Summary: | === During the year 2008, forty-five samples of coconut water commercialized using Coconut Club Machines (coqueiras) were collected from several places of the city of Belo Horizonte,
Minas Gerais state. These machines that help in the extraction, storage and cooling of the beverage were introduced in big and medium cities, attracting the attention of consumers due to water is sterile inside the fruit, the use of these machines as well as the handling of the coconuts are factors that can contribute to microbial contamination. Thus, in order to assess the quality, the samples collected were analyzed for
microbiological and physical-chemical properties. Only one sample presented no contamination by any of the microorganisms studied was observed in only one sample. Seven samples (16%) analyzed did not accomplished the microbiological requirements established by the current Brazilian legislation, showing density of thermotolerant coliforms over 102 MPN/mL, and were considered improper for consumption. The presence of Escherichia coli was confirmed in six samples of coconut water. Among Staphylococcus spp., only two isolates obtained from the
same sample were positive for coagulase and thermonuclease tests, and were confirmed by molecular methods as Staphylococcus aureus. Staphylococci enterotoxin A was also detected. High yeast counts were observed in 29 (64%) samples and the most frequent species were
Candida intermedia, Candida tropicalis, Torulaspora delbrueckii, Aureobasidium pullulans and Saccharomyces cerevisiae. The predominant yeast of each sample was tested in relation to their
sensitivity to antifungal agents (fluconazol, itraconazol and Amphotercin B), and 12 isolates were susceptible to amphotericin B. The physical chemical parameters were in the accordance with others authors findings. The results suggested the occurrence of microbiological contamination during the coconut water extraction or during storage and cooling of the beverage. Utensils and containers used and which have been poorly cleaned could also be sources of contamination.
The microorganisms isolated in the present study can be spoilage agents, contaminants or even opportunistic pathogens, which can represent risk for consumers health. === Amostras de água de coco comercializadas por meio da utilização de coqueiras foram coletadas durante o ano de 2008 em 45 pontos da cidade de Belo Horizonte, Minas Gerais. Estas máquinas que auxiliam na extração, armazenamento e resfriamento da bebida foram
introduzidas em grandes e médias cidades, atraindo a atenção dos consumidores pela praticidade. Embora a água de coco seja originalmente estéril dentro do fruto, a utilização destas máquinas, bem como a manipulação dos cocos, são fatores que podem contribuir para a contaminação microbiana da mesma. Assim, a fim de se avaliar a qualidade das amostras de água de coco coletadas, foram realizadas análises microbiológicas e físico-químicas. Apenas uma amostra não apresentou contaminação por nenhum dos microrganismos pesquisados. Sete amostras (16%) estavam fora dos parâmetros microbiológicos preconizados pela legislação com densidades de coliformes termotolerantes acima de 102 NMP/mL, sendo
consideradas impróprias para o consumo. Além disso, a presença de Escherichia coli foi confirmada em seis amostras. Dentre os Staphylococcus spp., apenas dois isolados de uma mesma amostra apresentaram atividades de coagulase e termonuclease, sendo confirmados por meio de métodos moleculares como Staphylococcus aureus. Estafilococos produtores de enterotoxina A também foram detectados. Elevadas contagens de leveduras foram observadas
em 29 amostras (64%), sendo que as espécies mais freqüentes foram Candida intermedia, Candida tropicalis, Torulaspora delbrueckii, Aureobasidium pullulans e Saccharomyces cerevisiae. As leveduras predominantes de cada amostra foram submetidas à testes de
sensibilidade a antifúngicos, sendo que foi observada resistência à anfotericina B em 12 isolados. Em relação aos parâmetros físico-químicos, os mesmos encontraram-se dentro dos valores esperados, estando de acordo com aqueles observados por outros autores. Os resultados sugerem contaminação durante a extração das águas de coco ou durante o armazenamento e resfriamento da bebida. Utensílios e vasilhames utilizados e que tenham sido mal higienizados são prováveis fontes de contaminação. Os microrganismos encontrados
podem ser deterioradores, contaminantes ou, até mesmo, oportunistas, o que pode representar um risco para a saúde de quem consome a bebida.
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