Summary: | === Movements of the upper limb (UL) are required to perform many activities of daily living, including work and leisure activities. Weakness of the UL muscles, which is a common impairment in subjects with stroke, is related to activity limitations and restrictions in social participation. Therefore, strength of the UL muscles is an important outcome to be considered for stroke rehabilitation. One alternative that has been proposed to provide objective measures of strength, which is easy to use and has low cost is the Modified Sphygmomanometer Test (MST). Considering that the measurement properties of the MST have not been investigated for subjects with stroke, the objectives of the present study were: a) to investigate the validity and reliability of the MST for the assessment of strength of the UL muscles in subjects with chronic stroke; b) to verify whether the use of various forms of outcome measures (first trial, the means of two and three trials) affected the values obtained with the MST, as well as their measurement properties when applied in subjects with stroke. Two independent examiners, who were previously trained, evaluated the strength of 11 UL muscular groups bilaterally (shoulder flexors, extensors and abductors; elbow flexors and extensors; wrist flexors and extensors; grip strength and pulp-to-pulp, palmar and lateral pinch strength) of 57 subjects with chronic stroke, with a mean age of 59.09±15.03 years. Examiner-1 assessed the strength of all muscular groups using the MST and the portable dynamometer, whereas examiner-2 assessed the strength using only the MST. The equipment order was randomized for each individual and both examiners 1 and 2 were blinded regarding the obtained values. After one to four weeks, the subjects were re-evaluated with the MST by examiner-1 adopting the same procedures. Pearson correlation coefficients were employed to assess the concurrent criterion-related validity of the MST. Linear regression analyses were performed to identify the model that could better explain the relationships between the measures obtained with both equipments and to provide the estimated regression equations that could be used to predict the strength values, in kgf, from the values obtained with the MST, in mmHg. Intra-class correlation coefficients (ICC) were employed to assess the test-retest and inter-rater reliabilities. One-way ANOVAs were used to compare the results obtained with the MST for each muscular group between the various ways to obtain the scores. For all muscular groups, similar results were found for all forms of outcome measures that were investigated (0.01F0.18; 0.83p0.99) with significant and adequate values of validity (0.61r0.95), test-retest (0.83ICC0.97) and inter-rater (0.79ICC0.97) reliabilities. The linear regression analyses revealed significant estimated regression equations for all muscular groups and, except for pinch strength (0.39r20.54), at least 60% of the variation in the strength values obtained with the dynamometer could be explained by the MST values (0.60r20.86). The MST demonstrated adequate measurement properties to be clinically employed for the assessment of UL strength in subjects with chronic stroke with only one trial, after familiarization. === A movimentação ativa do membro superior é necessária para a realização de muitas atividades de vida diária, laborais e de lazer. A fraqueza muscular nesta região, deficiência comumente observada em indivíduos acometidos pelo Acidente Vascular Encefálico (AVE), apresenta importante contribuição para limitações em atividade e restrições na participação social. Assim, a força muscular de membros superiores (MMSS) é um importante desfecho a ser avaliado nesta população. O Teste do Esfigmomanômetro Modificado (TEM) é uma alternativa em potencial para a avaliação clínica da força muscular de indivíduos acometidos pelo AVE, por ser de fácil utilização, apresentar baixo custo e fornecer medidas objetivas. Entretanto, as propriedades de medida do TEM ainda não foram investigadas para esta população. Portanto, os objetivos deste estudo foram: a) investigar a validade de critério concorrente e a confiabilidade teste-reteste e interexaminadores do TEM para a avaliação da força muscular de MMSS de indivíduos na fase crônica do AVE; b) investigar se o uso de diferentes formas de operacionalização da medida poderia afetar os valores obtidos com o TEM, assim como as suas propriedades de medida. Dois examinadores treinados avaliaram a força muscular de MMSS (flexores e extensores de ombro, cotovelo e punho; abdutores de ombro; preensores palmares; e pinças polpa-a-polpa, trípode e lateral) em 57 indivíduos na fase crônica do AVE, com média de idade de 59,09±15,03 anos. O examinador-1 utilizou o TEM e os dinamômetros portáteis e o examinador-2 apenas o TEM. Os equipamentos foram aleatorizados para cada participante e os examinadores não tiveram acesso às medidas obtidas, pois um terceiro examinador realizou a leitura e o registro dos valores. Após uma a quatro semanas, os participantes foram reavaliados com o TEM pelo examinador-1 com os mesmos procedimentos. Coeficiente de Correlação de Pearson foi utilizado para estabelecer a validade de critério concorrente do TEM e análises de regressão linear simples foram realizadas para determinar o quanto a variação das medidas obtidas com o dinamômetro poderia ser explicada pelas medidas obtidas com o TEM, com determinação da equação de relação entre essas variáveis para cada grupo muscular avaliado. Coeficientes de Correlação Intraclasse (CCI) foram utilizados para avaliar as confiabilidades teste-reteste e interexaminadores. One-way ANOVA foi utilizada para comparar os valores de força muscular obtidos com o TEM entre as diferentes formas de operacionalização da medida. Para todos os grupos musculares e para todas as formas de operacionalização foram encontrados resultados significativos e adequados para a validade (0,61r0,95) e a confiabilidade teste-reteste (0,83CCI0,97) e interexaminadores (0,79CCI0,97) do TEM, além de terem sido obtidas medidas similares com o TEM para todas as formas de operacionalização (0,01F0,18; 0,83p0,99). A análise de regressão linear evidenciou que, exceto para as pinças (0,39r20,54), no mínimo 60% da variação da força muscular obtida com o dinamômetro foram explicadas pelas medidas obtidas com o TEM (0,60r20,86). Portanto, o TEM mostrou-se um método válido e confiável para ser utilizado na avaliação da força muscular de MMSS de indivíduos na fase crônica do AVE, sendo necessária a realização de apenas uma repetição, após familiarização.
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