Fatores preditivos clínicos e laboratoriais de varizes esofágicas em crianças e adolescente com síndrome de hipertensão porta.

=== The objective of this study is to determine the clinical and laboratory parameters that could help predict the presence of esophageal varices in children and adolescents with portal hypertension syndrome. All 111 children and adolescents with portal hypertension syndrome without previous histor...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Eleonora Druve Tavares Fagundes
Other Authors: Francisco Jose Penna
Format: Others
Language:Portuguese
Published: Universidade Federal de Minas Gerais 2006
Online Access:http://hdl.handle.net/1843/ECJS-72ENFQ
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description === The objective of this study is to determine the clinical and laboratory parameters that could help predict the presence of esophageal varices in children and adolescents with portal hypertension syndrome. All 111 children and adolescents with portal hypertension syndrome without previous history of upper gastrointestinal bleeds admitted to the Outpatient Pediatric Hepatology Service of the Pediatric Gastroenterology Department at Hospital das Clínicas da UFMG, between January 1998 and December 2005, were included in the study. The majority of patients were male (52.3%). Age at study entry varied from one month to 17 years, with a median of 3.7 years. Twelve patients had portal vein thrombosis (10.8%), 14 had congenital hepatic fibrosis (12.6%) and 85 (76.6%) showed cirrhosis in the liver biopsy, most frequently due to biliary atresia. Every patient underwent upper endoscopy for investigation of esophageal varices. Sixty percent of the patients showed varices at the first endoscopy: large in 15.3% and medium-sized in 13.5% of the 111 patients. All the patients with portal vein thrombosis showed varices at the first endoscopy. The prevalence of esophageal varices at first endoscopy was 78.6% amongst patients with congenital hepatic fibrosis and 52% amongst cirrhotics. The risk factors for varices were determined as: gender, age, baseline diagnosis, Child-Pugh class (for cirrhosis patients), ascitis, encephalopathy, splenomegaly, platelet count, serum aminotransferases, albumin, total bilirubin and prothrombin activity. In order to identify the independent variables associated with the presence of esophageal varices we initially used univariate analysis, followed by logistic regression. After multivariate analysis we calculated sensitivity, specificity, positive and negative predictive values, and accuracy of the predictive variables identified amongst the cirrhotic patients, using the upper endoscopy as the reference test. Multivariate analysis of the 111 patients showed splenomegaly (OR=7,68), thrombocytopenia (OR=2,5), portal vein thrombosis, and congenital hepatic fibrosis as causes of portal hypertension (OR=6,15) to be predictive of esophageal varices. When we used the same statistical procedures for the 85 cirrhotic patients, splenomegaly and hypoalbuminemia remained as significant predictors of the development of varices. From all the predictive factors studied only splenomegaly showed high sensibility (97.7%) and negative predictive values (91.7%), adequate for screening for esophageal varices amongst cirrhotic patients. We concluded that endoscopic screening should be performed in all portal vein thrombosis and congenital hepatic fibrosis patients due to the high prevalence of varices in these two groups. Cirrhotic patients who develop splenomegaly should also undergo upper endoscopy. === O objetivo deste trabalho é determinar os fatores preditivos clínicos e laboratoriais que possam sugerir a presença de varizes esofágicas em crianças e adolescentes com síndrome de hipertensão porta. Todas as 111 crianças e adolescentes com síndrome de hipertensão porta sem história anterior de hemorragia digestiva, admitidos no Ambulatório de Hepatologia Pediátrica do Serviço de Gastroenterologia Pediátrica do Hospital das Clínicas da UFMG, entre janeiro de 1998 e dezembro de 2005, foram incluídos no estudo. A maioria dos pacientes era do sexo masculino (52,3%), com idade à admissão variando de um mês a 17 anos, com mediana de 3,7 anos. Doze pacientes (10,8%) tinham trombose de veia porta, 14 (12,6%) tinham fibrose hepática congênita e 85 (76,6%) tinham cirrose à biópsia, sendo a atresia biliar, a mais freqüente. Todos as crianças e adolescentes foram submetidos à endoscopia digestiva para pesquisa de varizes esofágicas. Sessenta por cento dos pacientes apresentavam varizes esofágicas na primeira endoscopia digestiva, sendo de grosso calibre em 15,3% e de médio calibre, em 13,5% do total de 111 pacientes. Todos os pacientes com trombose de veia porta apresentavam varizes esofágicas na primeira endoscopia. A prevalência de varizes esofágicas no primeiro exame endoscópico foi de 78,6% entre os pacientes com fibrose hepática congênita e de 52% entre os cirróticos. Os fatores de risco para a presença de varizes esofágicas pesquisados foram gênero, idade, doença de base, classificação de Child-Pugh (para os cirróticos), presença de ascite, encefalopatia, esplenomegalia, contagem de plaquetas, dosagem sérica de aminotransferases, albumina, bilirrubina total e atividade de protrombina. Foi realizada inicialmente a análise univariada, seguida da análise de regressão logística para identificar as variáveis independentes associadas com a presença de varizes. Após a análise multivariada, foram calculados os índices de sensibilidade, especificidade, valor preditivo positivo, valor preditivo negativo e acurácia das variáveis identificadas entre os cirróticos, tendo a endoscopia digestiva como teste de referência. Entre as 111 crianças e adolescentes com síndrome de hipertensão porta, foram preditivos da presença de varizes esofágicas, após análise multivariada: a esplenomegalia (OR=7,68), a plaquetopenia (OR=2,5) e a trombose de veia porta e a fibrose hepática congênita, como causas de hipertensão porta (OR=6,15). Quando realizado o mesmo procedimento estatístico entre os 85 cirróticos, a esplenomegalia (OR=14,62) e a hipoalbuminemia (OR=4,17) permaneceram como indicadores significativos de varizes esofágicas. Dos fatores preditivos estudados apenas a esplenomegalia demonstrou índices de sensibilidade (97,7%) e valor preditivo negativo (91,7%) adequados para teste de triagem de varizes esofágicas entre os cirróticos. Concluindo, a triagem endoscópica de varizes esofágicas deve ser realizada em todos os pacientes com trombose de veia porta e fibrose hepática congênita devido à sua alta prevalência. Entre os cirróticos, a indicação de endoscopia digestiva alta deverá ser feita após o aparecimento de esplenomegalia.
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Age at study entry varied from one month to 17 years, with a median of 3.7 years. Twelve patients had portal vein thrombosis (10.8%), 14 had congenital hepatic fibrosis (12.6%) and 85 (76.6%) showed cirrhosis in the liver biopsy, most frequently due to biliary atresia. Every patient underwent upper endoscopy for investigation of esophageal varices. Sixty percent of the patients showed varices at the first endoscopy: large in 15.3% and medium-sized in 13.5% of the 111 patients. All the patients with portal vein thrombosis showed varices at the first endoscopy. The prevalence of esophageal varices at first endoscopy was 78.6% amongst patients with congenital hepatic fibrosis and 52% amongst cirrhotics. The risk factors for varices were determined as: gender, age, baseline diagnosis, Child-Pugh class (for cirrhosis patients), ascitis, encephalopathy, splenomegaly, platelet count, serum aminotransferases, albumin, total bilirubin and prothrombin activity. In order to identify the independent variables associated with the presence of esophageal varices we initially used univariate analysis, followed by logistic regression. After multivariate analysis we calculated sensitivity, specificity, positive and negative predictive values, and accuracy of the predictive variables identified amongst the cirrhotic patients, using the upper endoscopy as the reference test. Multivariate analysis of the 111 patients showed splenomegaly (OR=7,68), thrombocytopenia (OR=2,5), portal vein thrombosis, and congenital hepatic fibrosis as causes of portal hypertension (OR=6,15) to be predictive of esophageal varices. When we used the same statistical procedures for the 85 cirrhotic patients, splenomegaly and hypoalbuminemia remained as significant predictors of the development of varices. From all the predictive factors studied only splenomegaly showed high sensibility (97.7%) and negative predictive values (91.7%), adequate for screening for esophageal varices amongst cirrhotic patients. We concluded that endoscopic screening should be performed in all portal vein thrombosis and congenital hepatic fibrosis patients due to the high prevalence of varices in these two groups. Cirrhotic patients who develop splenomegaly should also undergo upper endoscopy. O objetivo deste trabalho é determinar os fatores preditivos clínicos e laboratoriais que possam sugerir a presença de varizes esofágicas em crianças e adolescentes com síndrome de hipertensão porta. Todas as 111 crianças e adolescentes com síndrome de hipertensão porta sem história anterior de hemorragia digestiva, admitidos no Ambulatório de Hepatologia Pediátrica do Serviço de Gastroenterologia Pediátrica do Hospital das Clínicas da UFMG, entre janeiro de 1998 e dezembro de 2005, foram incluídos no estudo. A maioria dos pacientes era do sexo masculino (52,3%), com idade à admissão variando de um mês a 17 anos, com mediana de 3,7 anos. Doze pacientes (10,8%) tinham trombose de veia porta, 14 (12,6%) tinham fibrose hepática congênita e 85 (76,6%) tinham cirrose à biópsia, sendo a atresia biliar, a mais freqüente. Todos as crianças e adolescentes foram submetidos à endoscopia digestiva para pesquisa de varizes esofágicas. Sessenta por cento dos pacientes apresentavam varizes esofágicas na primeira endoscopia digestiva, sendo de grosso calibre em 15,3% e de médio calibre, em 13,5% do total de 111 pacientes. Todos os pacientes com trombose de veia porta apresentavam varizes esofágicas na primeira endoscopia. A prevalência de varizes esofágicas no primeiro exame endoscópico foi de 78,6% entre os pacientes com fibrose hepática congênita e de 52% entre os cirróticos. Os fatores de risco para a presença de varizes esofágicas pesquisados foram gênero, idade, doença de base, classificação de Child-Pugh (para os cirróticos), presença de ascite, encefalopatia, esplenomegalia, contagem de plaquetas, dosagem sérica de aminotransferases, albumina, bilirrubina total e atividade de protrombina. Foi realizada inicialmente a análise univariada, seguida da análise de regressão logística para identificar as variáveis independentes associadas com a presença de varizes. Após a análise multivariada, foram calculados os índices de sensibilidade, especificidade, valor preditivo positivo, valor preditivo negativo e acurácia das variáveis identificadas entre os cirróticos, tendo a endoscopia digestiva como teste de referência. Entre as 111 crianças e adolescentes com síndrome de hipertensão porta, foram preditivos da presença de varizes esofágicas, após análise multivariada: a esplenomegalia (OR=7,68), a plaquetopenia (OR=2,5) e a trombose de veia porta e a fibrose hepática congênita, como causas de hipertensão porta (OR=6,15). Quando realizado o mesmo procedimento estatístico entre os 85 cirróticos, a esplenomegalia (OR=14,62) e a hipoalbuminemia (OR=4,17) permaneceram como indicadores significativos de varizes esofágicas. Dos fatores preditivos estudados apenas a esplenomegalia demonstrou índices de sensibilidade (97,7%) e valor preditivo negativo (91,7%) adequados para teste de triagem de varizes esofágicas entre os cirróticos. Concluindo, a triagem endoscópica de varizes esofágicas deve ser realizada em todos os pacientes com trombose de veia porta e fibrose hepática congênita devido à sua alta prevalência. 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