Summary: | === Certain young students belonging to the Pentecostal Church who attend evening classes make use of break every day to sing, pray and to attempt to convert their fellow students. Besides this, as a rule, they question those elements of the school curriculum and those school activities which differ from their principles. The bechaviour of these young people has concerned their teachers who, in staff meetings, define the young Pentecostal students in na ambiguous manner. On the one hand, these students are characterized as examples of stuent behaviour to be followed by others since they generally remai silent during the teachers explanations and attempt to complete the proposed exercises without
argument. On the other hand, in order to explain the student reactions with relation to proposed activities, the teachers frequently use such expressions as they are blin-folded, they are alienated or they have been brain-washed by their churches. How, therefore, do these students interpret their social relations within the school? What leads these
students to use to certain spaces and school time to carry out activities of strictly religious nature? Why do these young people feel they have the right or the obligation to disagree with activities proposed by the institution school? In other words, what meanings do the young Pentecostal students attribute to school practices? The present study seeks to address these questions. To that end, I observed the students in different situations within the school during the year 1999. In my attempt to uderstand why the students redefine certain spaces and times, I took part in their services during the school break at least twice a week duing the period from April to December. In addition, in order to undestand to what extent the young Pentecostal students involved themselves in extra-class activities proposed by the school which they attended, I accompanied the following events: a football championhip,
the June festivities and a gymkhana. === Diariamente, certos jovens estudantes do ensino noturno pertencentes ao pentecostalismo utilizam o recreio escolar para cantar, orar e fazer proselitismo escolar. Além disso, eles contestam, via de regra, os conhecimentos e as atividades escolares que não estão de acordo com os seus princípios. Este fato tem provocado uma certa estranheza dos professores em relação a esses jovens: professores que, em reunião pedagógica, definem, de modo ambivalente, os jovens pentecostais. De um lado, esses alunos são caracterizados como exemplos de
comportamentos estudantis que devem ser seguidos. Afinal, durante as explicações, esses alunos ficam, geralmente, em silêncio e procuram, no momento dos exercícios propostos, realizá-los prontamente. Por outro lado, para explicar as causas da discordância desses alunos em relação às atividades propostas, os professores, não raro, utilizam expressões do tipo eles possuem viseira, eles são alienados, eles sofreram lavagem cerebral de suas igrejas. Entretanto, como esses alunos interpretam as suas relações sociais no interior da escola? O que leva esses alunos a se apropriarem de certos espaços e tempo de
escolarização para realizar atividades de cunho estritamente religioso? Por que esses jovens se sentem no direito ou na obrigação de discordar das atividades propostas pela instituição escolar? Em outras palavras, quais os significados que os jovens pentecostais atribuem às
suas práticas escolares? O presente trabalho visa responder a essas indagações. Para tanto, procurei observar esses alunos, ao longo do ano de 1999, em várias situações no interior da escola. Tentando
compreender o porquê de certos tempos e espaços serem redefinidos por esses alunos, assisti, entre os meses de abril e dezembro, aos cultos desses alunos durante o recreio, pelo menos duas vezes por semana. Além disso, a fim de perceber como os jovens pentecostais
se envolvem com as atividades extra-salas propostas pelo estabelecimento de ensino que esses alunos estavam inseridos, acompanhei as seguintes atividades: Campeonato de Futebol, Festa Junina e Gincana.
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