Summary: | === The Fetal anemia, although rare, is considered an associated
condition to a high perinatal morbidity and mortality, and main cause is
maternal-fetal alloimmunization. Currently, there are different recommendations for the diagnosis and classification, whose statistics has not been studied. Objectives:Comparatively analyze the current diagnosis parameters and fetal anemia classification, highlighting their disagreements. Discuss and point out the most appropriate criteria for the severe anemicfetuses, based on perinatal evolution. Methodology:A retrospective study of Rh alloimmunization pregnant women, whose fetuses had cordocentesis applied because they present a utero
anemia risk, in a referenced university service, between 1999 to 2009. Were evaluated the medical records, and selected those with reliable hemoglobin concentration rates and gestational age. The degreeof agreement in the diagnosis of severe anemia, from the three recommended criteria, was analyzed by Cohen's Kappa rate. Were evaluated the differences between the perinatal results between groups of agreement / disagreement in the classification of severe fetal anemia through usingthe Kruskall-Wallis test and chi-square Pearson'stest. Results: There was an agreed higher rate in the anemia diagnosis (kappa 0.80) when comparing the criteria proposed by Nicolaides et al.(1988) and Mari et al.2000. It was observed that all fetuses
considered severely anemic by Mari et al. (2000) (30) were also considered by Bahado Singh et al. (1998). Evaluating from integrated way the three proposed recommendations for diagnosis and classification offetal anemia and compared with the perinatal outcome, was observed that the presence of fetal hydrops (p <0.001) and perinatal mortality (p <0.001) were statistically different between the groups analyzed, being therefore relevant for comparison among them. Among the three recommendations, we believe that the most conservative of them, proposed by Bahado-Singh et al. in 1998 is, so far, the most appropriate
one since it includes all cases between the three different recommendations. Conclusions:The current diagnosis criteria indicate disagreement in the fetal anemia detection, as well as its severe form classification. In this last one, there are major differences, with a potential to change the perinatal result in terms of mortality and hydropsy occurrence. The 5 g cutoff point for fetal hemoglobin deficit, compared to the expected for a certain gestational age presents advantages in identifying a greater number of fetuses with high morbidity and mortality in relation to other proposals === A anemia fetal, embora rara, é considerada uma condição que se
associa a uma elevada morbidade e mortalidade perinatal, sendo a
aloimunização materno-fetal sua principal causa. Naatualidade, há
recomendações diferentes para o diagnóstico e classificação, cuja avaliação comparativa ainda não foi estudada. Objetivos:Analisar comparativamente os parâmetros atuais de diagnóstico e classificação daanemia fetal, destacando suas discordâncias. Discutir e apontar o critério mais adequado para a identificação de fetos gravemente anêmicos, baseadona evolução perinatal. Metodologia: Estudo retrospectivo de uma coorte de gestantes aloimunizadas pelo fator Rh, cujos fetos foram submetidos à cordocentese por apresentarem
risco de anemia intra-uterina, em serviço universitário de referência, entre 1999 a 2009. Foram avaliados os registros médicos, sendoselecionados aqueles que possuíam os valores da concentração de hemoglobina e idade gestacional confiável. O grau de concordância no diagnóstico deanemia grave, a partir dos três critérios recomendados, foi analisado pelo índice Kappa de Cohen. Avaliou-se as diferenças entre o resultado perinatal entre grupos de concordância/discordância na classificação da anemia fetal grave através dos testes de Kruskall-Wallis e qui-quadrado de Pearson. Resultados:Observou-se maior índice de concordância no diagnóstico de anemia (Kappa 0,80) quando foram comparados os critérios propostos por Nicolaides et al. (1988) e Mari et al.(2000). Observou-se que todos os fetos considerados anêmicos graves por Mari et al., (2000) (30) o eram também segundo Bahado-Singh et al. (1998). Avaliando-se de forma integrada as três recomendações propostas para diagnóstico e classificação da anemia fetal e comparando com o resultado perinatal observou-se que a presença de hidropisia fetal (p<0,001) e a
mortalidade perinatal (p<0,001) foram estatisticamente diferentes entre os grupos analisados sendo portanto relevantes para comparação entre eles. Entre as três recomendações, acreditamos que a maisconservadora delas, proposta por Bahado-Singh et al.(1998) seja, até o momento, aquela mais adequada uma vez que compreende todos os casos divergentes entre as três recomendações. Conclusões: Os critérios atuais de diagnóstico apontam discordâncias na detecção da anemia fetal, assim como na classificação de sua forma grave. Nessa última, há divergências importantes, com um potencial de modificar o resultado perinatal, em termos de ocorrência de hidropisia e mortalidade. O ponto de corte de 5g para o déficit de hemoglobina fetal, em relação ao esperado para uma dada idade gestacionalapresenta vantagens na identificação de um maior número de fetos com elevada morbimortalidade, em relação às demais propostas.
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