Avaliação através do teste respiratório com 13c ácido octanóico e 13c ácido acético dos efeitos da colecistectomia laparoscópica sobre o esvaziamento gástrico de sólidos e semi sólidos em portadores de colecistolitíase associada a sintomas dispépticos.

• Main Author: Maria Cristina Vignolo Silva
• Other Authors: Paulo Roberto Savassi Rocha
• Format: Others
• Language: Portuguese
• Published: Universidade Federal de Minas Gerais 2003
• Online Access: http://hdl.handle.net/1843/ECJS-74AR2E

=== Existe controvérsia tanto entre os cirurgiões quanto entre os gastroenterologistas se a colecistectomia interfere no tempo de esvaziamento gástrico e no desaparecimento dos sintomas dispépticos de pacientes portadores de colecistolitíase. Neste estudo foram realizados testes respiratórios para medida dos tempos de esvaziamento gástrico de sólidos e semi-sólidos, de pacientes dispépticos e portadores de colecistolitíase, antes e seis meses após a colecistectomia. Como forma de validação dos testes respiratórios com 13C-ácido octanoico e 13C-ácido acético no esvaziamento de sólidos e semisólidos foram, inicialmente, determinadas as curvas de esvaziamento gástrico obtidas, entre nos, em voluntários sadios (n = 14) e dispépticos sem colecistolitíase (n = 10). Para determinação da reprodutibilidade dos procedimentos os exames foram repetidos em intervalo de 7 a 10 dias em 5 indivíduos para cada teste Após preencherem os critérios para inclusão no estudo, foram selecionados, de forma prospectiva, 29 pacientes portadores de colecistolitíase e dispepsia. Foram avaliados os tempos de esvaziamento gástrico de sólidos e semi-sólidos (no pré-operatório e seis meses após a colecistectomia laparoscópica) por meio dos testes respiratórios com 13C-ácido octanóico e 13Cácido acético, respectivamente. As amostras foram analisadas por meio de espectrometria por infravermelho. Foram determinados a fase de retenção gástrica ou fase lag e o tempo de meio esvaziamento gástrico de sólidos e semisólidos e comparados, no mesmo paciente, antes e depois da operação. Foi ainda avaliado o efeito da operação sobre os sintomas dispépticos. Ficou demostrado que não existe diferença significativa (p > 0,05) entre as medidas da fase lag e do tempo de meio esvaziamento gástrico, antes e depois da colecistectomia, tanto para sólidos quanto para semi-sólidos. A colecistectomia melhorou os sintomas dispépticos em 86,2 % dos pacientes do estudo. Concluímos que o tempo de esvaziamento gástrico de sólidos e semi-sólidos não se altera de forma significativa antes e depois da colecistectomia.