katz technique. Serum samples obtained from all participants were stored at -20ºC. All patients were tested for viral hepatitis B and C. HA and C-IV serum levels were measured by an ELISA technique (Echelon Biosciences Inc., Salt Lake City, USA). US examination was performed in all patients using the GE Logic 100 (GE Healthcare, Chalfont St. Giles, UK), equipment with a 3.5 MHz convex transducer. Definition of presence and grade of fibrosis were based on WHO patterns for US and on the examiners subjective evaluation of the fibrosis. Patients were separated according to WHO patterns in four groups: no fibrosis (A), light fibrosis (C, D, Dc), moderate fibrosis (E, Ec) or intense fibrosis (F). Fibrosis was defined by subjective evaluation as absent, light, moderate or intense. Comparison of serum levels between groups of fibrosis were conducted through the analysis of variances (ANOVA). Test accuracy was evaluated through the Receiver Operator Characteristic (ROC) curve analysis. Independent predictors of HA concentration were determined by multiple regression modeling. 6 patients had intense liver fibrosis on ultrasound examination, 21 had moderate and 23 had light fibrosis; 29 individuals did not have fibrosis. HA levels reached statistically significant difference between subjects with and without fibrosis (p=0.000), and between those with light and intense fibrosis (p=0.029). Highest levels were detected in the intense fibrosis group. The area under the ROC curve (AUC) was 0.89 (0.82 -0.97) for liver fibrosis. Values above 115.4 ng/ml disclosed patients with fibrosis [sensitivity (Se): 98%; specificity (Sp): 64%]. Independent predictors of HA concentration were intensity of fibrosis on subjective evaluation, age and collateral circulation. There was no difference in C-IV values between study groups. Serum HA was useful in diagnosing patients with liver fibrosis in endemic areas for schistosomiasis mansoni with high diagnostic accuracy. Marcadores bioquímicos de fibrose têm sido utilizados para predizer a presença e o grau de fibrose hepática em pacientes com hepatites virais crônicas, cirrose e esquistossomose. Neste estudo, comparam-se as dosagens séricas de ácido hialurônico (AH) e colágeno IV (C-IV) com o diagnóstico da presença e grau de fibrose dado pelo ultra-som (US). Quatrocentos e onze voluntários residentes em uma área de alta endemicidade no estado da Bahia foram avaliados pelo exame físico e US. Pacientes com imagem ultra-sonográfica de cirrose, e menores de 18 anos foram excluídos. Setenta e nove indivíduos foram selecionados para a dosagem dos marcadores. O diagnóstico parasitológico foi dado pelo exame de fezes (Kato-Katz). Amostras de soro foram obtidas de todos os participantes e armazenadas a -20ºC. Todos foram testados para hepatites virais B e C. O AH e o C-IV foram dosados pela técnica ELISA (Echelon Biosciences Inc., Salt Lake City, USA). O US foi realizado em todos os pacientes com o equipamento GE Logic 100 (GE Healthcare, Chalfont St. Giles, Reino Unido), com transdutor convexo de 3,5 MHz. A definição da presença e grau de fibrose foi dada pela comparação com as pranchas esquemáticas da OMS e pela avaliação subjetiva do examinador. Os pacientes foram divididos em quatro grupos de acordo com a classificação pela OMS: fibrose ausente (A), leve (C, D, Dc), moderada (E, Ec) ou intensa (F). A avaliação subjetiva definiu a fibrose como ausente, leve, moderada e intensa. Para a comparação das concentrações dos marcadores entre os grupos de acordo com os padrões da OMS utilizou-se o método ANOVA. A acurácia do teste foi avaliada pela análise da curva ROC. As variáveis explicativas da concentração do AH foram identificadas pela análise multivariada. Seis pacientes apresentaram fibrose intensa ao US, 21 tiveram fibrose moderada e 23 fibrose leve. Vinte e nove pacientes não tinham fibrose ao US. A concentração do AH apresentou diferença significativa entre os indivíduos sem fibrose e aqueles com fibrose de qualquer grau (p = 0,000), e entre os pacientes com fibrose leve e intensa (p = 0,029). Os níveis mais elevados foram encontrados no grupo com fibrose intensa. A área sob a curva ROC (AUC) para o AH, de acordo com os padrões da OMS, foi 0,89 (0,82-0,97) para o diagnóstico de fibrose. Valores acima de 115,4 ng/ml identificam pacientes com fibrose [sensibilidade (S): 98%; especificidade (Es): 64%]. As variáveis relacionadas ao aumento do AH foram: idade, o grau de fibrose pela avaliação subjetiva e a presença de colaterais. Não houve diferença entre os grupos para o C-IV. O AH mostrou-se útil na identificação de pacientes com fibrose hepática esquistossomótica em áreas endêmicas. 2009-05-15 info:eu-repo/semantics/publishedVersion info:eu-repo/semantics/doctoralThesis http://hdl.handle.net/1843/ECJS-7TDG82 por info:eu-repo/semantics/openAccess text/html Universidade Federal de Minas Gerais 32001010023P0 - MEDICINA (MEDICINA TROPICAL) UFMG BR reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFMG instname:Universidade Federal de Minas Gerais instacron:UFMG