Adesão ao tratamento da constipação intestinal crônica funcional em crianças atendidas em ambulatório de referência
=== The aim of this study is to evaluate pediatric patient adherence to Chronic Functional Constipation treatment and factors related to it. Constipated patients were followed for 6 months. Data were collected from August 2009 to October 2011 at the Pediatric Gastroenterology Outpatient Clinic, Fed...
Main Author: | |
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Format: | Others |
Language: | Portuguese |
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Universidade Federal de Minas Gerais
2012
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Online Access: | http://hdl.handle.net/1843/BUOS-93EM5Y |
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=== The aim of this study is to evaluate pediatric patient adherence to Chronic Functional Constipation treatment and factors related to it. Constipated patients were followed for 6 months. Data were collected from August 2009 to October 2011 at the Pediatric Gastroenterology Outpatient Clinic, Federal University of Minas Gerais, Brazil, after institutional Ethics Committee approval. Roma III Criteria were employed to define intestinal constipation, and Bristol scale for faecal characterization.The criterion used to consider the child as compliant with the treatment was the use of more than 75% of the medication, assessed by the return of empty vials /envelopes of the drug in use, based on the prescription of the last visit. Drugs were prescribed according to clinical criteria and Outpatient Clinic protocols. Medicines employed were polyethylene glycol, magnesium hydroxide, mineral oil, and Psyllium husk (natural soluble fiber). Analyzed variables were: related to the patient, caretaker, disease, therapeutic schema, and health care system. After informed consent, a structured questionnaire, with the study response variable (adherence) and independent variables, was completed at the first and sixth months of treatment. Data analysis was performed through SPSS version 15. The sample consisted of 50 children, that participated in the two study times. The mean age at admission was 77,6 ± 43,8 months and the mean age at onset of constipation symptoms was 18,8 ± 27,9 months. The treatment adherence rate was 38% in the first follow-up month and 30% at the sixth month. There was no adherence influence from sex, age, mother´s education level, previous laxatives use, emotional problems, socio-economic status, illness severity (faecal incontinence, blood stained stools, abdominal pain), and medicine administration by other caretaker (besides parents), in any study time, with no statistical significance (p>0,05). Patients that used polyethylene glycol presented more treatment adherence than those who received other prescribed medicines, with statistical significance only at the second study time (p=0,19 in the first time, and p=0,04 in the second time). This study showed poor adherence to constipation treatment in children. Health professionals may be aware of this, especially in patients that do not respond to treatment. Knowledge of adherence rate and measure methods are still a challenge in the literature however, when carefully and individually analyzed, they may provide valuable information about the failure pattern. There is a need to pursue new strategies to increase treatment adherence in chronic diseases and specially intestinal constipation in children, avoiding complications, as well as public and family resource expenditure. === Este estudo tem como objetivo avaliar a adesão e fatores associados ao tratamento de crianças com constipação intestinal crônica funcional. Pacientes constipados foram acompanhados por período de seis meses. Os dados foram coletados de agosto de 2009 a outubro de 2011, no ambulatório de Gastroenterologia Pediátrica do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais, após aprovação pelo Comitê de Ética da UFMG. Os Critérios de Roma III foram utilizados para definir a constipação e a Escala de Bristol para caracterizar as fezes. O critério utilizado para se considerar a criança aderente ao tratamento foi o uso de mais de 75% da medicação, avaliado pelo retorno dos frascos/envelopes vazios do medicamento em uso, tendo como base a prescrição da última consulta. Os medicamentos foram prescritos para os pacientes do estudo de acordo com critérios clínicos e protocolos utilizados no ambulatório. Os medicamentos utilizados foram: polietilenoglicol, hidróxido de magnésio, óleo mineral e Psyllium husk (fibra natural predominantemente solúvel). Foram analisadas variáveis relacionadas a: paciente, cuidador, doença, esquema terapêutico e sistema de atenção à saúde. Questionário estruturado contendo a variável resposta (adesão) e as variáveis independentes do estudo foi preenchido no primeiro e no sexto mês de tratamento, após consentimento livre e esclarecido dos participantes. O armazenamento e análise dos dados foram feitos pelo programa estatístico Statistical Package for Social Sciences (SPSS) versão 15. A amostra foi constituida de 50 crianças, que participaram dos dois momentos do estudo. A idade média da amostra foi de 77,6 ± 43,8 meses e a idade média de início dos sintomas da constipação foi de 18,8 ± 27,9 meses. A taxa de adesão ao tratamento foi de 38% no primeiro mês de acompanhamento e de 30% no sexto mês. Não houve associação (p>0,05), nos dois momentos do estudo, entre adesão e as seguintes variáveis: sexo e idade do paciente, nível de escolaridade da mãe, uso prévio de laxantes, existência de problemas emocionais, condição socioeconômica, gravidade da doença (escape fecal, sangue nas fezes e dor abdominal) e administração da droga por outro cuidador que não os pais. Foi verificada maior adesão ao tratamento dos pacientes que utilizaram polietilenoglicol em comparação com os que receberam outros medicamentos prescritos, com significância estatística no segundo momento do estudo (p=0,19 e p=0,04 no primeiro e segundo momentos, respectivametne). Este estudo mostrou baixa adesão ao tratamento da constipação em crianças. Profissionais de saúde devem estar cientes desse fato, especialmente em pacientes que não estão respondendo ao tratamento. O conhecimento das taxas de adesão e os métodos utilizados para mensurá-la ainda são um desafio na literatura, porém, quando verificados cuidadosamente e de forma individualizada, podem fornecer importantes informações sobre o padrão da falha. É necessário buscar novas estratégias para o aumento da adesão ao tratamento de doenças crônicas e principalmente da constipação intestinal na infância, evitando-se complicações e gastos de verba pública e da família. |
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ndltd-IBICT-oai-bibliotecadigital.ufmg.br-MTD2BR-BUOS-93EM5Y2019-01-21T17:57:45Z Adesão ao tratamento da constipação intestinal crônica funcional em crianças atendidas em ambulatório de referência Silvia Aparecida Steiner Francisco Jose Penna Maria do Carmo Barros de Melo Maria do Carmo Barros de Melo Marco Antonio Duarte The aim of this study is to evaluate pediatric patient adherence to Chronic Functional Constipation treatment and factors related to it. Constipated patients were followed for 6 months. Data were collected from August 2009 to October 2011 at the Pediatric Gastroenterology Outpatient Clinic, Federal University of Minas Gerais, Brazil, after institutional Ethics Committee approval. Roma III Criteria were employed to define intestinal constipation, and Bristol scale for faecal characterization.The criterion used to consider the child as compliant with the treatment was the use of more than 75% of the medication, assessed by the return of empty vials /envelopes of the drug in use, based on the prescription of the last visit. Drugs were prescribed according to clinical criteria and Outpatient Clinic protocols. Medicines employed were polyethylene glycol, magnesium hydroxide, mineral oil, and Psyllium husk (natural soluble fiber). Analyzed variables were: related to the patient, caretaker, disease, therapeutic schema, and health care system. After informed consent, a structured questionnaire, with the study response variable (adherence) and independent variables, was completed at the first and sixth months of treatment. Data analysis was performed through SPSS version 15. The sample consisted of 50 children, that participated in the two study times. The mean age at admission was 77,6 ± 43,8 months and the mean age at onset of constipation symptoms was 18,8 ± 27,9 months. The treatment adherence rate was 38% in the first follow-up month and 30% at the sixth month. There was no adherence influence from sex, age, mother´s education level, previous laxatives use, emotional problems, socio-economic status, illness severity (faecal incontinence, blood stained stools, abdominal pain), and medicine administration by other caretaker (besides parents), in any study time, with no statistical significance (p>0,05). Patients that used polyethylene glycol presented more treatment adherence than those who received other prescribed medicines, with statistical significance only at the second study time (p=0,19 in the first time, and p=0,04 in the second time). This study showed poor adherence to constipation treatment in children. Health professionals may be aware of this, especially in patients that do not respond to treatment. Knowledge of adherence rate and measure methods are still a challenge in the literature however, when carefully and individually analyzed, they may provide valuable information about the failure pattern. There is a need to pursue new strategies to increase treatment adherence in chronic diseases and specially intestinal constipation in children, avoiding complications, as well as public and family resource expenditure. Este estudo tem como objetivo avaliar a adesão e fatores associados ao tratamento de crianças com constipação intestinal crônica funcional. Pacientes constipados foram acompanhados por período de seis meses. Os dados foram coletados de agosto de 2009 a outubro de 2011, no ambulatório de Gastroenterologia Pediátrica do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais, após aprovação pelo Comitê de Ética da UFMG. Os Critérios de Roma III foram utilizados para definir a constipação e a Escala de Bristol para caracterizar as fezes. O critério utilizado para se considerar a criança aderente ao tratamento foi o uso de mais de 75% da medicação, avaliado pelo retorno dos frascos/envelopes vazios do medicamento em uso, tendo como base a prescrição da última consulta. Os medicamentos foram prescritos para os pacientes do estudo de acordo com critérios clínicos e protocolos utilizados no ambulatório. Os medicamentos utilizados foram: polietilenoglicol, hidróxido de magnésio, óleo mineral e Psyllium husk (fibra natural predominantemente solúvel). Foram analisadas variáveis relacionadas a: paciente, cuidador, doença, esquema terapêutico e sistema de atenção à saúde. Questionário estruturado contendo a variável resposta (adesão) e as variáveis independentes do estudo foi preenchido no primeiro e no sexto mês de tratamento, após consentimento livre e esclarecido dos participantes. O armazenamento e análise dos dados foram feitos pelo programa estatístico Statistical Package for Social Sciences (SPSS) versão 15. A amostra foi constituida de 50 crianças, que participaram dos dois momentos do estudo. A idade média da amostra foi de 77,6 ± 43,8 meses e a idade média de início dos sintomas da constipação foi de 18,8 ± 27,9 meses. A taxa de adesão ao tratamento foi de 38% no primeiro mês de acompanhamento e de 30% no sexto mês. Não houve associação (p>0,05), nos dois momentos do estudo, entre adesão e as seguintes variáveis: sexo e idade do paciente, nível de escolaridade da mãe, uso prévio de laxantes, existência de problemas emocionais, condição socioeconômica, gravidade da doença (escape fecal, sangue nas fezes e dor abdominal) e administração da droga por outro cuidador que não os pais. Foi verificada maior adesão ao tratamento dos pacientes que utilizaram polietilenoglicol em comparação com os que receberam outros medicamentos prescritos, com significância estatística no segundo momento do estudo (p=0,19 e p=0,04 no primeiro e segundo momentos, respectivametne). Este estudo mostrou baixa adesão ao tratamento da constipação em crianças. Profissionais de saúde devem estar cientes desse fato, especialmente em pacientes que não estão respondendo ao tratamento. O conhecimento das taxas de adesão e os métodos utilizados para mensurá-la ainda são um desafio na literatura, porém, quando verificados cuidadosamente e de forma individualizada, podem fornecer importantes informações sobre o padrão da falha. É necessário buscar novas estratégias para o aumento da adesão ao tratamento de doenças crônicas e principalmente da constipação intestinal na infância, evitando-se complicações e gastos de verba pública e da família. 2012-04-11 info:eu-repo/semantics/publishedVersion info:eu-repo/semantics/masterThesis http://hdl.handle.net/1843/BUOS-93EM5Y por info:eu-repo/semantics/openAccess text/html Universidade Federal de Minas Gerais 32001010035P9 - MEDICINA (PEDIATRIA) UFMG BR reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFMG instname:Universidade Federal de Minas Gerais instacron:UFMG |