Investigação dos processos neuroinflamatórios em um modelo murino de encefalopatia hepática por falência hepática aguda

=== Hepatic encephalopathy (HE) is a neuropsychiatric syndrome that results from acute liver failure (ALF) and one of its major complications. HE emergence implies an increase in the severity and risk of death in these patients. In its pathophysiological process, HE develops in consequence of hyper...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Bruno Engler Faleiros
Other Authors: Antonio Lucio Teixeira Junior
Format: Others
Language:Portuguese
Published: Universidade Federal de Minas Gerais 2013
Online Access:http://hdl.handle.net/1843/BUOS-98DG8F
Description
Summary:=== Hepatic encephalopathy (HE) is a neuropsychiatric syndrome that results from acute liver failure (ALF) and one of its major complications. HE emergence implies an increase in the severity and risk of death in these patients. In its pathophysiological process, HE develops in consequence of hyperammonemia in the brain and a neuroinflammatory response with increased proinflammatory cytokines and oxidative and nitrosative stress. The understanding of neuroinflammation in this scenario is important to expand the clinical spectrum of therapeutic intervention in HE and improve survival in ALF. Therefore, the objective of this study was to elucidate the cellular profile involvement and inflammatory response in the brain of mice with HE induced by thioacetamide, a hepatotoxic drug. The locomotor activity was used as a parameter to evaluate clinical presentation and severity of symptoms in the experimental models of this study. We observed that in 24, 36 and 48 hours post-induction of HE, there was significant reduction in the movement of these animals. Furthermore, in 24 hours, this reduction was more relevant compared to the control group. In parallel with this early and intense symptomatic scenario, we also noticed an increase in the level of brain proinflammatory cytokine IL-1 and chemokines CXCL1/KC, CCL2/MCP-1, CCL3/MIP-1 and CCL5/RANTES. Moreover, there was also a higher gradient of cytokine TNF- in the brain when compared to blood, and a diminished activity of antioxidant enzymes SOD, GSH-Px and catalase. By investigating the cellular participation in this process, we observed no leukocyte infiltration or activation of microglia, resident myeloid cells in the central nervous system, although there was evidence of involvement of astrocytes, the target cell in the process. Thus, we describe in a moment early in the development of HE, a neuroinflammatory process that is probably related to astrocyte, wherein the oxidative stress and the production of cytokines and chemokines in the brain may contribute to the intensity of symptoms. Further studies are needed to elucidate the mechanisms of participation of astrocytes and other cells of HE in addition to investigate the weighted importance of inflammation and oxidative stress in its development. === A encefalopatia hepática (EH) é uma síndrome neuropsiquiátrica que resulta da falência hepática aguda (FHA), sendo uma de suas principais complicações. O seu surgimento implica em aumento da gravidade do quadro e da chance de morte nesses pacientes. Em seu processo fisiopatológico, a EH desenvolve-se por alterações cerebrais induzidas pelo aumento da amônia e resposta neuroinflamatória com aumento de citocinas proinflamatórias e estresse oxidativo/nitrosativo. A compreensão da neuroinflamação nesse cenário é fundamental para ampliar o espectro clínico de intervenção terapêutica na EH e aumentar a sobrevida na FHA. Sendo assim, o objetivo do presente estudo foi de elucidar o envolvimento celular e o perfil de resposta inflamatória no cérebro de camundongos com EH induzida por tioacetamida, uma droga hepatotóxica. A atividade locomotora foi utilizada como parâmetro clínico para avaliar a apresentação e a intensidade de sintomas nos modelos experimentais desse estudo. Observamos que, em 24, 36 e 48 horas pós-indução da EH, houve redução significativa da movimentação desses animais. Além disso, em 24 horas, essa redução foi mais relavante se comparados ao grupo controle. Em paralalo a esse quadro sintomático precoce e intenso, também notamos aumento no nível cerebral da citocina proinflamatória IL-1 e das quimiocinas CXCL1/KC, CCL2/MCP-1, CCL3/MIP-1 e CCL5/RANTES. Além disso, houve maior gradiente cerebral da citocina TNF-, quando comparado ao sangue, e queda na atividade das enzimas antioxidantes SOD, GSH-Px e catalase. Ao investigarmos a participação celular nesse processo, não observamos infiltrado leucocitário ou ativação de micróglia, célula mielóide residente no sistema nervoso central, embora houve evidência de acometimento de astrócitos, célula-alvo nesse processo. Dessa maneira, descrevemos, em um momento precoce no desenvolvimento da EH, um processo neuroinflamatório provavelmente relacionado ao astrócito, em que o estresse oxidativo e a produção de citocinas e quimiocinas cerebrais contribuem para a intensidade dos sintomas. Estudos posteriores serão necessários para elucidar mecanismos da participação do astrócito e de outras células na EH além de investigar a importância ponderada da inflamação e do estresse oxidativo em seu desenvolvimento.