Fatores associados à adesão de idosas em diferentes programas de exercícios terapêuticos

=== Parallel to the demographic transition in Brazil, has been anepidemiological transition, related to changes in morbidity and mortality, with infectious diseases being replaced by chronic degenerative diseases. This reality points to an increasing complexity in alternative care needs of this new...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Alexandra Miranda Assumpção
Other Authors: Leani Souza Maximo Pereira
Format: Others
Language:Portuguese
Published: Universidade Federal de Minas Gerais 2012
Online Access:http://hdl.handle.net/1843/BUOS-8VWMV9
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description === Parallel to the demographic transition in Brazil, has been anepidemiological transition, related to changes in morbidity and mortality, with infectious diseases being replaced by chronic degenerative diseases. This reality points to an increasing complexity in alternative care needs of this new age group and their impact on health and levels of independence and autonomy of its aging population. A method for promoting quality of life is to keep seniors independent and it may be possible by performing regular exercise, which leads to functional improvement and performance of Activities of Daily Life. Evidencesuggests that 50% of the population that starts an exercise program stop within six months. It advocated an adherence of at least 80 to 85% for the intervention results are satisfactory. The concept of adherence is controversial in the literature, varying according to the author. However, what is more widely accepted and used is that adherence to an exercise program is defined as the number of sessions held by the elderly, divided by number of sessions tendered and, according with the literature this relationship often is very low . This study was divided into two stages and the main objective was to identify factors associated with older people adherence in three different therapeutic exercise programs: the first study compared a program of muscle strengthening with aerobic program, and the second study developed a home program, postambulatory training. This is an exploratory observational study with a sample of 151(mean age 70.7 +/- 4.9) in strengthening group, 231(mean age 70.5 +/- 4.6)elderly in the aerobic group, and 96 (mean age 70.8 +/- 5.1) in home group, that was a follow-up of the strengthen group. To evaluate the clinical and functional measures was drawn up a structured questionnaire with standardized tests, motivators and barriers to exercise. These variables were chosen from a theoretical framework about their impact on elderly adherence to exercise. The results of the first study found that the compliance rate was 49.70% in the aerobic group and 56.20% in strengthening. The multiple logistic regressionmodel with motivators to exercise was significant (p = 0.003) for the group of muscle strengthening, with R2 = 0.310 and the aerobic (p = 0.008) with R2 = 0.154. The regression model with the barriers to exercise, was significant only for strengthening group (p = 0.003), with R2 = 0.236. The clinical and functional model was not statistically significant for either group. In the second study, the program retention rate was 86.4% and the rate of compliance was 36.03%. We developed three logistic regression models to explain the adherence, but were not significant for the clinical and functional (p = 0.09), not for motivators to exercise (p = 0.053) and not for barriers (p = 0.053). The present study showed no direct relationship with the worst health conditions with poor adherence, as lower performance on functional tests or worse scores on standardized tests -GDS, MMSE, self-perceived stress and self-perceived health. Although the models did not show predictors of adherence, we observed in the descriptive analyzes, the high incidence of negative factors that hinder the practice of therapeutic exercises, which can guide health professionals how to manage them. Factors related to adherence to the exercise of the elderly are multifactorial and studies to elucidate the factors that might control, should be encouraged. === Paralelamente à transição demográfica em nosso país, ocorre umatransição epidemiológica, relacionada à mudança no perfil de morbimortalidade da população, sendo as doenças infecto-contagiosas substituídas pelas crônico-degenerativas.Esta realidade aponta para uma complexidade crescente na atenção às necessidades desse novo grupo populacional, com impacto na saúde e nos níveis de independência e autonomia dessa população que envelhece. Assim há interesse em promover saúde e qualidade de vida dos idosos e isso pode ser possível realizando exercícios físicos regulares, o que leva a uma melhora funcional e especificamente no desempenho dasAtividades de Vida Diária. Porém, evidências sugerem que 50% da população que inicia um programa de exercícios interrompe em até seis meses, enquanto a adesão mínima preconizada varia de 80 a 85% para que os resultados da intervenção sejam satisfatórios. A medida da adesão é baseada na razão entre o número de sessões ofertadas, mas de acordo com a literatura essa relação frequentemente é muito baixa. Esse estudo foi dividido em duas etapas e o objetivo principal foi identificar os fatores associados à adesão de idosas a trêsdiferentes programas de exercícios terapêuticos: o primeiro artigo comparou a adesão a um programa de fortalecimento muscular com um programa aeróbico; e o segundo artigo investigou a adesão em um programa domiciliar, póstreinamento ambulatorial. Trata-se de um estudo observacional exploratório, com uma amostra de 151 (média de idade 70,7 ± 4,9) no grupo de fortalecimento, 231 idosas (média de idade 70,5 ± 4,6) no grupo aeróbico, e 96 (média de idade 70,8 ± 5,1) no grupo domiciliar, que foi um follow-up do grupo de fortalecimento. Para avaliar as medidas clínicas e funcionais foi construído um questionário estruturado com testes padronizados para a população idosa.Além desse, os pesquisadores desenvolveram um questionário específico para avaliar adesão e seus motivadores e barreiras. Foram realizados três modelos de regressão logística múltipla para cada grupo, para verificar a associação da adesão de idosas com as barreiras aos exercícios, com os motivadores e com as variáveis clínicas e funcionais, que foram selecionadas a partir de um marco teórico sobre impacto das mesmas na adesão de idosos a exercícios. Comoresultado do primeiro estudo encontrou-se que a taxa de adesão foi de 49,70% no grupo aeróbico e de 56,20% no fortalecimento. O modelo de regressão logística múltipla com os motivadores à prática de exercícios, foi significativo (p=0,003) para o grupo de fortalecimento muscular, com R2= 0,310 e para o aeróbico (p=0,008) com R2= 0,154. O modelo de regressão com as barreiras à prática de exercícios foi significativo apenas para o grupo de fortalecimento (p=0,003), com R2= 0,236. O modelo clínico-funcional não apresentou significância estatística para nenhum dos grupos. No estudo domiciliar, a taxa de retenção ao programa foi de 86,4% e a taxa de adesão foi de 36,03%.Foram realizados três modelos de regressão logística múltipla para explicar a adesão: um para as variáveis clínicas e funcionais (p= 0,09), outro para os motivadores (p=0,053) e o terceiro para as barreiras à prática de exercícios (p=0,053), mas nenhum foi significativo. Dessa maneira, não ficou estabelecida uma relação direta entre a adesão das idosas com piores condições de saúde, como pior desempenho em testes funcionais ou piores escores nos testes padronizados - GDS, MEEM, estresse auto-percebido e auto-percepção de saúde. Apesar de os modelos não terem apresentado variáveis preditoras de adesão, foi verificado nas análises descritivas, a alta incidência de fatores negativos que dificultaram a prática de exercícios terapêuticos, o que podenortear os profissionais de saúde quanto à maneira de gerenciá-los,estimulando à prática dos exercícios. Os fatores relacionados à adesão dos idosos aos exercícios físicos são multifatoriais e estudos que elucidem os fatores passíveis de controle devem ser incentivados.
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Evidencesuggests that 50% of the population that starts an exercise program stop within six months. It advocated an adherence of at least 80 to 85% for the intervention results are satisfactory. The concept of adherence is controversial in the literature, varying according to the author. However, what is more widely accepted and used is that adherence to an exercise program is defined as the number of sessions held by the elderly, divided by number of sessions tendered and, according with the literature this relationship often is very low . This study was divided into two stages and the main objective was to identify factors associated with older people adherence in three different therapeutic exercise programs: the first study compared a program of muscle strengthening with aerobic program, and the second study developed a home program, postambulatory training. This is an exploratory observational study with a sample of 151(mean age 70.7 +/- 4.9) in strengthening group, 231(mean age 70.5 +/- 4.6)elderly in the aerobic group, and 96 (mean age 70.8 +/- 5.1) in home group, that was a follow-up of the strengthen group. To evaluate the clinical and functional measures was drawn up a structured questionnaire with standardized tests, motivators and barriers to exercise. These variables were chosen from a theoretical framework about their impact on elderly adherence to exercise. The results of the first study found that the compliance rate was 49.70% in the aerobic group and 56.20% in strengthening. The multiple logistic regressionmodel with motivators to exercise was significant (p = 0.003) for the group of muscle strengthening, with R2 = 0.310 and the aerobic (p = 0.008) with R2 = 0.154. The regression model with the barriers to exercise, was significant only for strengthening group (p = 0.003), with R2 = 0.236. The clinical and functional model was not statistically significant for either group. In the second study, the program retention rate was 86.4% and the rate of compliance was 36.03%. We developed three logistic regression models to explain the adherence, but were not significant for the clinical and functional (p = 0.09), not for motivators to exercise (p = 0.053) and not for barriers (p = 0.053). The present study showed no direct relationship with the worst health conditions with poor adherence, as lower performance on functional tests or worse scores on standardized tests -GDS, MMSE, self-perceived stress and self-perceived health. Although the models did not show predictors of adherence, we observed in the descriptive analyzes, the high incidence of negative factors that hinder the practice of therapeutic exercises, which can guide health professionals how to manage them. Factors related to adherence to the exercise of the elderly are multifactorial and studies to elucidate the factors that might control, should be encouraged. Paralelamente à transição demográfica em nosso país, ocorre umatransição epidemiológica, relacionada à mudança no perfil de morbimortalidade da população, sendo as doenças infecto-contagiosas substituídas pelas crônico-degenerativas.Esta realidade aponta para uma complexidade crescente na atenção às necessidades desse novo grupo populacional, com impacto na saúde e nos níveis de independência e autonomia dessa população que envelhece. Assim há interesse em promover saúde e qualidade de vida dos idosos e isso pode ser possível realizando exercícios físicos regulares, o que leva a uma melhora funcional e especificamente no desempenho dasAtividades de Vida Diária. Porém, evidências sugerem que 50% da população que inicia um programa de exercícios interrompe em até seis meses, enquanto a adesão mínima preconizada varia de 80 a 85% para que os resultados da intervenção sejam satisfatórios. A medida da adesão é baseada na razão entre o número de sessões ofertadas, mas de acordo com a literatura essa relação frequentemente é muito baixa. Esse estudo foi dividido em duas etapas e o objetivo principal foi identificar os fatores associados à adesão de idosas a trêsdiferentes programas de exercícios terapêuticos: o primeiro artigo comparou a adesão a um programa de fortalecimento muscular com um programa aeróbico; e o segundo artigo investigou a adesão em um programa domiciliar, póstreinamento ambulatorial. Trata-se de um estudo observacional exploratório, com uma amostra de 151 (média de idade 70,7 ± 4,9) no grupo de fortalecimento, 231 idosas (média de idade 70,5 ± 4,6) no grupo aeróbico, e 96 (média de idade 70,8 ± 5,1) no grupo domiciliar, que foi um follow-up do grupo de fortalecimento. Para avaliar as medidas clínicas e funcionais foi construído um questionário estruturado com testes padronizados para a população idosa.Além desse, os pesquisadores desenvolveram um questionário específico para avaliar adesão e seus motivadores e barreiras. Foram realizados três modelos de regressão logística múltipla para cada grupo, para verificar a associação da adesão de idosas com as barreiras aos exercícios, com os motivadores e com as variáveis clínicas e funcionais, que foram selecionadas a partir de um marco teórico sobre impacto das mesmas na adesão de idosos a exercícios. Comoresultado do primeiro estudo encontrou-se que a taxa de adesão foi de 49,70% no grupo aeróbico e de 56,20% no fortalecimento. O modelo de regressão logística múltipla com os motivadores à prática de exercícios, foi significativo (p=0,003) para o grupo de fortalecimento muscular, com R2= 0,310 e para o aeróbico (p=0,008) com R2= 0,154. O modelo de regressão com as barreiras à prática de exercícios foi significativo apenas para o grupo de fortalecimento (p=0,003), com R2= 0,236. O modelo clínico-funcional não apresentou significância estatística para nenhum dos grupos. No estudo domiciliar, a taxa de retenção ao programa foi de 86,4% e a taxa de adesão foi de 36,03%.Foram realizados três modelos de regressão logística múltipla para explicar a adesão: um para as variáveis clínicas e funcionais (p= 0,09), outro para os motivadores (p=0,053) e o terceiro para as barreiras à prática de exercícios (p=0,053), mas nenhum foi significativo. Dessa maneira, não ficou estabelecida uma relação direta entre a adesão das idosas com piores condições de saúde, como pior desempenho em testes funcionais ou piores escores nos testes padronizados - GDS, MEEM, estresse auto-percebido e auto-percepção de saúde. Apesar de os modelos não terem apresentado variáveis preditoras de adesão, foi verificado nas análises descritivas, a alta incidência de fatores negativos que dificultaram a prática de exercícios terapêuticos, o que podenortear os profissionais de saúde quanto à maneira de gerenciá-los,estimulando à prática dos exercícios. Os fatores relacionados à adesão dos idosos aos exercícios físicos são multifatoriais e estudos que elucidem os fatores passíveis de controle devem ser incentivados. 2012-03-22 info:eu-repo/semantics/publishedVersion info:eu-repo/semantics/masterThesis http://hdl.handle.net/1843/BUOS-8VWMV9 por info:eu-repo/semantics/openAccess text/html Universidade Federal de Minas Gerais 32001010062P6 - CIÊNCIAS DA REABILITAÇÃO32001010062P6 - CIÊNCIAS DA REABILITAÇÃO UFMG BR reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFMG instname:Universidade Federal de Minas Gerais instacron:UFMG