Estudo histológico e parasitológico do trato gastrintestinal de cães infectados com Leishmania (Leishmania) chagasi

=== There are few descriptions of parasitological and pathological changes related to the involvement of the gastrointestinal tract (TGI) and canine visceral leishmaniasis (CVL), especially considering the TGI systematically. Thus, the aim of this work was investigated and correlated, physical clin...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Aldair Junio Woyames Pinto
Other Authors: Wagner Luiz Tafuri
Format: Others
Language:Portuguese
Published: Universidade Federal de Minas Gerais 2011
Online Access:http://hdl.handle.net/1843/BUOS-979JZR
Description
Summary:=== There are few descriptions of parasitological and pathological changes related to the involvement of the gastrointestinal tract (TGI) and canine visceral leishmaniasis (CVL), especially considering the TGI systematically. Thus, the aim of this work was investigated and correlated, physical clinical evaluation and TGI parasitological data of naturally infected dogs with Leishmania (Leishmania) chagasi from the metropolitan region of Belo Horizonte, MG. After serological (IFAT and ELISA) and parasitological (bone marrow smear) positive results for L. chagasi, the animals were clinically classified into two groups: symptomatic dogs (n = 6) when at least one clinical alteration suggestive of CVL had been observed, asymptomatic dogs (n = 6) when was not observed clinical alteration. Another group, formed by uninfected dogs was included as control group (n = 3). The animals were euthanized and the samples of TGI: esophagus, stomach, duodenum, jejunum, ileum, cecum, colon and rectum were collected and fixed in formalin 10%, then embedded in paraffin, and solution Carnoy's under refrigeration (4 ° C ) embedded in glycol methacrylate resin (GMA). TGI samples were evaluated by immunohistochemistry assay and staining assy (H&E, Toluidine blue, PAS and Dominici). Dry seborrhea and onychogryphosis changes were seen in greater proportion. The infected animals showed an inflammatory cells increase in the TGI lamina propria and submucosa (except the esophagus) compared with control animals. Mononuclear cells were found, manly plasma cells, macrophages and lymphocytes. Macrophages could be seen with peculiar morphology, with parasite visualization of the or the presence of vacuoles inside the immunohistochemical staining technique described by Tafuri et al., 2004 immunoperoxidase showed satisfactory results when used throughout the GI tract. During the evaluation it was observed that the regions of positive marking, amastigotes have easily located in the segments of the lamina propria and submucosa of the GI tract. Markings of amastigotes were found in 88.8% higher proportion underlying muscularis mucosae at the base of the lamina propria. Of the six positive animals where the markings were also located in the anterior portions of the GI tract (stomach, duodenum and ileum) 100% of amastigotes were found in greater proportion close to the lumen, within the villi of the intestinal epithelium below. In fact, the most infested areas were morphometrically the region of the duodenum followed by the cecum groups asymptomatic, the symptomatic group. Regions of the colon, rectum, stomach and ileum also showed positive markings. There were no markings of amastigotes of the parasite in the esophagus and jejunum of infected dogs. The technique of embedding in GMA fabric dog proved to be of great importance for the evaluation of the experiment, with a best result for the evaluation techniques used when routine histology compared with paraffin wax. There was statistical difference in the evaluation of mast cells in the esophagus, jejunum, ileum, cecum and colon. The use of the inclusion of biological material (TGI dog) in methacrylate plastic resin, showed satisfactory results for routine histology stains, standardized according to our project. The LVC has several clinical signs, the changes being considered common dermatological disease. However changes in clinical TGI are not easily found despite the presence of the parasite is commonly found in the same. === São poucas as descrições das alterações patológicas e parasitológicas relacionadas ao envolvimento do trato gastrointestinal (TGI) na leishmaniose visceral canina e, sobretudo considerando-se o TGI de forma sistemática. Assim, neste trabalho objetivou-se um estudo sistemático, clínico, anatomopatológico e parasitológico do TGI de cães naturalmente infectados com Leishmania (Leishmania) chagasi provenientes da região metropolitana de Belo Horizonte, MG. Após confirmação sorológica (RIFI e ELISA) e parasitológica (esfregaço de medula óssea) para L. chagasi, os animais foram divididos clinicamente em três grupos: sintomáticos (n =6) quando a manifestação de pelo menos um sinal clínico sugestivo de leishmaniose visceral; assintomáticos (n=6) quando da ausência de sinais clínicos e o grupo controle não infectado (n=3). Os animais foram eutanasiados e amostras dos segmentos do TGI: esôfago, estômago, duodeno, jejuno, íleo, ceco, cólon e reto foram coletados e fixados em formalina 10%, e solução de Carnoys sob refrigeração (4°C), posteriormente incluídos em parafina e em resina de glicol-metacrilato (GMA), respectivamente. As amostras do TGI foram avaliadas pelas técnicas de imuno-histoquímica e colorações de rotina (H&E, azul de toluidina, Dominici e PAS). Seborréia seca, e onicogrifose foram alterações visualizadas em maior proporção. Na análise macroscópica do TGI, não foram observadas alterações anatomopatológicas marcantes nos animais incluídos no experimento. Os animais infectados, apresentaram um aumento das células inflamatória da lâmina própria e submucosa dos segmentos do TGI (com exceção do esôfago) em comparação com os animais controles. Um exsudato de células mononucleadas foi encontrado, com predominância de plasmócitos, macrófagos, e linfócitos sendo raramente encontradas células polimorfonucleares como neutrófilos e eosinófilos. Com grande facilidade podiam ser vistos macrófagos com morfologia peculiar, com visualização do parasito ou a presença de vacúolos em seu interior A marcação imuno-histoquímica pela técnica da imunoperoxidase descrita por Tafuri e colaboradores (2004) mostrou resultados satisfatórios quando utilizada em todo o TGI. Durante a avaliação observou-se que as regiões de marcação positiva, apresentam formas amastigotas facilmente localizáveis nos segmentos de lâmina própria e submucosa do TGI. Das marcações de formas amastigotas 88,8% foram encontradas em maior proporção subjacentes a muscular da mucosa, na base da lâmina própria. Dos 6 animais onde as marcações positivas também foram localizadas nas porções anteriores do TGI (estômago, duodeno e íleo) 100% das formas amastigotas foram encontradas em maior proporção próximas ao lúmen intestinal, dentro das vilosidades logo abaixo do epitélio intestinal. De fato as regiões morfometricamente mais parasitadas foram à região de duodeno nos grupos ssintomáticos seguida pelo ceco, do grupo sintomático. Regiões de cólon, reto, íleo e estômago também apresentaram marcações positivas. Não foram encontrados marcações de amastigotas do parasito em esôfago e jejuno dos cães infectados. A técnica de inclusão em GMA em tecido canino mostrou -se de grande importância para as avaliações do experimento, apresentando um melhor resultado para as avaliações quando utilizado técnicas rotineiras de histologia quando comparados com a inclusão em parafina. Observou-se diferença estatística na avaliação dos mastócitos em esôfago, jejuno, íleo, ceco e cólon. A utilização da inclusão de material biológico (TGI de cães) em resina plástica de metacrilato, mostrou resultados satisfatórios para as colorações rotineiras de histologia, padronizadas de acordo com o nosso projeto. A LVC apresenta diversos sinais clínicos, sendo as alterações dermatologicas consideradas comuns na doença. Entretanto alterações clínicas no TGI não são facilmente encontradas apesar da presença do parasito no mesmo ser comumente encontrada.