Relação entre as expectativas econômicas publicadas no relatório focus e o retorno e volatilidade das principais ações negociadas no Brasil

=== Os estudos feitos sobre investimentos no mercado acionário mostram que esta é uma decisão que deve ser tomadacuidadosamente, tendo em vistao risco no qual os investidores incorrem ao optarem por investimentos em renda variável em detrimento dos investimentos em renda fixa. Nesta tese, foi anali...

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Bibliographic Details
Main Author: Elisa Elaine Moreira Teixeira
Other Authors: Francisco Vidal Barbosa
Format: Others
Language:Portuguese
Published: Universidade Federal de Minas Gerais 2011
Online Access:http://hdl.handle.net/1843/BUOS-97GHQ5
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description === Os estudos feitos sobre investimentos no mercado acionário mostram que esta é uma decisão que deve ser tomadacuidadosamente, tendo em vistao risco no qual os investidores incorrem ao optarem por investimentos em renda variável em detrimento dos investimentos em renda fixa. Nesta tese, foi analisada a relação entre as expectativas econômicas publicadas no Relatório Focus e a volatilidade e o retorno das principais ações negociadas na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), considerando-se dados de expectativa e dados macroeconômicosefetivamente observados. Utilizou-se uma amostra de 21 empresas representantes de novesetores da economia. Como vaiáveis dependentes teve-se a volatilidade e o retorno das ações. Como variáveis preditoras, além dasapresentadas acima, utilizaram-setambém o tamanho e o endividamento das empresas da amostra e a liquidez das ações. Foram estimados dois modelos utilizando a variável dependente volatilidade e dois modelos utilizando a variável dependente retorno, em um totalde quatro modelos. Dentre os resultados encontrados, foi possível observar que, das 16 variáveis macroeconômicas estudadas, 10 não permaneceram nos modelos finais, seja por estarem altamente correlacionadas umas com as outras, seja por não se apresentarem siginificativas nos modelos obtidos. As variáveis que permaneceram nos modelos finais foram: saldo da balança comercial, taxa de juros e taxa de câmbio (nos quatro modelos obtidos); Resultado primário e PIB Industrial (em três modelos) e investimento estrangeiro (em 2 modelos). Quanto às outras variáveis, o endividamento não se mostrousignificativo em nenhum dos quatro modelos, a liquidez permaneceu nos modelos de retorno e o tamanho continuounos modelos de volatilidade. Os resultados para o saldo da balança comercial, assim como esperado, mostraram que,quanto maior esse saldo, maior o retorno das ações e menor a volatilidade. Para a taxa de juros, em relação à variável dependente retorno, os resultados foramque, ao utilizar no modelo os dados efetivamente observados, ficou evidenciado que, em momentos em quea taxa de juros é maior, os retornos são maiores, porém, quando os dados são de expectativa, essa relação é negativa, ou seja, se a expectativa é de que a taxa de juros irá subir, os retornos tendem a ser menores. Nos modelos de volatilidade, diferentemente do previsto pelas teorias, a taxa de juros também apresentou relação negativa, tanto para os dados efetivamente observados,quanto para os de expectativa, ou seja,se a taxa de juros sobe, ou se a expectativa é de que vá subir, a volatilidade tende a cair. Quanto à taxa de câmbio,ficou evidenciado queum incremento nessa taxa ou mesmoa expectativa de um incremento tende a incrementar tanto a volatilidade quanto o retorno das ações. A variável investimento estrangeiro permaneceu apenas nos modelos finais de volatilidade, com resultados contraditórios. Os resultados mostraram que, se está aumentando o investimento estrangeiro no País, a volatilidade diminui, porém, se a expectativa é de que esse investimento irá aumentar, a volatilidade aumenta. A variável resultado primário também apresentou esse mesmo resultado, além de mostrar-secom sinal negativo também para a previsão dos retornos, o que é o contrário do esperado, ou seja, de acordo com o referencial teórico, um aumento no resultado primário tenderia a aumentar o retorno das ações possivelmente pela perspectiva de mais saldo para pagamento dos juros da dívida líquida do setor público, o que demonstraria o esforço fiscal do governo e conduziria a uma maior confiança do investidor no governo. A última variável macroeconômica que se mostrou significativa no estudo foi o PIB. No modelo de volatilidade usando séries de expectativa, os resultados apontaram que uma expectativa de redução no PIB tende aincrementar a volatilidade das ações, possivelmente em virtude de uma queda na produção, o que poderia ser sinal de futura recessão ou instabilidade econômica. Quanto aos modelos de retorno, essa variável também apresentou resultado contraditório: o retorno aumentou em momentos em que o PIB aumentou, porém, se a expectativa é que o PIB irá subir, o retorno se mostra em queda. Ainda,quanto as variáveis incluídas nos modelos, asvariáveis fundamentais apresentaramos seguintes resultados: para a liquidez, esperava-se que, quanto maioresta, menor seria o retorno. Oresultado, porém,foi inverso. Em relação ao tamanho, tal como em estudos anteriores, os resultados apontaram que, quanto maior o tamanho da empresa, menor a volatilidade. Por fim, ao verificar a qualidade preditiva dos modelos finais no período entre 2007 e 2010, verificou-se que, para a previsão de volatilidade, o modelo com dados efetivamente observados parece apresentar um melhor desempenho que o modelo considerando os indicadores do Relatório Focus. Quanto aos modelos de previsão de retornos, o modelo com dados efetivamente observadosparece apresentar um pior desempenho que o modelo considerando as séries do Relatório Focus.
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Utilizou-se uma amostra de 21 empresas representantes de novesetores da economia. Como vaiáveis dependentes teve-se a volatilidade e o retorno das ações. Como variáveis preditoras, além dasapresentadas acima, utilizaram-setambém o tamanho e o endividamento das empresas da amostra e a liquidez das ações. Foram estimados dois modelos utilizando a variável dependente volatilidade e dois modelos utilizando a variável dependente retorno, em um totalde quatro modelos. Dentre os resultados encontrados, foi possível observar que, das 16 variáveis macroeconômicas estudadas, 10 não permaneceram nos modelos finais, seja por estarem altamente correlacionadas umas com as outras, seja por não se apresentarem siginificativas nos modelos obtidos. As variáveis que permaneceram nos modelos finais foram: saldo da balança comercial, taxa de juros e taxa de câmbio (nos quatro modelos obtidos); Resultado primário e PIB Industrial (em três modelos) e investimento estrangeiro (em 2 modelos). Quanto às outras variáveis, o endividamento não se mostrousignificativo em nenhum dos quatro modelos, a liquidez permaneceu nos modelos de retorno e o tamanho continuounos modelos de volatilidade. Os resultados para o saldo da balança comercial, assim como esperado, mostraram que,quanto maior esse saldo, maior o retorno das ações e menor a volatilidade. Para a taxa de juros, em relação à variável dependente retorno, os resultados foramque, ao utilizar no modelo os dados efetivamente observados, ficou evidenciado que, em momentos em quea taxa de juros é maior, os retornos são maiores, porém, quando os dados são de expectativa, essa relação é negativa, ou seja, se a expectativa é de que a taxa de juros irá subir, os retornos tendem a ser menores. Nos modelos de volatilidade, diferentemente do previsto pelas teorias, a taxa de juros também apresentou relação negativa, tanto para os dados efetivamente observados,quanto para os de expectativa, ou seja,se a taxa de juros sobe, ou se a expectativa é de que vá subir, a volatilidade tende a cair. Quanto à taxa de câmbio,ficou evidenciado queum incremento nessa taxa ou mesmoa expectativa de um incremento tende a incrementar tanto a volatilidade quanto o retorno das ações. A variável investimento estrangeiro permaneceu apenas nos modelos finais de volatilidade, com resultados contraditórios. Os resultados mostraram que, se está aumentando o investimento estrangeiro no País, a volatilidade diminui, porém, se a expectativa é de que esse investimento irá aumentar, a volatilidade aumenta. A variável resultado primário também apresentou esse mesmo resultado, além de mostrar-secom sinal negativo também para a previsão dos retornos, o que é o contrário do esperado, ou seja, de acordo com o referencial teórico, um aumento no resultado primário tenderia a aumentar o retorno das ações possivelmente pela perspectiva de mais saldo para pagamento dos juros da dívida líquida do setor público, o que demonstraria o esforço fiscal do governo e conduziria a uma maior confiança do investidor no governo. A última variável macroeconômica que se mostrou significativa no estudo foi o PIB. No modelo de volatilidade usando séries de expectativa, os resultados apontaram que uma expectativa de redução no PIB tende aincrementar a volatilidade das ações, possivelmente em virtude de uma queda na produção, o que poderia ser sinal de futura recessão ou instabilidade econômica. Quanto aos modelos de retorno, essa variável também apresentou resultado contraditório: o retorno aumentou em momentos em que o PIB aumentou, porém, se a expectativa é que o PIB irá subir, o retorno se mostra em queda. Ainda,quanto as variáveis incluídas nos modelos, asvariáveis fundamentais apresentaramos seguintes resultados: para a liquidez, esperava-se que, quanto maioresta, menor seria o retorno. Oresultado, porém,foi inverso. Em relação ao tamanho, tal como em estudos anteriores, os resultados apontaram que, quanto maior o tamanho da empresa, menor a volatilidade. Por fim, ao verificar a qualidade preditiva dos modelos finais no período entre 2007 e 2010, verificou-se que, para a previsão de volatilidade, o modelo com dados efetivamente observados parece apresentar um melhor desempenho que o modelo considerando os indicadores do Relatório Focus. 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