Eventos associados à ocorrência de hipertensão intracraniana em pacientes pediátricos com traumatismo crânio-encefálico grave e monitoração da pressão intracraniana
=== Objective: to determine associated events to intracranial hypertension in pediatric severe traumatic brain injury with intracranial pressure monitoring. Methods: cohort of patients with blunt head trauma, scored less than nine in Glasgow Coma Scale and submitted to intracranial pressure monitor...
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Universidade Federal de Minas Gerais
2014
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=== Objective: to determine associated events to intracranial hypertension in pediatric severe traumatic brain injury with intracranial pressure monitoring. Methods: cohort of patients with blunt head trauma, scored less than nine in Glasgow Coma Scale and submitted to intracranial pressure monitoring, admitted in intensive care unit of João XXIII Hospital, between 2005 and 2014. Excluded those with gunshot wounds and with previous neurologic disease. Intracranial hypertension was defined like an episode of intracranial pressure above 20mmHg that required treatment. Results: 198 patients, 139 males (70,2%), between three months and eighteen years, old median 9. Ninety percent of the cases were secondary to traffic accidents. Intracranial hypertension was present in 135 patients (68,2%). The maximum ICP was, mean 36,3mmHg (median, 34mmHg). One hundred thirty three patients received analgesia and sedation for ICH (97,8%), 108, neuromuscular paralysis (79,4%), seven, cerebrospinal fluid drainage (5,2%), 105, mannitol (77,2%), 96, hyperventilation (70,6%), 64, hypertonic saline (47,1%), 20, barbiturates (14,7%), 43, decompressive craniectomy (31,9%). There was 4,9% of infectious and 4,9% of hemorrhage complications secondary to the monitoring; but no one required surgery for a device related hematoma. The odds ratio for ICH for patients with Marshall III Classification was 14 (IC95 2,8-113; p<0,003) and for Marshall IV, 24,9 (IC95 2,35-676; p<0,18). There was 27,9% of deaths in group of patients with ICH and 9,7% in group without ICH (p=0,007). The global mortality was 22,2% (44 patients). Conclusions: pediatric patients with severe traumatic head injury and tomographic Marshall Classification III and IV had high odds to develop intracranial hypertension (ICH). Intracranial hypertension was associated to unfavorable outcome. The complications of intracranial pressure monitoring were infrequent and were not severe events. === Objetivo: Determinar eventos associados à ocorrência de hipertensão intracraniana em crianças e adolescentes vítimas de traumatismo crânio-encefálico grave com monitoração da pressão intracraniana. Métodos: coorte de pacientes com TCE contuso, pontuação abaixo de nove e monitoração da pressão intracraniana (PIC) admitidos na UTI Pediátrica do HJXXIII entre 2005 e 2014. Excluídos vítimas de lesões por arma de fogo e portadores de doença neurológica prévia. Hipertensão intracraniana definida como episódio de PIC acima de 20mmHg com necessidade de tratamento. Resultados: Incluídos 198 crianças e adolescentes, 139 masculinos (70,2%), com idade entre três meses e 18 anos, mediana nove anos. As lesões causadas por meios de transporte foram responsáveis por mais de 90% dos casos. Hipertensão intracraniana com necessidade de tratamento ocorreu em 135 pacientes (68,2%). O valor máximo de PIC foi, em média, de 36,3mmHg (mediana, 34mmHg). Centro e trinta e três pacientes receberam sedação e analgesia para tratamento da HIC (97,8%), 108, bloqueadores neuromusculares (79,4%), sete, drenagem de líquor (5,2%), 105, manitol (77,2%), 96, hiperventilação (70,6%), 64, solução salina a 3% (47,1%), 20, barbitúricos (14,7%), 43, craniectomia descompressiva (31,9%). Nove pacientes (4,9%) desenvolveram hemorragia secundária à instalação do dispositivo para monitoração da PIC; nenhum destes com necessidade de intervenção cirúrgica. A razão de chance para que pacientes com classificação tomográfica Marshall III apresentassem HIC foi 14 (IC95 2,8-113; p<0,003) e para aqueles com Marshall IV foi 24,9 (IC95 2,35-676; p<0,18). Morreram 27,9% dos pacientes com HIC e 9,7% daqueles sem HIC (p=0,007). A mortalidade total do grupo com TCE foi de 22,2% (44 pacientes). Conclusões: Pacientes pediátricos com TCE grave e alterações tomográficas tipo Marshall III e IV apresentaram grande chance de desenvolver HIC com necessidade de tratamento. A ocorrência de HIC esteve associada a desfecho desfavorável. As complicações da monitoração da PIC foram infrequentes e não representaram eventos graves. |
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ndltd-IBICT-oai-bibliotecadigital.ufmg.br-MTD2BR-BUOS-9R7GHS2019-01-21T18:10:22Z Eventos associados à ocorrência de hipertensão intracraniana em pacientes pediátricos com traumatismo crânio-encefálico grave e monitoração da pressão intracraniana Sergio Diniz Guerra Alexandre Rodrigues Ferreira Fabiana Maria Kakehasi Alexandre Varella Giannetti Henrique de Assis Fonseca Tonelli Antonio Tarcisio de Oliveira Lemos Objective: to determine associated events to intracranial hypertension in pediatric severe traumatic brain injury with intracranial pressure monitoring. Methods: cohort of patients with blunt head trauma, scored less than nine in Glasgow Coma Scale and submitted to intracranial pressure monitoring, admitted in intensive care unit of João XXIII Hospital, between 2005 and 2014. Excluded those with gunshot wounds and with previous neurologic disease. Intracranial hypertension was defined like an episode of intracranial pressure above 20mmHg that required treatment. Results: 198 patients, 139 males (70,2%), between three months and eighteen years, old median 9. Ninety percent of the cases were secondary to traffic accidents. Intracranial hypertension was present in 135 patients (68,2%). The maximum ICP was, mean 36,3mmHg (median, 34mmHg). One hundred thirty three patients received analgesia and sedation for ICH (97,8%), 108, neuromuscular paralysis (79,4%), seven, cerebrospinal fluid drainage (5,2%), 105, mannitol (77,2%), 96, hyperventilation (70,6%), 64, hypertonic saline (47,1%), 20, barbiturates (14,7%), 43, decompressive craniectomy (31,9%). There was 4,9% of infectious and 4,9% of hemorrhage complications secondary to the monitoring; but no one required surgery for a device related hematoma. The odds ratio for ICH for patients with Marshall III Classification was 14 (IC95 2,8-113; p<0,003) and for Marshall IV, 24,9 (IC95 2,35-676; p<0,18). There was 27,9% of deaths in group of patients with ICH and 9,7% in group without ICH (p=0,007). The global mortality was 22,2% (44 patients). Conclusions: pediatric patients with severe traumatic head injury and tomographic Marshall Classification III and IV had high odds to develop intracranial hypertension (ICH). Intracranial hypertension was associated to unfavorable outcome. The complications of intracranial pressure monitoring were infrequent and were not severe events. Objetivo: Determinar eventos associados à ocorrência de hipertensão intracraniana em crianças e adolescentes vítimas de traumatismo crânio-encefálico grave com monitoração da pressão intracraniana. Métodos: coorte de pacientes com TCE contuso, pontuação abaixo de nove e monitoração da pressão intracraniana (PIC) admitidos na UTI Pediátrica do HJXXIII entre 2005 e 2014. Excluídos vítimas de lesões por arma de fogo e portadores de doença neurológica prévia. Hipertensão intracraniana definida como episódio de PIC acima de 20mmHg com necessidade de tratamento. Resultados: Incluídos 198 crianças e adolescentes, 139 masculinos (70,2%), com idade entre três meses e 18 anos, mediana nove anos. As lesões causadas por meios de transporte foram responsáveis por mais de 90% dos casos. Hipertensão intracraniana com necessidade de tratamento ocorreu em 135 pacientes (68,2%). O valor máximo de PIC foi, em média, de 36,3mmHg (mediana, 34mmHg). Centro e trinta e três pacientes receberam sedação e analgesia para tratamento da HIC (97,8%), 108, bloqueadores neuromusculares (79,4%), sete, drenagem de líquor (5,2%), 105, manitol (77,2%), 96, hiperventilação (70,6%), 64, solução salina a 3% (47,1%), 20, barbitúricos (14,7%), 43, craniectomia descompressiva (31,9%). Nove pacientes (4,9%) desenvolveram hemorragia secundária à instalação do dispositivo para monitoração da PIC; nenhum destes com necessidade de intervenção cirúrgica. A razão de chance para que pacientes com classificação tomográfica Marshall III apresentassem HIC foi 14 (IC95 2,8-113; p<0,003) e para aqueles com Marshall IV foi 24,9 (IC95 2,35-676; p<0,18). Morreram 27,9% dos pacientes com HIC e 9,7% daqueles sem HIC (p=0,007). A mortalidade total do grupo com TCE foi de 22,2% (44 pacientes). Conclusões: Pacientes pediátricos com TCE grave e alterações tomográficas tipo Marshall III e IV apresentaram grande chance de desenvolver HIC com necessidade de tratamento. A ocorrência de HIC esteve associada a desfecho desfavorável. As complicações da monitoração da PIC foram infrequentes e não representaram eventos graves. 2014-06-27 info:eu-repo/semantics/publishedVersion info:eu-repo/semantics/doctoralThesis http://hdl.handle.net/1843/BUOS-9R7GHS por info:eu-repo/semantics/openAccess text/html Universidade Federal de Minas Gerais 32001010035P9 - MEDICINA (PEDIATRIA) UFMG BR reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFMG instname:Universidade Federal de Minas Gerais instacron:UFMG |