Prevalência de sibilância em lactentes nas unidades básicas de saúde do município de Belo Horizonte-MG

• Main Author: Silvia de Souza Campos Fernandes
• Other Authors: Maria Jussara Fernandes Fontes
• Format: Others
• Language: Portuguese
• Published: Universidade Federal de Minas Gerais 2009
• Online Access: http://hdl.handle.net/1843/ECJS-7SMMN6

=== The prevalence of recurrent wheezing in early childhood greatly varies in world-wide population. It may be the clinical expression of many lung diseases or not, being asthma one of them, so it is a clinical syndrome. The great variation in prevalence is related to different definitions, study designs and considered age groups. Its evaluation poses a big challenge and it aims at the preventable and educational measures that must be applied. This dissertation was made as two articles. The first one consisted of a systematic review of literature from searches on the databases MEDLINE and LILACS in the period of 1999- 2008, with 163 articles identified and 26 that were selected as expressives. The prevalence of wheezing in children below 5 years varied from 2,8% to 80,3%. These findings were related to environmental and socioeconomic conditions; at countries in development, environmental pollution and respiratory infections at the first year of life were causative factors contrarily to developed countries where the history of allergy and the exposition to furred animals were more frequent. The second article is a cross-sectional survey for evaluating the prevalence of wheezing among 1261 infants from 12 to15 months of age attending at health units of Belo Horizonte, Brazil in the year of 2005. Their parents or legal guardians answered the written questionnaire EISL (Estudio Internacional de Sibilancias en Lactentes). The prevalence of wheezing was 52% and of recurrent wheezing was 28,4% and in this population the search for emergencies was 63,2% and for hospitalizations was 70,1%. So it was confirmed the elevated frequency of recurrent wheezing in Belo Horizonte and the contribution of this entity for emergency department admissions and for hospitalizations, demanding for preventive and educative actions by Public Health. === A prevalência da sibilância em lactentes e pré-escolares varia amplamente na população mundial. Ela pode ser a expressão clínica de várias doenças, pulmonares ou não, sendo a asma uma delas, tratando-se, portanto, de uma síndrome clínica. A ampla variação da prevalência decorre de vários fatores como as diferentes definições, a diversidade de delineamento dos estudos e a faixa etária considerada nos estudos. Sua estimativa representa um grande desafio e ajuda a traçar a dimensão de medidas preventivas e ações educativas a serem estabelecidas. A presente dissertação foi construída sob a forma de dois artigos. O primeiro consiste em uma revisão da literatura nas bases de dados MEDLINE e LILACS, entre os anos de 1999 e 2008, tendo sido localizados 163, dos quais 26 foram selecionados como relevantes. A prevalência de sibilância em crianças abaixo dos cinco anos de idade variou de 2,8 a 80,3%. Esse achado foi relacionado a características ambientais e socioeconômicas; naqueles países em desenvolvimento a poluição ambiental e as infecções respiratórias no primeiro ano de vida foram os fatores predominantes, já nos desenvolvidos a história de alergia e exposição a animais de pêlo mostrou-se mais relevante. O segundo artigo retrata um estudo transversal que determinou a prevalência de sibilância em 1.261 lactentes de 12 a 15 meses de idade procedentes das unidades de saúde de Belo Horizonte-MG, no ano de 2006. Seus pais e/ou responsáveis responderam ao questionário escrito EISL (Estudio Internacional de Sibilancias en Lactantes). A prevalência de sibilância foi de 52% e de sibilância recorrente de 28,4%, sendo que nos sibilantes recorrentes as consultas nos pronto-atendimentos atingiram 63,2% e as hospitalizações ocorreram em 70,1% (p<0,001). Portanto, foi confirmada a elevada freqüência de sibilância recorrente em lactentes na cidade de Belo Horizonte e a sua relevância nos atendimentos de urgência e hospitalizações, o que exige planejamento preventivo e educativo pela saúde pública.